Caríssimos no Senhor Deus
Um vídeo que me marcou recentemente é este: Vou Confiar
Este termo eu ouvi das proveitosas reflexões teológicas bem humoradas
de Pe. Léo, nosso saudoso, que nos deixou um legado e uma riqueza para a Igreja
Católica e para o nosso Brasil, sem igual, os sítios de Bethania e seu serviço
pioneiro no tratamento dos dependentes químicos.
Foi marcante e tocante para mim ver o testemunho de um moço que chegou
lá com todos os efeitos destrutivos possíveis advindos de uma vida de
drogadição, mas ele disse que o problema dele não era a droga, mas a falta de
amor, de afeto que ele pôde experimentar em meio aos recuperandos e os
consagrados, mesmo religiosos, que proporcionaram uma experiência, creio que de
uma família estruturada a ele e o fez restabelecer-se de seu antigo estado. Há
um ponto fundamental que ele citou: “Toda recuperação tem como base a pessoa de
Jesus”.
É necessário disciplinar, mais que dar afeto para alguém que teve
relacionamentos pessoais conturbados, com pessoas que mais a feriram na
personalidade, quando não fisicamente e moralmente. É maior o efeito benéfico
na pessoa que o maléfico se é mais iterado, corações distantes gritam entre si,
pois não se ouvem, mas o amor faz com que, mesmo o sussurro, seja ouvido entre
os que se amam.
Deus me deu uma palavra reconfortante na busca de me estabelecer com
uma consciência estruturada e verdadeiramente teolótica, Ele me falou por
locução interior: “Aquele que atesta a verdade é verdadeiro em suas
admoestações, e o que atesta é maior e mais importante do que aqueles que a
contestam”. É princípio cristão guardar o múnus da fé sem nada acrescentar ou
tirar nada dele, é difícil crer que ideologias contraditórias sejam autêntica
manifestação de Deus nisto, parecem pretextos de brechas para se por em descrédito:
Deus, sua Palavra e a fé (Is 12,1-6).
Buscando me aprofundar no conhecimento da fé católica aprendi algo
salutar que gostaria de partilhar convosco para favorecer a vocês que querem
sempre mais solidificar e fortalecer a vossa fé, aprendi de um curso da Sagrada
Escritura do Prof. Felipe Aquino, ele, com base nos pronunciamentos da Igreja
afirmou que a Igreja Universal, a Igreja fundada por Cristo, a Igreja Católica
crê como históricos os fatos narrados no Evangelho. Não há dicotomia entre
Jesus humano e Jesus Deus, crer em Jesus apenas humano é crer em alguém incapaz
de salvar a humanidade. Aquele que se nega a crer e anunciar isto, sendo
católico, pende até a completa plenitude a ser um herege.
O cristão não é alguém que só deve focar seus discursos e pensamentos
para o anúncio da fé, mas também para a denúncia daquilo que precisa ser
repreendido, aprendi isto da folhinha do Sagrado Coração, que muitos pendem
para o anúncio da fé, mas não querem denunciar o mal para que ele seja
convertido em bem; a Igreja é lugar adequado para a conversão, nosso
aperfeiçoamento pessoal e nossa santificação como é da vontade de Deus.
AMEM é uma sigla e significa Associação das Mulheres Encalhadas Mesmo,
penso que poderia haver uma variação também, o AHEM: Associação dos Homens
Encalhados Mesmo.
Esta mensagem eu pretendo traçar parâmetros que proporcionem paradgmas
que favoreçam a que as pessoas se incluam fora destes grupos, pois não nascemos
para sermos encalhados, mas para amarmos em plenitude, desde o Antigo Testamento
e inclui o Novo Testamento, o mandamento do amor a Deus e ao próximo é premissa
e preceito conhecido dos povos de origem judaico-cristã.
Amor pode ser compreendido como caridade e fraternidade, respeito e
compromisso, cruz, castidade e santidade.
Vocês poderiam me perguntar: “É acaso proibido viver a vocação do
matrimônio, com todas as suas dimensões particulares?”. Digo-vos que os
profetas e apóstolos são unânimes em dizer que é um direito legítimo e um
caminho de santificação, mas segundo São Paulo e a ação do Espírito Santo que o
inspirava a se expressar, ele nos disse e diz: “O que se casa faz bem, mas o
que não casa faz um bem ainda maior, por dedicar sua vida ao servido de Deus”.
O desvio do caminho do casamento, o Caminho do Senhor que conduz neste
caminho vocacional não deve ser pretexto para uma vida dissoluta, esta é a pior
escolha que uma pessoa pode fazer, pois uma pessoa não foi feita para ser
usada, mas para ser: amada, querida, protegida, ajudada, amparada etc.
A maturidade e mesmo a fé, que é fundamento da maturidade de Cristo, é
pré-requisito indispensável para bem conduzir a labuta e a responsabilidade que
pais e mães herdão de sua escolha por decidir-se a formar uma família.
Sabemos que uma casa não se sustenta por muito tempo se ela não tem um
sólido alicerce, por isto recomendo que vos dediqueis com apreço a buscar a
Deus no estudo da Palavra de Deus, na oração, no jejum, na escuta da Palavra de
Deus que acontece em nosso interior e, sobretudo o compromisso de viver segundo
seu ensinamento, porque se ele vos faltar será como se não levasses o
necessário para um ambiente de prova em que se exigem tais ferramentas, poderia
até falar de arma, pois no campo espiritual travamos batalha contra o maligno
para triufarmos no caminho da virtude e da caridade, da misericórdia e da
santidade.
Alguém me pergunta se eu estou firme como um prego na areia, respondo:
“Estou firme como um prego pregado no Cristo, como alguém que construiu sua
casa sobre a rocha que é Deus”.
As vulgaridades do mundo acabam por incentivar nas pessoas o que é
próprio do que o mundo proporcionar. É preciso que sejamos incansáveis e por
amor e já não por interesse como é do interesse do mundo, semear a fé que visa à
vida, ao bem e ao progresso do próximo.
Embuidos da fé nós iremos aconselhar nossos irmãos a construir seu
futuro e não se perder em vaidades, achando que eles são a finalidade da vida
humana, é muito mais que isto, é o céu, é o progresso na vida, é nossa
satisfação pessoal, nossa realização profissional.
O encalhamento acontece quando não aprendemos o que é sermos educados,
amarmos os outros com amor de amizade, de fraternidade. Quando não somos
capazes de ver a necessidade do ser que dizemos amar como nossa necessidade. A
Palavra nos ensina bem: “Ninguém faz mal a si mesmo, antes se trata bem a fim
de promover-se”, é proximo disto que ela fala; ela fala com a intenção de dizer
que quando vemos o outro como parte de nós, nós não somos capazes de agir
contra este alguém.
Assisti ao filme Discurso do Rei de novo, o Rei proclamado era um filho
cheio de limitações, maltratado desde sua infância, cheio de entraves, mas
graças a um ousado terapêuta foi capaz de superar suas dificuldades.
Acaso não temos nossas dificuldades? Onde está a generosidade? Digo
primeiro na Igreja que é lugar privilegiado para a vivência da misericórdia, do
perdão e da reconciliação. Somos capazes de relevar pequenas e grandes coisas
que sofremos da parte dos nossos irmãos e irmãs, quer se arrependam ou não?
Quer tenham agido com má intenção ou por limitações próprias? (Lc 6,22-23.26).
Errar é humano, perdoar é divino. É preciso que todos nós nos
esforçemos para superar todas as nossas cadeias para servir da melhor maneira
possível nossos irmãos e conviver com eles da melhor maneira possível.
Errar é possível, mas devemos ter a grandeza de nos retratar ante o mal
que causamos aos outros, para a busca de uma maior harmonia entre irmãos em
Deus Pai.
Se não puderes agir, depois de analisado bem as possibilidades,
oriento-vos que oreis pelos que vos fizeram mal, ou mesmo aqueles que tu
prejudicaste, de maneira consciente ou inconsciente.
Se soubessemos o agrado que faríamos por acolher nossos irmãos nas suas
faltas para conosco e por saber que Deus nos perdoa de nossas próprias faltas à
medida que os perdoamos, estaríamos em grande graça diante de Deus, até mesmo o
perdão dado aos nossos irmãos seria uma fonte enorme de libertação e de
engrandecimento de virtude em nós.
Quem não busca a virtude da fé haverá de atolar-se no lodo do
encalhamento; o amor de Deus também nós deveríamos buscar, pois Ele é
indispensável à nossa vida e nossa existência, à nossa alma e nossa salvação,
crescer na virtude é não ficarmos encalhados sem o amor de Deus.
Eu ouvi dizer que Wal Disney, desde muitos anos atrás diante da
situação do divórcio e das famílias estarem desunidas, incentiva de modo velado
e até mesmo claramente que não deveria mostrar famílias unidas, o tio Donald
tem seus sobrinhos, Miquey Mouse não tem filhos com a Minie. O pateta tem um
filho, mas não se vê sua esposa. Dado o quadro da sociedade daquele tempo ele
inpirou-se a mostrar a família como ela é, penso que até certo ponto sugerindo,
se não me engane, que as coisas deveríam ser assim.
Ouve um conselho à Minie que sonhava com o amor e o conselho foi assim:
“Quer amor, compre um cachorro”. A Minie fazia fantasias sobre o que seria o
amor.
O amor que conduz a família e ao casamento exige do casal muita
maturidade e responsabilidade, que no passado e até hoje advém da fé em Deus e
no seu Cristo, numa vivência comprometida com a fé; num mundo que vai se
esvaindo de suas virtudes penso que as pessoas se encontram sempre menos em
condição de assumir esta responsabilidade, mais que um direito.
Quem vive a fé em Jesus Cristo vê a necessidade de viver a caridade
para com o próximo, na necessidade de tratar com um próximo mais próximo ele já
tem experiência por ter feito repetidas vezes a caridade para com outros.
Jesus disse: “Quem não está comigo está contra mim, quem não ajunta
comigo espalha”.
O Espírito Santo agindo em nós é fator que favorece a que sejamos
unidos, mas aquele que despreza a Deus e sua ação há de viver na carne e o
fruto da carne pende para a ruína, à autodestruição, à morte.
Se há quem aspire obter valor diante de Deus e ante outras pessoas deve
aprender o significado e a aplicação de muitas palavras que expressam virtudes
através de nossas ações, mas penso que uma é especial, que se refere ao
devotamento que devemos ter para com os que amamos, penso que uma grande
virtude que se encontra nos grandes seres humanos e até mesmo no Filho de Deus,
Jesus, é o desvelo.
Abraço da paz e da união no caminho do Senhor
Adriano