domingo, 1 de julho de 2018

O filho da natureza persegue o filho da promessa


Caríssimos no Senhor Deus e no seu Cristo Jesus


Sem oração, sem rezar, sem estudo bíblico, sem vida de ascese e de fé, o ser humano não evolui. A natureza do ser humano é decaída para o pecado, tendenciosa ao mal. Se faz necessário que o ser humano aspire para si e se empenhe em buscar a Deus, buscar o maior bem sob a face da terra, além de outras coisas boas e essenciais na vida, quero dizer: buscar o amor de Deus no seu modo de agir.

Pe. Léo, muito estudioso, muito irreverente em sua época, mas ainda atrai muitos e instrui a muitos por meio de suas palestras, deixou instruções importantes para que vivamos corretamente sobre a terra, ante a presença de Deus.

Fundado na formação da Igreja Católica, zeloso na formação do jovem e do ser humano, sensível e caridoso para com o ser humano, que tantas vezes caia na droga, até mesmo porque ele foi um jovem escravo do vício das drogas, que mesmo após sua morte deixou uma obra que dá assistência a estes pobres irmãos alienados dos vícios, instruiu-nos diante de uma dificuldade dos tempos presentes, que vem bem à tona na sociedade hoje.

Para reduzir uma pregação que ele deu, mas oriento a que busquem por ela, onde ele toca a situação da aberração da homossexualidade, ele se expressa, sob o respaldo da Igreja Católica, de que a moral cristã e antropológica não pode achar normal a depravação grave que decorre os relacionamentos antinaturais que surgem entre as pessoas, mas deriva, com mais certeza das impurezas e imundícies, que por reto amor e zelo para com a vida.

Com base na formação bíblico-teológica podemos afirmar que o ser humano carnal, sem Deus, frutifica para a violência e para a depravação sexual, daí seus frutos maus que não param por aí.

O ser humano santo e justo diante de Deus se modera e se educa, busca ser responsável pela vida, antepondo o bem do próximo ao próprio interesse, zela por si mesmo, tanto quanto zela pelo próximo, se empenha por agradar a Deus, considera o amor que Deus espera que ele viva para com os outros, que é amor que se dá até as últimas conseqüências, assim como o exemplo do Mestre Jesus que por amor aceitou morrer na cruz para salvar a humanidade incrédula e pecadora.

Cabe e sinto inspirado a falar neste tema, que se resume nestas duas palavras: incredulidade e pecaminosidade (perdão pela invenção do termo).

Mas quanto sofreram os santos, que nos comunicaram as palavras de Deus, pessoas que o Senhor escolheu para anunciar suas palavras. Desde o Antigo Testamento e hoje não é diferente, os santos são alvo de sofrimentos por parte da incredulidade e maldade dos que o rodeiam.

Poderíamos refletir sobre isto, onde se encontra nossa miséria e como podemos nos corrigir, ser melhor, acolher os que vêm em nome de Deus a esperar honrar somente os que vêm em próprio nome.

Até quando nos faremos inimigos de Deus, até quando precisaremos aparecer para sermos completos, sem dar crédito a quem merece crédito? Até quando o soberbo se julga grande, sem considerar que a glória é somente de Deus? Precisam os santos sofrer para que os sofrimentos dos cegos e ignorantes, arrogantes e esnobes lhe sirvam de pedestal para elevá-los, precisarão os inocentes sofrer na mão dos ignorantes e loucos, tolos e estúpidos para que lhes sirvam de degrau para sua santificação?

Voltemos para Deus, valorizemos os retos discursos que nos santificam, rompamos com nosso vínculo com a dissolução, que não é da índole dos que buscam sua santificação e dos templos que nos santificam, pois é sob influência do maligno que se misturam a perversão e a religião, a pseudo-moral da sociedade e a retidão humana.

O filho da natureza é aquele que vive segundo seu instinto, o ser humano não é animal para viver com instinto, pois o animal nasce e vive segundo seu instinto, mas o ser humano foi feito para viver sobre seu instinto e não escravo dele, do contrário ele se perde. É vivendo sob o controle de sua vida, gerenciando as dimensões de sua vida, que ele vive bem e se realiza, se estabelece e se eterniza, como modelo da sociedade, como modelo em sua família, enveredando bem os que caminham com ele, rumo a uma vida digna de ser chamada vida, não como querem alguns: de animais escravos de sua natureza e dos vícios, praticando toda espécie de abominações ante Deus, cultivando ante Deus toda repugnância que podem dele requerer.

Deus é misericordioso para os que o temem, o respeitam, se aplicam a viver segundo sua vontade, que é pureza e santificação, amor e caridade, misericórdia e solidariedade. Quem se dá um pouco a oração já obtém admiravelmente a misericórdia de Deus, os que seguem os passos dos anjos, como a exemplo do anjo de Portugal, que exorta a que nos sacrifiquemos e oremos para que o Senhor nos perdoe as faltas que o ofendem, que se convertam os homens e mulheres, que vivem o amor e a santidade, o compromisso e a reta empatia com a vida humana, para conduzir ao ideal a criação de Deus, ao que ela foi criada para ser.

Nossos sacrifícios não serão em vão, nossas orações não ecoarão no nada, nossas boas obras não são desperdício do nosso patrimônio, pois o que se despoja em vida, ajunta para a eternidade.

Gl 4,28-29 – Como Isaac, irmãos, vós sois filhos da promessa. Como naquele tempo o filho da natureza perseguia o filho da promessa, o mesmo se dá hoje.

Abraço de fé em Deus e fraternidade

Adriano