Caríssimos no
Filho Jesus Cristo
É da natureza
corrompida do ser humano o desejo de grandeza, de aparecer, mas Jesus
nos ensina que é aquele que serve que é o maior, Ele
mesmo deu o exemplo: “O Filho do homem não veio ao mundo
para ser servido, mas para servir”.
É Palavra de
Cristo de que quem não crê será condenado, pois
não creu no Filho de Deus que veio ao mundo, o homem tende a
deturpar para o seu interesse a Palavra de Deus. Deus nos ordena ao
amor a Deus e ao próximo, o ser humano subverte a Palavra de
Deus para que a vileza de que lhe é própria seja
compreendida como vontade de Deus.
Queridos, vi os relatos
de Vassula recentemente e ela me preocupou, me angustiou, me leva a
pensar no que posso fazer para levar alento ao ferido e magoado
coração de Jesus que sofre pelo mal que fazem os seus
mais próximos, seus filhos religiosos que se deixam levar
pelas tentações de: poder, prazer e fama.
Vassula teve esta
inspiração: “Minha Igreja está em ruínas
e as cobras já fazem parte dela, são administradores e
não se preocupam com a salvação e conversão
das almas. Como foi no princípio, é no meio dos meus
que surgirá aqueles que me traem por seus interesses materiais
e devassidões”.
Precisamos rezar,
precisamos remediar as feridas, nos conscientizar é bom,
podemos resolver esta questão, podemos fazer que a Igreja seja
sempre mais o que ela é, escola de vida fraterna, próspera
e equilibrada, direcionada à vida. Aqueles que se fiam em Deus
não contam com algo impotente como o ser humano ou outra coisa
qualquer para remediar-lhes as situações difíceis
da vida (II Cro 15,1-19).
Prudência é
o que ensina a fé e a sabedoria; a ignorância e os
ignorantes orientam à morte e ao vício, à
imprudência, a eles interessa promover-se, até a custa
do dano de outros, o espírito maligno fomenta neles o próprio
interesse dele, a inveja. Ignorante é todo aquele que ignora
que possa ser ignorante em algo. Nascemos sem falar, sem saber
escrever, estudamos, por vezes, muito e não somos ainda mais
que ignorantes no meio de tantas ciências que existem na
existência, sem considerar a profundidade que uma ciência
pode levar seus dedicados estudiosos.
Nossa ignorância
nos faz pensar grandes coisas, quando somos mendigos no que há
de mais essencial na vida: o conhecimento da Palavra de Deus, senão,
de sua correta implementação, num mundo que se presta
ao sofrimento dos outros para o saciamento da vontade egoísta
e materialista de muitos sem Deus, que quando o são, são
apenas de fachada, seu coração está longe de
Deus (II Cro 20,33). No Antigo Testamento se lê isto, tantos
foram os sinais da Providência Divina com o povo e eles se
inclinavam para os ídolos inúteis, até hoje em
dia é assim, depois do advento de Cristo Jesus, se acolhe com
muito zelo a palavra de inúteis prejudicadores da vida alheia
e se nega a Palavra de Deus que é vida abundante e eterna.
Dá-se o pão
aos vorazes cachorrinhos e não se dá aos filhos, se
busca o próprio engrandecimento e não nos
sensibilizamos com a desgraça de José, como uma
passagem nos diz, nossa grandeza está em nos solidarizar com
os que sofrem e não nos ufanarmos de sermos os que mais
aparecem, os aparentemente mais destacados.
Quem quer ser grande
contesta o discurso do mundo que incita a vadiagem e o materialismo e
defende a prosperidade da vida, o serviço à vida,
administra sua própria vida com sabedoria para que não
lhe venha a faltar nada, para que possa estender a mão ao
necessitado quando ele pedir algo para sua subsistência, na sua
carência. Administra sua vida para ser um anjo servidor para os
seus a espalhar perdição a partir de sua própria
família, contesta, portanto aquela máxima da Palavra de
Deus que é típica de ser vivida entre os rebeldes,
filhos da perdição: “Os cães sempre voltam ao
seu vômito”.
Lamento e rezo para que
a vida tenha seus direitos respeitados, que seu progresso seja
incentivado pelos que amam a vida e os seus e mesmo os mais distantes
se tornam próximos quando nos invade o amor divino, eles
deixam de ser estranhos para serem: irmãos em Cristo, família
de Deus, concidadãos dos santos.
O Papa Francisco I
disse que a Igreja tem muitos religiosos santos, não podemos
nos indispor com todos, há um pequeno grupo que compartilha a
fama que deve só a eles e acaba por mesclar com a fama da
Igreja, que abomina o pecado e o crime.
Busquemos o amor de
Deus, é tão difícil nos bastar com este amor? Se
não temos nossos pais conosco para nos corrigir não
somos capazes de ter uma conduta correta e digna? O futuro nos
aguarda, convém que busquemos ganhar maturidade para vivermos
no futuro onde as responsabilidades cairão, se já não
caem, sobre nosso ombros. Devemos agir com dignidade, não como
moleques vadios, mas como adultos responsáveis pelas escolhas
que tivemos na vida. Ao consagrado a Deus cabe viver casta e
dignamente seu ministério, ao casado a fidelidade, para não
viver como o mundo vive: na prostituição, na
devassidão, nas doenças venéreas, na ânsia,
às vezes inconsciênte, de ganhar um lugar para si e sua
corja (Mc 7,1-23) no inferno.
Quando propunham entre
si esta questão, de quem seria o maior Jesus respondeu a eles:
“Pôs uma criança no meio deles e disse que quem acolhe
uma criança no nome Dele o acolhe, e quem o acolhe, acolhe o
Pai”.
Conversando com os mais
próximos disse algo cômico, quase ofensivo, por isto
desculpem, mas traz grande sabedoria este provérbio que
idealizei: “A beleza vem de um bumbum durinho, porque a maior
diligência nossa favorece que cuidemos das responsabilidades
que a vida interpõe em nossa vida, concluo que é
assunto fundamental na nossa vida a consistência do bumbum”.
Vi uma charge que muito
me marcou, um homem pediu a mão da mulher em casamento, depois
mostrou vários quadros delas reclamando quando ela estava
cuidando da casa em diversos serviços que a casa carece de ser
cuidadada. Ela dizia a si mesma: “É para isto que ele queria
minha mão!”. A vida a dois necessita de uma ajuda mútua,
a diligência e a cooperação do casal são
fatores para o sucesso do relacionamento e do convívio além
da fé, do temor a Deus e do seguimento de Deus. Não se
podem pensar, as moças, como princesas a esperar o príncipe
para salvá-las, é preciso que elas tomem frente de sua
salvação, tanto mais se em várias realidades da
vida elas se envolverem. O moço que não coopera acaba
por ser considerado sem valor, uma vez que recebe bens e serviços
e não retribui.
Minhas camisetas
costumam ser evangelizadoras, sinto-me mais útil na sociedade
quando as uso, de quando uso outras que não dizem nada aos
outros, uma é de Jesus, a que estou usando agora, sobre sua
testa há uma cruz, pois sempre levo uma cruz no peito, faço
isto há décadas já, refleti que Jesus tem a cruz
em sua mente, pois a cruz fica bem sobre sua testa. Penso que é
assim que deveríamos pensar na vida, sobretudo é um
conjunto de responsabilidades, mas que só prazeres, é
um conjunto de muitas responsabilidades, com, às vezes, algum
prazer no meio delas.
Por conta das
responsabilidades penso que cada um deve saber administrar a sua vida
e ver a quantidade de responsabilidade que pode dar conta de
suportar, ele pode não ter com quem partilhá-la ou isto
pode não durar para sempre, o contar com alguém para
levar nossas responsabilidades.
Medíocre é
aquele que perde tempo em discursos estúpidos, quem tem algo a
falar diz algo que edifica seu próximo, aquele que está,
de fato, imbuído de temor a Deus busca ser amável com
seus semelhantes, servil, edificante para com eles, o bem que fazemos
aos outros mostra o amor que manifestamos para com Deus, a recíproca
é verdadeira.
Muitos, por não
terem fé, vivem apenas o presente e não veem o futuro,
não são capazes de perceber que não tem
residência fixa na terra, mas eles irão ao céu se
sua consciência e suas atitudes forem do agrado de Deus durante
o tempo de sua vida mortal, não são capazes de ver que
é com Deus que prosperarão na vida, ao passo que contam
com nada que os ajudem quando contam com outros recursos impotentes.
Não estou
falando de coisas atuais, peço que não interpretem isto
ao pé da letra, numa passagem do Antigo Testamento, vemos
Israel e Judá, dois povos de mesma origem Hebraica, formavam
um só povo, mas que foi desmembrado pelas constantes
infidelidades do povo de Deus. Israel se tornou infiél a Deus,
confiava em outras coisas e não em Deus, por isto Deus os
destinou a perdição. Judá queria ajudá-lo,
por meio do seu rei, ao rei de Israel, mas Deus até se
indispôs com Judá, mas ele tinha algo de bom, buscava
viver de acordo com a vontade de Deus (II Cro 19,1-3).
É grande
indignidade, como ensina corretamente São Paulo, sem
relativizar a salvação que acontece pela fé em
Jesus, como Jesus tinha dito; que a família se esqueça
dos seus mais próximos, ainda por cima os mais diretos
parentes, mas como há muitos imaturos, formados na escola das
drogas e da boemia, não é difícil de encontrar,
pessoas que sofram por tal atitude.
Penso comigo que a
praga do iluminismo racionalista não animaliza somente as
pessoas nas faculdades, mas até mesmo nos cursos de teologia,
é preciso nos apegar a Deus para não perdermos a
influência que é verdadeiramente de Deus que nos forma
como seres verdadeiramente humanos e solidários com os outros,
a sermos meramente usurpadores e aproveitadores das situações
quando os outros nos podem servir. A caridade nos faz também
participantes do serviço aos que, por vezes, até mesmo
muito nos ajudaram, pois não só dinheiro mostra o valor
de alguém, mas o trabalho prestado no auxílio aos
outros, e estes às vezes superam toda ajuda financeira, ou
seja, ficamos em débito com os outros e nem mesmo os ocorre em
quitar sua dívida. A Palavra de Deus nos ensina: “Ficai
devendo somente, uns para os outros, o amor recíproco”.
O ser humano logo se
perde no mal, logo a graça de Deus lhe falta, logo ele segue
um caminho de perdição e autodestruição,
um caminho descendente. Feliz aquele que confia no Senhor, pois o céu
é um bem que está à sua frente, este semeia o
céu em cada momento de sua vida e já em vida
experimenta seus frutos divinos.
O semeador sai a
semear, por entre lágrimas ele se dá a esta dura
labuta, mas volta repleto de felicidade recolhendo seus feixes. Os
inimigos se gloriam de disseminar pragas em nossa plantação,
mas com Deus refutamos todas as pérfidas influências
deles, pois eles se gloriam e se beneficiam do dano que causam aos
outros. Feliz aquele que tem parte na plantação alheia
porque dela colherá sua subsistência, se se pôs a
edificá-la; o administrador infiél que recebeu
diretamente a plantação não verá qualquer
fruto de seu zelo desdenhoso. O mundo incita a irresponsabilidade da
plantação, mas neste cenário de: caos, tristeza
e tragédia, os que se puserem responsavelmente por ela
usufruirão dos seus benefícios.
Pelippe Ariès:
“Esquecer-se da morte e dos mortos é prestar um péssimo
serviço à vida e aos vivos”.
Feliz aquele que põe
a sua segurança no Senhor, pois o Senhor é o guarda
daqueles que nele buscam seu refúgio (II Cro 20,20-21).
Abraço da paz de
Cristo Jesus
Adriano