terça-feira, 21 de abril de 2015

Constituir família é uma responsabilidade



Caríssimos no Senhor Jesus



É com compadecimento que eu vejo a situação de certos postos de saúde públicos, que até tem atendido bem muitas pessoas, mas por excesso de pessoas acometidas pelos indícios da dengue não podem ser mais bem atendidas e ficam ao sol, esperando sua vez de serem atendidas.

Existem os casos de pessoas que querem fazer operação, mas precisam esperar sua vez, e aguardam longo tempo até que possam ser atendidas.

Pessoas mais bem estruturadas financeiramente podem dar maior suporte aos seus filhos com serviços privados de saúde. Quem não tem muita estrutura financeira deveria refletir a situação que se porão no futuro, por constituir família sem esta estrutura financeira.

A educação dos filhos é outra estrutura que os pais precisam possuir para poder exercê-la à contento.

Como grandes são os esforços cristãos de influenciar a sociedade, mas parecem não ser suficientes, o paganismo é forte, seu marketing eficiente, muito embora não tenham nada que preste a oferecer, mas somente algo prejudicial.

A moda não valoriza o estudo e o progresso profissional, o sucesso amoroso com base na virtude da castidade e da fidelidade, o sucesso social num relacionamento verdadeiramente cristão, temente a Deus.

A moda valoriza cabelos que são ninho de passarinho, de brincos que não são mais que escondedores de estrago, quando não o usam, os que alargam suas orelhas tem uma pelanca caída e nem mesmo chegaram a melhor idade. Com risco de que algo aconteça em sua vida, de terem sua orelha presa em algum lugar e receberem um maior prejuízo que possuir uma orelha normal. Pessoas que procuram por próteses em seu corpo, enquanto ele não precisa, preocupados estão em prejudicar o seu corpo, de matá-lo pouco a pouco e não de edificá-lo junto com sua pessoa, traço claro de que não são pessoas de Deus, mas do mundo, pois os que são de Deus ouvem a Deus e a Igreja de Deus.

Estive orando para cooperar com a leitura da Igreja, pois ajudo na liturgia de minha Igreja Católica e um senhor conhecido me perguntou: “Como estão os jovens neste tempo não? Eu soube de um jovem que após o policial ter estendido a mão para ele, ele o jogou no chão”. Ao que eu respondi: “Estão faltando pessoas que orientem esta juventude, que os evangelize”. Ele também disse: “Os moços estão querendo se passar por moças e as moças por moços”. Eu respondi: “É falta de Deus, quem procura a Deus não se dá a estas coisas”.

Estou tão revoltado com o comportamento atual das pessoas que não suporto novelas, nem os Dez Mandamentos fui capaz de suportar, embora tenha sido convidado a assistir, por causa de danças sensuais e pela pouca vergonha das mulheres, enquanto há outros programas que podem bem mais me instruir em outras áreas da vida mais proveitosas para mim, pessoal e profissionalmente talvez. Gostaria de perguntar a alguém que assiste, se o comportamento do povo de Deus sobressai ao comportamento ordinário do povo idólatra dos egípcios, se prega algum valor teológico relacionado a Deus e aos mandamentos, se não é apenas um modo de ensinar conchavos e armadilhas para ser bem sucedido, até como pregam muitos pregadores da teologia da prosperidade. A saber, que a salvação de Deus é gratuita felizmente, e que não raro desagradava a Deus o seu povo escolhido. Tenho algo a dizer, que é influenciado por elas, direi abaixo.

Uma moça que foi coordenadora de grupo de oração, pessoa de fé carismática, de prática e testemunho de fé, ouviu algo correto de um padre, ela disse: “Um padre disse: ‘Tem surgido nestes tempos espiritólicos, pessoas meio espíritas e meio católicas, saem da Igreja e vão para o centro se consultar com os espíritos, católicos de meia tigela’”.

O catolicismo não prega o reencarnacionismo e prega a moral católica e cristã, penso até que ponto o não aprofundamento da fé cristã e católica coopera para gerar uma consciência paganizada, que não cultiva os princípios morais da fé; fé eu ponho naqueles que vivem sua fé em Deus sem mescla com o erro, pois a Palavra de Deus condena o espiritismo, é desvirtuação do caminho de Deus.

A fé cristã e católica dos tementes a Deus prega: o arrependimento, a conversão para a remissão dos pecados (Atos 3,13-19).

Cleto Coelho, escritor de dois livros, disse algo importante em sua pregação e marcante recentemente: “Antes de ter a cabeça cheia de porcaria é melhor enchê-la de Ave-Maria”. Não é o Paulo Coelho que escreve sobre magia, satanismo e outras espécies de baixaria.

Por falar em baixaria, eu assisti um programa de televisão sobre adolescentes rebeldes, um jovem desajustado foi participar de um programa onde ele sai de sua casa por um tempo e vai passar um tempo na casa de pais cuja educação é mais rígida, o pai revistou sua bolsa e achou um filme pornográfico e ele exclamou: “Eis aí uma coisa que acho pior que drogas, pornografia, pode gerar um vício que prejudica a juventude”. Por ter ele trazido para a casa dele aquele conteúdo ele lhe deu um afazer, até como punição, retirar um entulho sujo para jogá-lo fora, que estava junto a sua casa. A uma moça fez com que tirasse com as mãos com luvas os matos da frente de sua casa e pusesse num saco. Foram desrespeitosos por não terem o hábito de ajudar, mas outros afazeres se sucederam e outros mais brandos, eis aí programas justos e úteis à sociedade. Melhor que assistir programas que mostram quantos são os filhos da soberba: exibicionismo, interesse, maledicência, ganância etc, retirei esta última reflexão do curso de Sagrada Escritura de Professor Felipe Aquino.

Os jovens inicialmente se desagradam de mudar seus hábitos, algo difícil de acontecer, por isto é bom educá-los bem desde o início, para que mais tarde não venhamos a ter maior dificuldade em corrigi-los. Mais depois de terem recebido afazeres, de serem integrados na família nas suas atividades cotidianas, de receberem maior supervisão dos pais, de serem mais controlados por um tempo, se despedem deles como se fossem alguém que parece que lhes marcou e que lhes fará falta, pois sentem que começavam a se apegar a eles, a sentir prazer naquela vida de compromissos e responsabilidades, enquanto não mostram apreço pela vida pregressa em que eram tão deixados ao bel prazer.

De minha caminhada de fé disse parcialmente a uma jovem, parente minha: Pus a mão em seu braço e lhe disse: “O ser humano é feito para fazer força quando necessário”. Pus a mão em sua cabeça e lhe disse: “Nossa mente é feita para o desafio”. Ela tinha me perguntado de que não se pede para nascer e se tem tanta coisa que fazer na vida. Uma coisa não lhe disse, me guardo de dizer, até porque não convém a santos abordar estes assuntos, mas o que eu mais poderia ter lhe dito é isto: “O jovem não foi feito para o prazer, mas para o desafio”, como disse mesmo, se eu não me engane, o Papa João Paulo II, o Papa muito interessado na juventude.

Vi uma pregação antiga de Padre Léo e ele trouxe a tona uma importante atitude nossa, do ser humano que é posta de lado, que não é ignorada pelos animais, o carinho, o afeto, podemos dizer que em grande parte o sucesso do tratamento de Betânia, a casa de recuperação de jovens de Padre Léo é o afeto que é exercido diariamente entre a família de Betânia, os consagrados quase como que pais e os filhos de Betânia, os que estão sendo tratados.

Tocar, acariciar, abraçar, beijar, de modo santo, temente a Deus, por amor a Deus é algo que cura os corações, vi uma frase na Folhinha do Sagrado Coração de Jesus: “Como se sentem seguros aqueles que se sentem amados!”.

Sêneca disse: “Sê escravo do saber se queres ser uma pessoa verdadeiramente livre” (Folhinha do Sagrado Coração de Jesus dos dia 21/04/2015).

Quem não exorta na fé há de exortar na base da violência, com base nesta frase me fundamento na passagem bíblica abaixo.

Atos 3,14-19 – O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos pais glorificou seu servo Jesus, que vós entregastes e negastes perante Pilatos, quando este resolvera soltá-lo. Mas vós renegastes o Santo e o Justo e pedistes que se vos desse um homicida. Matastes o Príncipe da vida, mas Deus o ressuscitou dentre os mortos: disso nós somos testemunhas. Em virtude da fé em seu nome foi que esse mesmo nome consolidou este homem, que vedes e conheceis. Foi a fé em Jesus que lhe deu essa cura perfeita, à vista de todos vós. Agora, irmãos, sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos chefes. Deus, porém assim cumpriu o que já antes anunciara pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo devia padecer. Arrependi-vos, portanto, e convertei-vos, para serem apagados os vossos pecados.

Deixemos, portanto a ignorância, eu tive esta inspiração um dia e não me esqueci mais: “Deus não nos quer criaturas antológicas, mas santológicas, não nos quer antas, mas criaturas santas”.

Façamos a experiência da fé e fujamos da ignorância, aquele que experimenta Deus proclama que Deus é verdadeiro, recebe as graças do alto e reconhece que Deus age na obra que criou, aqueles que fecham os olhos a isto permanecem na ignorância e favorecessem assim a ignorância.

Vivemos, por vezes, mal porque queremos nos bastar com nossa ignorância e estupidez naturais, do nosso ser velho, do nosso ser carnal, o que vive no espírito deixa isto para trás e se renova, quer revolucionar a sociedade, quer novos paradigmas para si e para os outros, aspira pelo Reino dos céus e espera que o reino do maligno malogre sempre mais.

Nosso coração não deve ser duro, devemos aprender a nos perdoar, de reconhecer que ferimos uns aos outros no convívio, que queremos nos corrigir, pedir perdão e recomeçar, acolher o próximo é acolher o Cristo que está no próximo, aquele que o maltrata, maltrata o próprio Cristo e quem maltrata o Cristo, maltrata o próprio Deus que o enviou.

Ensinei a uma criança, espero que ela tenha aprendido: “Não espere o bem quando é o mal que você oferece aos outros, é mais certeza receber o bem quando oferecemos o bem aos outros, enquanto se é pequeno o pouco mal que fazemos retorna em pequeno mal, mas os grandes males de nossa idade adulta podem vir em resposta aos nossos grandes males, os males recebidos agora nos preparam para os maiores que virão”.

A sociabilidade é boa coisa quando é meio para gerar esclarecimento sobre os mais diversos assuntos, a vida social em si, mas mais que isto é boa para ser um laboratório onde se possa cultivar um convívio harmonioso, onde as pessoas não criam casos, mas cooperam entre si para o crescimento mútuo, tanto espiritual quanto material dos seus irmãos em Deus.

Ser filho de Deus, ao pé da letra da Palavra de Deus, carece que recebamos o Espírito Santo que decorre da fé em Jesus e na Palavra de Deus, de uma vida que revele que somos filhos de Deus, no nosso procedimento (João 14,15-20).

São Francisco ensinou a fraternidade para com todos para que nós sentíssemos compadecentes e propuséssemos a fé de modo familiar aos que ainda não acolheram a fé em Cristo.

Para viver, dar suporte a nossa própria vida e direcioná-la à eternidade já exige de nós considerável estrutura pessoal, mas constituir família já exige suficiente estrutura para agregar ainda mais responsabilidade.

Refleti algo recentemente que é objeto de reflexão de muita gente, penso que perdedor é aquele que desistiu de lutar por sua vida, mas aqueles que perseveram, mesmo diante das maiores dificuldades, guardam a possibilidade de serem vencedores.

Larga é a porta que conduz a perdição e são muitos os que vão por ela. Estreita é a porta da salvação, muitos se esforçam por entrar por ela e muitos não conseguem entrar, pela porta da misericórdia. Esforçai-vos, diz o Senhor, para que entreis pela porta estreita, com fé e orações, estudo bíblico e penitências, para fortalecer as virtudes de vosso espírito e não os vícios de vossa carne.

Diante de pessoas que lutam, até na televisão para perder peso, cito: Biggest Looser, reality que mostra pessoas lutando para perder peso, para evitar os riscos da obesidade em sua vida, com seus treinadores, eu penso que isto é ser forte, uma virtude importante dentre outras como: estratégia, prioridade, objetivo e dedicação.

A terra árida, onde brotam espinhos e abrolhos é lar de espíritos imundos, mas no jardim anda o Senhor do jardim, nele não há quem se envergonhe, pois seus frutos são revestidos de toda nobreza que advém de uma religiosidade de fé encarnada na vida e que produz frutos abundantes de Reino de Deus.

Não podemos nos deixar educar pelo mundo petulante, que tudo passa por cima para viver a vadiagem que lhe é própria e a falta de responsabilidade, pois forma moleques e não seres adultos para cuidarem de seus filhos.

Para constituir família: a vadiagem, o amor às futilidades e a dissolução não são virtudes fundamentais, mas a responsabilidade de cuidar dos que nos são dependentes, até em detrimento de nossos interesses pessoais egoístas, amor àquilo que é importante e santidade, isto sim são requisitos de pais que estão no caminho de edificar bem suas vidas e suas famílias.

A Palavra de Deus nos ensina: “Os filhos abandonados a si mesmos se tornam a vergonha de seus pais”. Mais que olhar para seu próprio umbigo, os pais poderiam fazer algo que cooperaria com a boa educação dos seus filhos, que eles sejam integrados nas tarefas diárias, que não tenham privacidade que os pais não saibam, que tenham interesse na vida deles, se preocupem e orientem seus filhos, rezem por eles e lhes mostrem o bom caminho da fé cristã, para que não fiquem à mercê da aparente família do mundo que não tem ninguém mais como pai senão o próprio demônio.

Abraço da paz, arrependimento, conversão e salvação do Senhor a vós

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O que vem pela porta


Caríssimos no Senhor
 

João 10,1 – “Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Mas quem entra pela porta é o pastor das ovelhas”.



A criminalidade por vezes se manifesta com armas e por vezes com a caneta.



Queria compartilhar uma música que ouvi e que espero que faça corar e interpelar as consciências para que não se restrinjam a serem bons, mas sejam maravilhosos, se forem repreensíveis, que se empenhem em dar passos rumo a uma maior perfeição e santidade como é da vontade de Deus (I Tes 4,3). Música: O nosso robby é robar (não achei o link do vídeo).



Guardai-vos dos que interpretam livremente a Palavra de Deus, que não raro a deturpam, pois mesmo Jesus Cristo nos disse: “Não há duas verdades, mas aqueles que deturpam o Evangelho de Cristo”.



A Igreja de Cristo, que Cristo deixou após si para continuar a propagação de sua Palavra, não teme a verdade, mas ela teme as meias verdades que as pessoas interpõem diante de si para não aceitar a Deus, seu Cristo e a Igreja, as Sagradas Escrituras que são cartas de amor de Deus para que a humanidade não se perca por falta de sabedoria, para que não perca a salvação eterna que consiste em crer em Jesus e viver como Ele nos ensina para nosso próprio bem, para favorecer nossa vida e de nossos irmãos e irmãs.



Conheci pessoas integradas na Igreja e muito embora a Igreja Católica seja muito criticada ela é a instituição que mais fez e faz caridade para com o povo, nele as pessoas aprendem algo fundamental na vida: a compartilhar o que se possui com os outros, numa atitude de misericórdia.



Das pessoas que conheci da Igreja uma ressaltou a perniciosa influência do BBB (fazem apologia ao aborto pela pílula do dia seguinte, o que suscita revolta entre os mais zelos e conservadores dos bons valores e da vida) sobre os jovens, que acabam por achar tudo muito natural e semeiam a desordem em suas vidas, criam lares desestruturados, uma estrutura familiar que não pode ser considerada família, que prejudica psicológica e emocionalmente uma criança, quando não outros âmbitos.



Desculpem, preocupo-me em ser sério e responsável, mas gostaria de dizer isto, ouve uma placa na venda de ovos de Páscoa que dizia: “Não aperte os ovos, pegue-os com carinho”. É preciso buscar ambientes que favoreçam à formação da vida e à vida. Há ambientes que nada acrescentam e retiram valores das pessoas, ambientes muito ruidosos, de bebidas livres (em excesso), quando não oferecem drogas, numas danças indecentes, de músicas com conteúdos desvirtuantes, isto é coisa para pais zelosos oferecerem aos seus filhos? É preciso orientar e bater na mesma tecla para que o menino não fique mexendo em suas partes e tenham bom comportamento, orientar às meninas para que aprendam a se dar o respeito e exigir isto.



A nova ordem mundial afetam os que convivem conosco e eles aprendem a terem um mal comportamento, que não privilegia o outro, mas descartam aqueles que não podem se aproveitar. Beleza não é a compensação que se busca para enganar a feiura da alma. Beleza não é apenas aparência. Mais vale a simplicidade da aparência e a beleza da alma diante de uma preocupação exacerbada com a aparência, que não pensa no que é verdadeira beleza: “Educação, respeito, solidariedade, caridade e misericórdia”. Nisto não há subversão de valores, mas plena verdade e valor. O amor é sincero, profundo e verdadeiro, dá suporte ao ser amado por toda sua vida, não é egoísta, pensa na situação das represas e poupa água, orienta a uma boa alimentação, pois dela deriva a conservação do organismo. O amor não dá pão, ele dá sua carne para que aqueles que nele creem tenham vida eterna, na cruz, Ele não dá circo, Ele dá uma vida vivida na caridade e misericórdia para servir de exemplo a nós.



Não se pode esquecer de citar: as famílias que se criam sem planejamento, sem estrutura, as doenças sexualmente transmissíveis, os abortos clandestinos, as violências advindas destes relacionamentos desordenados e anarquizados.



Toda desordem humana e social deriva do abandono de Deus e de seus retos caminhos. Muitos acham petulantemente e arrogantemente que têm a verdade em si, mas querem ser aceitas do jeito que são e não cogitam o bem do próximo, mas apenas seu próprio interesse. Se tiverem oportunidade buscariam até a licitação de crimes contra a vida, da supressão de direitos que pessoas não gostariam de se abster deles, de violentar e usar meios opressores e injustos para impor a própria mentalidade: ímpia, paganizada e carnal que não visa senão o egoísmo e todo o dano que ele causa fora de si mesmo e em si mesmo também.



Pensei num preceito, não bíblico, mas acredito que ele poderia ser conhecido como sabedoria e até mesmo abrangido em assuntos diferentes, disse também a uma pessoa que aconselhei recentemente.



“Feliz dos filhos que no tempo de sua infância e adolescência são amigos de seus pais, pois serão amigos de si mesmos no futuro”. Pensando comigo nesta premissa, pensei que se abusamos de nossos pais, pensando que eles devem dar tudo para nós, tudo o que queremos, cresceremos mimados, pensando que nós mesmos no futuro, ou pior, a sociedade deveria sempre dar tudo o que queremos. Sabemos que o que recebemos é devido àquilo que damos através do trabalho honesto, do bom serviço que prestamos à sociedade, fruto de muito estudo e dedicação.



Os pais dão tudo para seus filhos durante sua infância e mesmo adolescência, quando não na idade juvenil e adulta. Os filhos, infelizmente, não se sentem despertados a retribui-los, uma vez que ganham o fruto do seu salário deixam seus pais arcarem com suas contas, quando não abusam deles um pouco mais.



Sabedoria e humanidade decorrem da fé em Deus, da Bíblia, daqueles que se empenham a ouvir a Deus como discípulo(a) a cada dia, buscando sempre mais conformar sua vida com a vontade de Deus, que é pleno amor e não egoísmo. Deus fez a sua obra no amor, mas sua obra nem sempre vive o amor a que foi feito para viver.



Põem-se junto animais selvagens e ali se tem uma floresta, seu habitat, seu estilo de vida, eles, portanto, começam a alimentarem-se uns dos outros. Conversando com amigos refleti sobre algo penoso para muitos e até, de certa forma, para mim, sobre o barco do filme: As aventuras de Pi. Ele tinha afinidade com seus animais, assistiu a que os carnívoros comessem os herbívoros, ele ficou exposto ao perigo de um tigre durante toda sua estadia no meio do mar, à deriva, incentivado por sua formação cultural e religiosa, não se permitiu agir contra aquele tigre, mas, ao invés disso o alimentou, acabou por domá-lo, criou quase que uma amizade, não devidamente correspondida pelo tigre.



Como disse o Papa: “Não há humildade sem humilhação”. Eu creio que fiz esta experiência há algum tempo atrás. Refletindo, até a ponto de ter certo remorso de certas situações, pensei bem e conclui: “É preciso oferecer a Deus os momentos de humilhação que recebemos dos outros, relevar e esquecer, assim nós vivemos nossa vida”. Devemos, contudo buscar meios de mudar as situações para melhor. É mostrando nosso ponto de vista que outras pessoas hão de ver com outros olhos uma tal situação, que para eles, talvez, não seja algo mal, mas por vezes é e por isto deve ser aprimorado para configurar-se em caridade, vínculo de perfeição.



Santa Terezinha disse: “A cruz mais pesada é aquela que não se leva, mas se arrasta”.



Prof. Felipe Aquino no programa escola da fé, que ele compartilha de sua formação há muitos anos, formando pessoas para uma vida nova em Cristo Jesus, com obediência aos sãos conselhos da Igreja, esposa de Cristo, disse algo marcante: “Há centelhas de verdade em outras religiões e cultos, mas a verdade reside na Igreja Católica, ali se prega Deus e Jesus”.



O conhecimento está à disposição, ele por vezes está em nós, mas nem sempre vivenciamos toda a sabedoria que dele emana. Parece, por vezes, que centelhas de verdade são mais humanizantes que a plenitude da verdade. O Papa Francisco orientando a CF2015, nos leva a uma grande meditação sobre a humanidade, e eu espero com a graça de Deus que ela fecunde as pessoas e elas possam ver nelas mesmas os frutos de fraternidade, solidariedade e misericórdia.



Com recursos e sensibilidade para com o povo brasileiro, nossos representantes poderiam priorizar o transporte público, que desafogasse o sistema de metrô. Que situação precária! A não priorização da solidariedade para com o povo, ao invés de favorecê-lo pode, como tem criado, mais carência. As promessas são como propagandas falsas, mostram-se grandezas, mas benefícios eu tenho visto o povo proporcionar a uma minoria, mas não os vejo sendo priorizados. É necessário que cada cidadão cultive em si e propague esta nobre influência, ser solidário com o semelhante é o que faz o mundo melhor para cada um e não ser egoísta e mesquinho.



Grande libertação é a despretensão. Uma imagem que muito salta a minha mente atualmente é a de Jesus tentado no deserto, quarenta dias. O maligno tentou de todas as formas para desviar Jesus, mas Ele não acedeu às suas tentações. Disse Ele: “O Filho do homem não há de reinar como o mais poderoso, mas o mais humilde e desapegado ser humano vivente”. O desapego é caminho para sermos melhores pessoas, o pleno agrado de Deus está nisto, em nos bastarmos com Deus a que queimarmos nossa alma desejando coisas que, por vezes, nos são prejudiciais.



Que a cruz de Cristo é escândalo para o mundo, ouvi da própria boca dele, dos que não aceitam o caminho de Deus, mas caminham às cegas, aos trancos e barrancos, de tragédias em catástrofes e nunca cansam de viver errantes na vida.



Os que não querem viver segundo sua natureza criada por Deus, devem viver inteiramente para Deus, as coisas que Deus nos deu, que nos fizeram a nós não são feitas para serem usadas de qualquer maneira, o manual do construtor, a Bíblia, a Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras, são roteiros de conduta que Deus nos predestinou para viver para que tivéssemos vida em abundância e obtivéssemos vida eterna junto Dele no céu, conquistado por Ele para nós, mas que é fruto de nossa fé e de uma vida vivida na misericórdia, mas também na piedade que deve dar seus frutos em nós.



Buscai a oração, rezai ao Senhor nos momentos propícios, pedi ao Senhor a graça de compreendê-lo e o seguir como servo obediente e fiel. Dedicai-vos a conhecer a Palavra de Deus, sem a qual não podemos nos justificar, que justifica por vezes nem queremos receber quem não tenha em si esta ciência, por suas más obras, não façamos como muitos fazem agora e até fizeram nesta passagem que citei inicialmente, criando dúvidas e incertezas, acolhendo com palmas o Senhor em Jerusalém, mas depois mudando o discurso para que seja crucificado o Cristo.



O que muito me incomoda é a misericórdia que devemos ter para com os que erram, não me incomodo de rezar pelos que me fizeram mal, posso saudá-los e exortá-los, mas o dano que é sempre presente eu não posso evitar se não evitar estes pecadores públicos.



Convém adverti-los, mas se teimam em não corrigir-se, justifica que sejam excomungados do convívio social, pois não se pode incentivar más obras. Do fogo se tira o oxigênio, o combustível e o calor e se extingue ele, basta tirar um de seus balizamentos. Retira-se os meios dos maus e se remove a maldade dos maus. A vida deve ser alvo de nosso zelo, porque fomos criados em Deus para favorecer a obra Dele e não nos pormos contrários a ela.



Uma pessoa me falou que muitos atribuem atitudes de assassinato ao seguimento da vontade de Deus, mas se é mandamento de Deus não matar, como seguem a Deus estes assassinos? Cabe qualificar adequadamente seus feitos, o mal e a morte são frutos próprios que vêm do ser humano e do demônio, se se tem por deus o demônio, então parcialmente se justifica esta mentalidade repreensível inicial deste parágrafo.



É preciso resistir firme na fé ao maligno que quer nos perder, em nossa espiritualidade, em nossa mentalidade e em nosso físico. O maligno compartilha com os rebeldes do que lhe é próprio: petulância e soberba, logo estes se veem sem Deus, pois se acham em sua mente alguém independente de Deus, não se aprimoram como pessoas, pois se julgam muito cheios de si mesmo, como se este inchaço fosse algo significativo. Devemos não consentir com a influência do demônio que quer fazer com que conduzamos nosso corpo à destruição e a morte, que ele seja valorizado pela quantidade de artificialidades e tranqueiras que ele possa ostentar, como se dissesse ao mundo que não basta a obra de Deus, o corpo precisa de recalques para ser considerado algo, quando o que se faz com o corpo não é homenagem ao maligno, aos dragões, à morte, àquele que não perde a chance de nos perder e aos que nos rodeiam, enquanto nosso pensamento se afasta do nosso Deus de amor, que nos fez e nos quer bem, que deu seu Filho único para que sejamos salvos, que vivamos para Ele, levando condignamente e com amor a cruz de cada dia que a vida nos traz.



Se um cego guia outro cego ambos caem num buraco. Aqueles que creem em Jesus têm luz diante de seus olhos, se foram cegos bem podem ter sido curados, pois Deus, por meio de Cristo, faz esta obra, mas também a visão do intelecto são curados os que antigamente não viam sem Deus.



No Cristo se pode ver o que é de fato o amor: Doação para aqueles que se ama. Prof. Felipe Aquino disse algo com uma verdade inquestionável: “Quando alguém se casa ele se dá metade ao seu cônjuge, quando tem filhos dá a outra metade a eles, ele já não se pertence”. É bem verdade que dentro do limite podemos ter certa liberdade, mas o amor familiar prioriza os filhos a outros interesses, que se tornam secundários. Tem-se aí o seguimento do amor de Cristo que foi a cruz por obediência ao Pai, por amor de nós, para nossa salvação, para que não vivamos para nós mesmos, mas para Deus, fazendo o bem para os outros, a que, pensando somente em nós, não cuidarmos dos outros e nem de nós mesmos.



Que os que morreram, até mesmo em nome da fé cristã, que mais morrem hoje que em tempos de outrora, tempo em que imaginamos que as pessoas eram mais desumanizadas, possam interceder por nós junto de Deus, por terem sido achado dignas de estar junto de Deus para que tenhamos uma vida ao agrado de Deus e mereçamos, de fato, irmos habitar no céu quando nossa alma deixar este corpo mortal, tantas vezes vendido às vaidades e futilidades, mas que Deus quer a todo momento nos conduzir no caminho do amor e da misericórdia. Não é razão de guardarmos rancor de ninguém, ainda que tivéssemos razão, não podemos guardar rancor quando não há razão, cada um deve cuidar de si mesmo, ser responsável e amável com os outros, sendo servis uns com os outros estaremos em maior grau de maturidade para lidar com as realidades desta vida, que demandam de nós humanidade e solidariedade para conosco mesmos e com nossos semelhantes.



Jo 10,7.9-11.15b-16 - Jesus tornou a dizer-lhes: “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem.* O ladrão não vem senão para para furtar, matar e destruir. Eu vi para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor expõe  a sua vida pelas ovelhas. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor.*



Abraço de paz, de vida, espírito e amor a todos, feliz Páscoa de Jesus a todos.



Adriano