sexta-feira, 8 de março de 2019

O valor de nossas referências


Caríssimos no Senhor e aqueles que hão de acolhê-lo no coração e em suas vidas

O texto Sagrado da Bíblia nos ensina que no Antigo Testamento, Deus esclareceu que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Se ele se torna firme em pecar, Deus diz que haveria de pôr um empecilho no caminho dele e ele iria morrer. Mas aquele que aconselha a que não se peque, que se viva uma vida que não atenta contra o céu e contra Deus terá sua vida salva, mas Deus fará cúmplice aquele que tendo a oportunidade de aconselhar e não o faz. Quem pode fazer o bem e não o faz peca.

Deparei-me com esta referência bíblica, este ensinamento e penso em esclarecê-los sobre esta passagem bíblica.

Jo 12,31-32 – Agora é o juízo deste mundo; agora será lançado fora o príncipe deste mundo.* E quando eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim.

O Senhor Jesus, quando se refere a levantado, está dizendo que quando for elevado na sua morte de cruz atrairia todos os homens e mulheres a Ele.

Na vida, na regra do amor divino e cristão, o amor se mostra no altruísmo, no desprendimento dos próprios interesses, na doação de si aos outros, visando o bem dos outros e não o nosso, a edificação material e espiritual dos outros, a santificação de ambos.

Aquele que tem um mestre, em que domínio for, por exemplo, na culinária, este tem algo a agregar aos outros se tem aprendido algo, a mente tende a reter o conhecimento quando ela julga que é um conhecimento importante, ou a faz importante pela nossa busca constante da fixação dela na nossa mente.

Hoje em dia os livros têm o respaldo de muitos psicólogos para oferecer um conteúdo que melhor se fixe na mente das pessoas. Imagens, referências, apontamentos são mais capazes de gerar retenção na mente que um texto seco e contínuo.

Se nos damos a aprender, temos algo a partilhar com os outros, fazemos meios de gerar mais unidade digna e proveitosa com outros. O conhecimento da fé nos faz ter algo em comum com outros, caminho se torna isto para gerar maior unidade e amizade entre as pessoas.

Nós não somos o centro do mundo, ter fé em Deus não é ter a certeza que a fé nos vai dar tudo o que quisermos, como quisermos e quando quisermos, mas nos dá meios de vivenciar a misericórdia para aceitarmos o que não temos, a gratidão para com o que possuímos, a maneira correta de ter o que queremos, o tempo certo para termos aquilo que almejamos, se for conforme a vontade de Deus.

O Cristo morreu numa cruz, depois de ser flagelado, culpado por não ter feito nada mais que bem aos outros em sua vida. Seus apóstolos e discípulos, os profetas também, de Deus, sofreram muito, mas se mantiveram fiéis a Deus durante todas as suas dificuldades.

É traço de uma fé imatura, uma fé que não considera o mal do mundo, fruto da liberdade do ser humano que escolheu o pecado original e colheu suas consequências, que precisa de oração e orientação para ser superada, não deve ser incentivada pois não é amor. Amor é o que temos de Deus que nos dá a vida, zela por aqueles que creem e respeitam Ele, há de dar a vida eterna no céu aos que têm uma vida conforme a vontade Dele.

O fruto da fé em Deus é sabedoria e a sabedoria é a graça mais fundamental para construirmos uma vida próspera para nós e nossa descendência, se assim o Senhor nos queira dar, se for assim, segundo nossa aspiração pessoal.

Não podemos confundir sabedoria e orgulho, são coisas diferentes. A Palavra nos ensina: “Deus resiste aos soberbos, mas dá sua graças aos humildes”. Os que se reconhecem segundo a verdade, sua natureza pecadora e miserável, carente da graça e força de Deus, pois nossa natureza é decaída pelo pecado original, se não for fortalecida na fé, descamba para a prodigalidade de uma vida sempre mais dissipada, por razões torpes.

Toda ação contra a criação de Deus, contra nós mesmos será imputada diante do juízo de Deus. A misericórdia quer salvar a todos os que assim desejam de Deus, mas os que repugnam crer em Deus e se arrepender de seus maus caminhos, a justiça exigirá reparação.

A Igreja Católica exorta, ouvi isto recentemente, que acolhamos bem as mensagens das aparições, pois depois de muito estudo, ela compreende que são de Deus e servem para a conversão e o bem da humanidade. O que ouvi, mais claramente é que repetir esta jaculatória oferece indulgências plenárias, redução da pena do tempo que deveríamos passar no purgatório, ela é: “O Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

Diário de Irmã Faustina, a secretária de Misericórdia Divina.

58 - + Em determinado momento, à noite, veio ter comigo uma das nossas Irmãs, que morreu há dois meses. Era uma Irmã do primeiro coro. Vi-a num estado terrível. Toda em chamas, o rosto retorcido de dores. Isso durou um breve momento e logo despareceu. Um tremor atravessou a minha alma, porque não sabia onde sofria, se no Purgatório ou no Inferno; contudo, dobrei as minhas orações por ela. Na noite seguinte veio novamente, mas a vi em estado ainda mais terrível, em chamas ainda mais intensas; no seu rosto estampava-se o desespero. Fiquei muito admirada porque, depois das orações que por ela ofereci, vi-a em pior estado e perguntei: "Não lhe ajudaram as minhas orações?" Respondeu-me que nada lhe ajudaram as minhas orações e nada ajudariam. Perguntei: "As orações que toda a Congregação lhe tinha oferecido, também essas não lhe trouxeram nenhuma ajuda?"      - Respondeu-me que nenhuma. "Essas orações beneficiaram outras almas." Disse-lhe então: "Se as minhas orações nada ajudaram à Irmã, peço que não volte mais a mim." E desapareceu imediatamente. No entanto, não cessava de rezar. Depois de algum tempo, veio visitar-me novamente à noite, mas num estado diferente. Já não estava em chamas, como antes, e o seu rosto estava radiante, os olhos brilhavam de alegria e disse-me que eu de fato possuía verdadeiro amor ao próximo, que muitas outras almas tiraram proveito das minhas orações e encorajava-me a não deixar [de rezar] pelas almas que sofrem no Purgatório e disse-me que ela já não ficaria por muito tempo no Purgatório. Na verdade, admiráveis são os desígnios de Deus!

Ai dos que vivem em pecado, que não temem a Deus e multiplicam suas faltas, como diz a música deste tempo de Quaresma: “Passam meses, passam anos, sem que busques teu Senhor, de um dia para o outro assim morre o pecador. Vais de pecado em pecado, vais de horror em horror, acordai filho que é tempo, já não sejas pecador”.

Desgraças e catástrofes estão para cair sobre os pecadores e maus, os infiéis a Deus. O Senhor vos chamará a atenção por diversos sofrimentos, se não compreenderes seu chamado colhereis a condenação eterna no inferno, onde o pai da desobediência é um eterno condenado, ele é o pai dos rebeldes.

Vivei com equilíbrio, com zelo para contigo mesmo, exorta para que outros vivam do mesmo modo, que cuidem de si, que cuidem dos outros, que busquem a santidade, pois a santidade é vínculos da saúde e de nossa plenitude. Não vos esqueçais, portanto da pureza, pois Deus não nos fez para sermos um objeto na mão de qualquer pessoa, mas para vivermos um amor pleno, que é o Dele em primeiro lugar, amor de referência a todo aquele que aspira amar.

Hoje em dia está se propagando uma maneira zelosa de se viver, preocupada com a vida própria e de outros, como uma forma nova de nutrir-se na alimentação, diferentemente de tempos antigos, mas creio que ainda há os que pensam em curtir a vida de qualquer jeito, vão além de toda medida e vão se tornando um caos para si e para os seus mais e mais. Por que viver à beira do precipício? Recomendo, portanto, podemos ter cuidado de nós e ter uma vida longeva e estável.

Rezai a Deus para que Ele vos revele a sua importância em sua vida, que não venhas a menosprezá-la, pois esta seria a sua pior escolha, mais do que os que mais nos amam é o amor de Deus, o amor humano experimenta variações no meio desta existência precária e passageira, mas o amor de Deus acompanha pressuroso os que buscam refúgio junto Dele.

Abraço da paz de Deus, do amor de Cristo Jesus e da santificação do Espírito Santo a todos

Adriano