Caríssimos no Deus verdadeiro e único
Deveria ser mais rápido em atender as inspirações
de Deus, custa-me lembrar-me do tema que o Senhor me inspira a desenvolver, em
minha mente ele toma vários títulos, mas o conteúdo, vai se formando no momento
que reflito sobre diversos assuntos que tenho vivenciado de alguma forma.
Segundo o livro bíblico da epístola de São João,
segundo a graça que Jesus (Filho de Deus) deu aos apóstolos para falar Dele,
ele disse que somos pecadores e se dizem o contrário fazem assim de Deus um
mentiroso.
Deus se compadeceu do seu povo escolhido que sofria
na escravidão do Egito, mas depois de libertado ele desgostou continuamente a
Deus até que dois daquele povo entraram na terra prometida, os outros eram
descendentes dos quarenta anos que o povo passou no deserto, sem se amadurecer
como povo para merecer a terra prometida, vivendo antes a fraternidade com os
outros que a preocupação consigo mesmo, o que Deus esperava que acontecesse,
mas precisou que o povo todo fosse peneirado, para que dois fossem achados
dignos de entrar naquilo que a promessa de Deus lhes designou.
Mais que um compromisso de amor para com Deus
devemos ter um compromisso com a vida e querer bem a vida do nosso semelhante.
As experiências interpessoais, o pecado que há em nós, têm prejudicado o
relacionamento. Ao invés de uma palavra amável, rispidez, ao invés de um
carinho, uma brincadeira agressiva e de mau gosto.
Dom Bosco foi comemorado recentemente, diante da
obra que deixou, do zelo que demonstrou para com crianças e jovens, não foi pai
biologicamente falando, mas que exemplo de pai espiritual, ele foi pai no
sentido mais significativo da palavra, deveria ser tomado como exemplo, pois
este pode cooperar para levar a paternidade à excelência, ao que ela é de fato.
O capitalismo (capetalismo) e o materialismo estão
formando pessoas desumanas, tendendo a monstruosidade, tudo se faz para ganhar
o melhor no menor tempo possível.
Lendo o proveitoso conteúdo da revista Canção Nova
li algo que um padre desta comunidade colocou, ele que continuamente faz
pregações nesta comunidade e escreve matérias na revista, ele disse que há uma
contrariedade do exemplo de Cristo à mentalidade consumista. Citando a passagem
do agricultor que pede ao dono da vinha que tenha paciência com sua plantação,
pedindo que ele lhe de a oportunidade de tratar dela mais um ano, ele mostra o
coração de Deus, que antes trata da plantação a que a devaste e se ponha a
plantar algo diverso nela, que aproveite melhor a área tão rápido quanto
possível.
É um amor de paciência o amor do agricultor, como
deve ser o amor dos pais para com seus filhos, aguardando seus tempos, vivendo
pacientemente o trabalho, por vezes laborioso, de educar seus filhos para que
se tornem cidadãos e não delinquentes.
Dom Bosco tinha esta consciência, diante de sua
sociedade que por vezes marginalizava os mais desfavorecidos, o que incentivava
uma criminalidade que visava a busca de recursos aos que careciam do
indispensável. Ele pensava que a educação era melhor caminho que a repressão.
Tomando a iniciativa de ajudar aos mais
necessitados, se valia de pessoas de bom coração e de situação financeira
abastada para cooperar com estes filhos da sociedade que careciam de suporte
para viver, num tempo de tanta miséria.
Penso que hoje, muito embora se fale de crise, a
situação não se iguala àquele tempo, não raro tão cheio de lutas armadas, o que
alimentava ainda mais a tristeza e a pobreza do povo.
Hoje a humanidade tem carência de humanidade,
precisava buscar intimidade e harmonia com Deus para pensar mais no seu
semelhante que alienar-se no interesse, perdendo até a própria vida e a saúde
por conta desta idolatria.
O silêncio de Jesus diante de uma mulher que tinha
uma filha endemoniada, ela que vivia numa idolatria desagradável a Deus, mostra
como Deus se indispõe com os que escolhem adorar ídolos a amar e servir somente
a Deus. Mas o coração de Deus estava predisposto a acolher as misérias humanas
e a mediocridade do gênero humano, não lhe negou, portanto o que ela Lhe pedia,
depois de sua insistência.
No livro Cristão de Atitude, que obtive numa das
lojas da Canção Nova, aprendi que nossa situação de caráter está como que numa
reta, num ponto intermédio, num dos extremos temos a máxima maldade, onde se
encontra o maligno, noutro ponto está Deus, em sua suma perfeição e santidade.
Ele quer que nós caminhemos sempre mais para Ele, sofrendo e levando nossa
cruz, nos abstendo, por vezes, forçosamente contra todos os males que buscam
nos tentar para nos levar ao mal e ao inferno, Ele nos exorta a que renunciemos
ao mal, que tantas vezes nos jogamos nele sem considerar que a vontade de Deus
é que mostremos a força que vem de Deus em nós e nos desvencilhemos de nossa
fraqueza, para executarmos obras que mostrem uma verdadeira conversão.
Peguei a dialogar com outras pessoas de meu
convívio, falávamos sobre a importância da oração. A que um disse que o
importante era agir. Mas lembrei-me de quando alguém me explicou o significado
da palavra oração, que tem dois significados: ora, que significa orar e ação,
que se refere a agir, mas o que é bonito e significativo disto é que a oração
precede uma ação acertada, correta, justa e digna, enquanto a ação desvinculada
da confiança em Deus em nossas preces pode ir em sentido contrário do que é
bom, para ser mau. Favorecer o erro ao acerto, incentivar uma monstruosidade a
uma humanização das pessoas.
A palavra excelência na Sagrada Escritura está
intimamente unida a caridade, o caminho mais excelente como ensina São Paulo
nos seus escritos, que estão vivos, na mente e no coração daqueles que não
desprezam as coisas sagradas e se aprimoram sempre mais para prezar por tudo o
mais, sabendo que a fé presume o zelo para com a obra de Deus, e isto inclui
até mesmo o ser humano, que não raro se mostra como pobre pecador.
Não nos devemos deixar levar pelo espírito maligno
que inspira os rebeldes, eles não acolhem bons conselhos daqueles que o querem
bem e exortam para que outros façam o mesmo. Incitam o ódio contra seu semelhante.
O correto é que as pessoas respeitem os direitos dos outros, mas para que
paguem pelo dano que causaram a outrem, basta que reparem o dano, o rancor não
deve ser parte da pena daquele que, desvalido de uma melhor educação humana e
divina, num tempo em que as pessoas são tão pobres do que é essencial, agem
como agem.
Um livro que acredito que seria útil nestes tempos,
teria o tema: “Como conviver bem na sociedade”. Futilidades, coisas supérfluas
e prejudiciais são temas que devem ser abordados porque o ser humano, sem Deus,
busca a Deus por meio de acabar consigo mesmo e não numa frutuosa conversão.
Digno de aplauso é aquele que vive em Deus e
buscando agradar a Deus;maldito, porém, é aquele que espera ver grande
plantação em sua eira por não ter plantado nela nada. Se faz tão pouco para
acrescentar algo na vida do seu semelhante e se espera tanto dele.
Se semeia um poderoso veneno de cobra sobre seu
semelhante, nas suas diversas dimensões de percepção e se quer um deus perfeito
junto de si.
As palavras comovem e os exemplos arrastam, a
mudança do mundo começa em nós, é preciso que nós demos o primeiro passo a
sermos misericordiosos com a miséria dos nossos semelhantes para que eles
aprendam a serem assim divinos também, misericordiosos com os outros.
Jesus via mesmo nos romanos, que oprimiam o povo
escolhido, seres humanos, que mortos por alguns rebeldes não favoreciam sua
libertação de seu domínio, nem mesmo o domínio do pecado, que só Jesus nos pode
oferecer, para caminharmos sempre mais plenos rumo a uma santidade mais cheia
de perfeição. Ele se compadecia deles também, mostrou-nos que o caminho para a
libertação está no amor, no perdão, na vivência da misericórdia divina, que por
nós se dá e nos exorta a seguirmos seu exemplo, se ofertando a todo custo para
o bem dos que nos rodeiam.
Içami Tiba em uma de suas apresentações no YouTube,
em que se intitula: Quem ama educa, um vídeo de 14 minutos aproximadamente. Diz
que a geração Y que gerou filhos há alguns anos beneficiou-se, para seu dano,
de uma geração anterior que os quis favorecer, lhes deu tudo, e buscava fazer
com que não passassem pelas dificuldades que passaram eles. Gerou uma geração
que tudo recebeu fácil, que não dá valor aos seus pais, não lhes preza, que
pensa ter direitos sobre seus pais, de obter o que querem deles e eles têm
obrigação de dar-lhes. Não têm cuidado deles, bem podem deixá-los desamparados.
A geração M que descende deles é uma geração da tecnologia, se pensa como
haverão de ser, pelo exemplo que recebem da geração que os precede.
Um santo é treinado no
sacrifício e na penúria, para viver, sobretudo nesta graça de situação de vida,
que traz mais vida e amor que a fartura e todas as doenças que provém daqueles
de que tudo abusam pelo seu prazer. Treinados no sacrifício, eles dão o devido
valor ao que têm e ensinam a que outros deem o devido valor à graça que de Deus
receberam, do pão de cada dia, da saúde do corpo, da disposição e da
disponibilidade em servir, que é um sacrifício, mas, treinado, se torna um
antegosto, uma razão para viver.
O significado mais pleno do amor é se gastar pelo
bem daqueles que amamos, servimos e temos na realização deles, a nossa alegria.
Abraço da paz de Jesus e de Deus a todos vós
Adriano