Caríssimos no Senhor Jesus
Gostaria de discorrer sobre este tema, abrindo
assim o que está se passando em minha mente e em meu coração nestes tempos
atuais.
Marcou-me e para mim é difícil não ver semelhança
destas palavras que foram proferidas no penúltimo filme de Superman com a
realidade de Jesus Cristo, ao que fiz leve alusão ao “S” como sinal de
esperança, pois em Cripton o S significa esperança, revelado isto no último
filme de Superman.
Na Trindade Santa há o Pai, o Filho e o Espírito
Santo, ambos unidos Eles são um só Deus, são Deus unidos no amor, sinal de amor
em sua essência, mostrando-nos assim o exemplo, em sua natureza, que o Criador
é unidade, ao que nós deveríamos ser assim também para sermos criadores e como
o Criador e não destruidores de sua obra, o que é ruim e não benéfico a nós,
tanto na eternidade como para esta vida.
Como disse Pe. Léo, com muita propriedade
teológica: “A fé é a certeza daquilo que não se vê”. “Como crer em algo que não
se vê?”. “Por meio dos dons do Espírito Santo, avivados nos movimentos da
Renovação Carismática Católica, a fé deixa de ser uma crença sem embasamento,
para nos dar certezas de fé”. “Os dons da ciência, do entendimento, da
profecia, podem nos fazer chegar à comprovação a respeito de Deus.”
Isto pode favorecer a conversão de nossa vida para
a vontade de Jesus, para melhor.
A carne quer a morte, o salário do pecado é a
morte, mas os que vivem para o Espírito Santo, para Deus, deixaram as coisas
carnais e não se perdem com futilidades passageiras da vida e destrutivas do
maligno, mas primam por ganhar riquezas eternas, de acercar-se de bens nessa
vida para fazê-la, de fato, digna e cheia de valores, sobretudo espirituais,
onde residem: o amor, a harmonia, a paz, a fraternidade, a caridade e a
misericórdia, contentando-se com o indispensável.
É bom quando vivemos situações de deserto em nossa
vida, mesmo estando em situação de deserto, pois vemos o que é imprescindível a
nossa vida, enquanto muitos estão cheios de recurso à sua volta, muitos
desconhecem o que é fundamental e estrutural em suas vidas, não priorizam as
riquezas de suas vidas e comprometem muito do que têm com coisas vazias de
valor.
O modo e a dedicação de São Paulo à sua missão de
levar Cristo aos outros me constrange, pois ele testemunhou em meio aos judeus
que não o acolheram, nem seu testemunho; antes o tomavam como peste, pela
doutrina que ele procurava impregnar, vinda de Jesus que lhe apareceu no
caminho e o comprometeu para ser de fato, alguém em prol da vontade de Deus,
alguém que cooperaria de fato com a criação de Deus, conduzindo todos a Deus,
como já era anunciado por meio da boca dos profetas, que Deus chamaria todos os
povos a ser seu povo e a ser dele seu Deus.
São Paulo testemunhou ante Cesar, ante imperadores
Romanos, cidadão romano como era quisera fazer conhecido Jesus a eles e que
Cristo fosse seguido por todos à exceção das algemas que possuía (Hc 26,24-29).
Chamou-me atenção esta passagem que está no cerne
do testemunho verdadeiramente teológico e cristão, o controle dos instintos.
Atos dos Apóstolos 24,23-25 – Colóquio de Paulo com
Félix e Drusila. Cativeiro de dois anos – Passados que foram alguns dias, veio
Félix com sua mulher Drusila, que era judia. Chamou Paulo e ouvia-o falar da fé
em Jesus Cristo. Mas, como Paulo lhe falasse sobre a justiça, a castidade e o
juízo futuro, Félix, todo atemorizado, disse-lhe: “Por ora, podes retirar-te.
Na primeira ocasião, chamar-te-ei.”
Na Bíblia em Espanhol o discurso de Paulo trata de:
“Pero quando habló de la justicia, dominio de los instintos y del juicio
futuro”. Falou de justiça, do domínio dos instintos e da justiça futura.
O chamado à fé em Jesus, a fé em Deus é chamado a não
viver de modo mundano, animalesco como costumamos ver através de filmes, de
toda influência mundana e rebelde do mundo a Deus, mas viver de modo prudente,
construindo bem a vida, gerindo-a convenientemente para bem construí-la, para a
construção da vida presente e eterna. Para uma vivência conservadora e não
suicida como é o perfil daquele que desconhece a Deus, enquanto não tem a vida
ceifada pela morte natural que ignoram, tem a curtir a vida abreviando sua vida
por agredi-la e profaná-la com coisas que a destroem de diversas maneiras.
Como se o maligno já não fosse representado pela
parte da sociedade que insiste em ignorar a Deus e seus caminhos, vivendo para
os interesses, ignorando a vida, prejudicando-a, há até um Templo que foi
construído para o maligno. É preciso que rezemos a Deus para desagravar seu
coração de tantas ofensas, de tanto mal que fazem a sua criação. Deus disse que
antes do fim dos tempos virá como Rei de misericórdia, já se fala muito de
misericórdia. Deus está chamando para a conversão para que cuidemos da vida e
da criação de Deus, mas os que não se dedicam a agradar a Deus e fugir às
ocasiões que o desagradam não terão parte com Deus.
Jesus disse aos dozes Apóstolos: “Rezai a Deus para
que envie operários para sua messe, pois a messe é grande e os operários são
poucos” (Mt 9,37-38).
Ai dos que ignoram a vida, pois ignoram nela o próprio
Cristo e quem ignora Cristo ignora o próprio Deus (Lc 9,48). Aqueles que
testemunham Jesus serão testemunhados por Ele diante de Deus, os que O negam
diante dos homens serão negados diante de Deus. O cristão é chamado a viver
segundo a vontade de Deus, que é santidade e castidade (I Tes 4,1-12) e
incentivar a que outros vivam da mesma forma, a viver de maneira indiferente à
vida, prejudicando mais e mais a sociedade que precisa de seres amados,
educados e estruturados como pessoas e não expelidos no mundo, pessoas
comprometidas com o bem e o progresso da sociedade.
Esta idéia me veio algumas vezes hoje, há algo que
se chama eficácia e eficiência, se alguém quer acabar com a própria vida e não
fosse prioridade ser forte e lutar pelo bem de sua vida, superando as
dificuldades que a vida nos predispõe a viver, poderíamos buscar meios que usem
recursos que de fato acabem com a nossa vida, é a eficácia, a eficiência é a
capacidade de ser bem sucedido numa tarefa. Os vícios acabam com a vida, mas
não garantem qualidade de vida, podem favorecer que tenhamos uma má hora de
morte, enquanto a passagem para outra vida poderia ser mais natural que
sofrida, pela atitude abusada daqueles que a si não souberam cuidar-se
adequadamente.
Numa Santa Missa, fomos orientados a desejar uma
boa passagem desta vida para a outra de nossos irmãos e irmãs. O sábio está na
casa do luto, onde se reflete sobre a brevidade da vida, não é ignorado pelo
cristão o seu fim natural. O tolo está na casa do riso, onde a sabedoria não
existe, onde tudo é uma consequência das atitudes impulsivas e instintivas dele
que ele procura lidar como alguém que tenta levar a sucessão de tragédias não
classificadas como tal.
Numa das músicas que aprendi da Renovação
Carismática, que Pe. Joãozinho favoreceu para que refletíssemos sobre as
realidades de uma vida verdadeiramente cristã, comprometidas no conhecimento e
na vivência da Palavra de Deus, a Bíblia no nosso dia a dia. Dizia que são
muitos os que não encontram o caminho da vida, se perdem em vícios e em
egoísmos que os fecham a realidade dos outros, enquanto viver é favorecer seu
próprio bem e sua satisfação, até certo ponto, sem deixar de considerar a vida
dos mais próximos.
No Acampamento da Canção Nova que tratava dos
assuntos pertinentes a Pastoral da Sobriedade, foi belo e significativo ver o
que reza esta Pastoral, que os excluídos são os preferidos de Deus.
O conhecimento mais aprofundado da devoção à
Misericórdia Divina, o mergulho no Diário de Irmã Faustina, vemos que os nossos
inimigos devem ser amados, os nossos preteridos devem ser nossos preferidos por
amor a Jesus, que os prefere, a todos quer que acolhamos no amor, pois viver é
amar e maior riqueza que levamos desta vida é a fraternidade e as amizades que
construímos em nossas vidas.
São Paulo disse: “Há mais alegria em dar que
receber”. Repeti estas palavras a meus parentes pequeninos, falando-lhes que
verdadeira riqueza é dar amor aos outros, ser irmão e amigo dos outros,
cultivar amizades com os outros é a verdadeira riqueza que podemos reunir na
vida, para desfrutarmos no presente da vida e no presente da eternidade.
A educação depende de recompensa e castigo, mas a
inclusão da fé é caminho para formar pessoas, pois sabemos que magoamos a Deus
quando fazemos mal e afastamos a bênção Dele sobre nós, sobre nossa vida e
nossa alma, mas nossas boas obras nos acumulam de graças diante de Deus, no fim
somos felizes, pois o amor é aquilo que nós precisamos; nós o oferecermos e
logo ele volta a nós, senão, Deus nos retribui com seu amor.
O Deus Filho que era Pai junto de Deus veio a nós e
nos mostrou como é ser Filho de Deus, mas também nos acolheu e nos mostrou como
é ser Pai, não nos deixou órfãos, enviou o Espírito Santo aos que acolhem suas
Palavras, o Pai se torna o Filho e o Filho se torna o Pai, Nele a salvação está
presente, caminho, verdade e vida, plena, abundante e eterna.
Abraço do Pai das misericórdias a vós
Adriano