sábado, 24 de outubro de 2015

O Pai se torna o Filho e o Filho se torna o Pai

Caríssimos no Senhor Jesus


Gostaria de discorrer sobre este tema, abrindo assim o que está se passando em minha mente e em meu coração nestes tempos atuais.

Marcou-me e para mim é difícil não ver semelhança destas palavras que foram proferidas no penúltimo filme de Superman com a realidade de Jesus Cristo, ao que fiz leve alusão ao “S” como sinal de esperança, pois em Cripton o S significa esperança, revelado isto no último filme de Superman.

Na Trindade Santa há o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ambos unidos Eles são um só Deus, são Deus unidos no amor, sinal de amor em sua essência, mostrando-nos assim o exemplo, em sua natureza, que o Criador é unidade, ao que nós deveríamos ser assim também para sermos criadores e como o Criador e não destruidores de sua obra, o que é ruim e não benéfico a nós, tanto na eternidade como para esta vida.

Como disse Pe. Léo, com muita propriedade teológica: “A fé é a certeza daquilo que não se vê”. “Como crer em algo que não se vê?”. “Por meio dos dons do Espírito Santo, avivados nos movimentos da Renovação Carismática Católica, a fé deixa de ser uma crença sem embasamento, para nos dar certezas de fé”. “Os dons da ciência, do entendimento, da profecia, podem nos fazer chegar à comprovação a respeito de Deus.”

Isto pode favorecer a conversão de nossa vida para a vontade de Jesus, para melhor.

A carne quer a morte, o salário do pecado é a morte, mas os que vivem para o Espírito Santo, para Deus, deixaram as coisas carnais e não se perdem com futilidades passageiras da vida e destrutivas do maligno, mas primam por ganhar riquezas eternas, de acercar-se de bens nessa vida para fazê-la, de fato, digna e cheia de valores, sobretudo espirituais, onde residem: o amor, a harmonia, a paz, a fraternidade, a caridade e a misericórdia, contentando-se com o indispensável.

É bom quando vivemos situações de deserto em nossa vida, mesmo estando em situação de deserto, pois vemos o que é imprescindível a nossa vida, enquanto muitos estão cheios de recurso à sua volta, muitos desconhecem o que é fundamental e estrutural em suas vidas, não priorizam as riquezas de suas vidas e comprometem muito do que têm com coisas vazias de valor.

O modo e a dedicação de São Paulo à sua missão de levar Cristo aos outros me constrange, pois ele testemunhou em meio aos judeus que não o acolheram, nem seu testemunho; antes o tomavam como peste, pela doutrina que ele procurava impregnar, vinda de Jesus que lhe apareceu no caminho e o comprometeu para ser de fato, alguém em prol da vontade de Deus, alguém que cooperaria de fato com a criação de Deus, conduzindo todos a Deus, como já era anunciado por meio da boca dos profetas, que Deus chamaria todos os povos a ser seu povo e a ser dele seu Deus.

São Paulo testemunhou ante Cesar, ante imperadores Romanos, cidadão romano como era quisera fazer conhecido Jesus a eles e que Cristo fosse seguido por todos à exceção das algemas que possuía (Hc 26,24-29).

Chamou-me atenção esta passagem que está no cerne do testemunho verdadeiramente teológico e cristão, o controle dos instintos.

Atos dos Apóstolos 24,23-25 – Colóquio de Paulo com Félix e Drusila. Cativeiro de dois anos – Passados que foram alguns dias, veio Félix com sua mulher Drusila, que era judia. Chamou Paulo e ouvia-o falar da fé em Jesus Cristo. Mas, como Paulo lhe falasse sobre a justiça, a castidade e o juízo futuro, Félix, todo atemorizado, disse-lhe: “Por ora, podes retirar-te. Na primeira ocasião, chamar-te-ei.”

Na Bíblia em Espanhol o discurso de Paulo trata de: “Pero quando habló de la justicia, dominio de los instintos y del juicio futuro”. Falou de justiça, do domínio dos instintos e da justiça futura.

O chamado à fé em Jesus, a fé em Deus é chamado a não viver de modo mundano, animalesco como costumamos ver através de filmes, de toda influência mundana e rebelde do mundo a Deus, mas viver de modo prudente, construindo bem a vida, gerindo-a convenientemente para bem construí-la, para a construção da vida presente e eterna. Para uma vivência conservadora e não suicida como é o perfil daquele que desconhece a Deus, enquanto não tem a vida ceifada pela morte natural que ignoram, tem a curtir a vida abreviando sua vida por agredi-la e profaná-la com coisas que a destroem de diversas maneiras.

Como se o maligno já não fosse representado pela parte da sociedade que insiste em ignorar a Deus e seus caminhos, vivendo para os interesses, ignorando a vida, prejudicando-a, há até um Templo que foi construído para o maligno. É preciso que rezemos a Deus para desagravar seu coração de tantas ofensas, de tanto mal que fazem a sua criação. Deus disse que antes do fim dos tempos virá como Rei de misericórdia, já se fala muito de misericórdia. Deus está chamando para a conversão para que cuidemos da vida e da criação de Deus, mas os que não se dedicam a agradar a Deus e fugir às ocasiões que o desagradam não terão parte com Deus.

Jesus disse aos dozes Apóstolos: “Rezai a Deus para que envie operários para sua messe, pois a messe é grande e os operários são poucos” (Mt 9,37-38).

Ai dos que ignoram a vida, pois ignoram nela o próprio Cristo e quem ignora Cristo ignora o próprio Deus (Lc 9,48). Aqueles que testemunham Jesus serão testemunhados por Ele diante de Deus, os que O negam diante dos homens serão negados diante de Deus. O cristão é chamado a viver segundo a vontade de Deus, que é santidade e castidade (I Tes 4,1-12) e incentivar a que outros vivam da mesma forma, a viver de maneira indiferente à vida, prejudicando mais e mais a sociedade que precisa de seres amados, educados e estruturados como pessoas e não expelidos no mundo, pessoas comprometidas com o bem e o progresso da sociedade.

Esta idéia me veio algumas vezes hoje, há algo que se chama eficácia e eficiência, se alguém quer acabar com a própria vida e não fosse prioridade ser forte e lutar pelo bem de sua vida, superando as dificuldades que a vida nos predispõe a viver, poderíamos buscar meios que usem recursos que de fato acabem com a nossa vida, é a eficácia, a eficiência é a capacidade de ser bem sucedido numa tarefa. Os vícios acabam com a vida, mas não garantem qualidade de vida, podem favorecer que tenhamos uma má hora de morte, enquanto a passagem para outra vida poderia ser mais natural que sofrida, pela atitude abusada daqueles que a si não souberam cuidar-se adequadamente.

Numa Santa Missa, fomos orientados a desejar uma boa passagem desta vida para a outra de nossos irmãos e irmãs. O sábio está na casa do luto, onde se reflete sobre a brevidade da vida, não é ignorado pelo cristão o seu fim natural. O tolo está na casa do riso, onde a sabedoria não existe, onde tudo é uma consequência das atitudes impulsivas e instintivas dele que ele procura lidar como alguém que tenta levar a sucessão de tragédias não classificadas como tal.

Numa das músicas que aprendi da Renovação Carismática, que Pe. Joãozinho favoreceu para que refletíssemos sobre as realidades de uma vida verdadeiramente cristã, comprometidas no conhecimento e na vivência da Palavra de Deus, a Bíblia no nosso dia a dia. Dizia que são muitos os que não encontram o caminho da vida, se perdem em vícios e em egoísmos que os fecham a realidade dos outros, enquanto viver é favorecer seu próprio bem e sua satisfação, até certo ponto, sem deixar de considerar a vida dos mais próximos.

No Acampamento da Canção Nova que tratava dos assuntos pertinentes a Pastoral da Sobriedade, foi belo e significativo ver o que reza esta Pastoral, que os excluídos são os preferidos de Deus.

O conhecimento mais aprofundado da devoção à Misericórdia Divina, o mergulho no Diário de Irmã Faustina, vemos que os nossos inimigos devem ser amados, os nossos preteridos devem ser nossos preferidos por amor a Jesus, que os prefere, a todos quer que acolhamos no amor, pois viver é amar e maior riqueza que levamos desta vida é a fraternidade e as amizades que construímos em nossas vidas.

São Paulo disse: “Há mais alegria em dar que receber”. Repeti estas palavras a meus parentes pequeninos, falando-lhes que verdadeira riqueza é dar amor aos outros, ser irmão e amigo dos outros, cultivar amizades com os outros é a verdadeira riqueza que podemos reunir na vida, para desfrutarmos no presente da vida e no presente da eternidade.

A educação depende de recompensa e castigo, mas a inclusão da fé é caminho para formar pessoas, pois sabemos que magoamos a Deus quando fazemos mal e afastamos a bênção Dele sobre nós, sobre nossa vida e nossa alma, mas nossas boas obras nos acumulam de graças diante de Deus, no fim somos felizes, pois o amor é aquilo que nós precisamos; nós o oferecermos e logo ele volta a nós, senão, Deus nos retribui com seu amor.

O Deus Filho que era Pai junto de Deus veio a nós e nos mostrou como é ser Filho de Deus, mas também nos acolheu e nos mostrou como é ser Pai, não nos deixou órfãos, enviou o Espírito Santo aos que acolhem suas Palavras, o Pai se torna o Filho e o Filho se torna o Pai, Nele a salvação está presente, caminho, verdade e vida, plena, abundante e eterna.

Abraço do Pai das misericórdias a vós


Adriano

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