Caríssimos no Senhor
A alegria é importante, a tristeza é importante, reúne as pessoas. A alegria depende de harmonia dos sons, das músicas alegres que enaltecem o verdadeiro amor santo, puro, comprometido e adulto, que não trata tudo como brinquedo descartável, mas vê o valor indizível da vida humana e preza pela sua felicidade e sua salvação, a exemplo de nosso Criador, que todo esforço faz para nossa Salvação.
Se for possível considerar o que é essencial à
felicidade penso que uma vida mais feliz depende de que as pessoas ponham amor
naquilo que fazem, no trato com os outros e no trato com as coisas.
É possível verbalizar e mesmo buscar fazer
compreensível e aplicável este pensamento. Não há somente beleza aparente, mas
a beleza do comportamento.
O amor também inclui altruísmo, coisa que tem os
que se amadurecem na vida, mas não é, penso eu, um traço da modernidade, o
egoísmo é algo que fala alto, até afetando o estado da maternidade.
O Papa Francisco disse uma frase relacionada a
estes pensamentos: “Ser mãe solteira não é um estado civil”.
A alegria não pode ser egoísta, mas deve ser
includente. A Palavra de Deus nos ensina: “O Corpo está bem quando todos os
membros são enaltecidos, mas se um padece todos padecem com ele”.
Do que aprendi da educação infantil e mesmo da
educação de animais domésticos (coisas muito similares) aprendi que a presença
dos pais, educadores e donos juntos deles dependem o bom comportamento de seres
subordinados, destes líderes, logicamente. Amor, presença, afeto,
espiritualidade são ingredientes para aumentar o sucesso na educação dos
filhos. Há variáveis inúmeras, o meio é grandemente nocivo às vezes, dado o
equívoco comum que há: a troca de formação por empirismo. Um mestre marcial
refletiu o que havia em pessoas muito orgulhosas, classificou-as de cabeças
inchadas, o que faz a cabeça ter o tamanho que têm ou o ego inflado.
O ideal de felicidade moderno contraria a natureza.
Não se pensa na natureza, se vive imprudentemente e infantilmente e se espera a
maturidade e a prudência de outros. Fazem-se pedra de toque para os outros e a
responsabilidade do peso é de outros. Tem-se mais ânimo para a vingança que
para a responsabilidade e para o perdão. O maligno joga com as pessoas com suas
compreensões deturpadas e precipitadas, eivadas de pretensão e arrogância ao
invés de firmar-se na verdadeira fé em Deus e na sabedoria.
Na lei do Senhor há a sabedoria e no temor ao
Senhor Deus se formam os homens e mulheres dignos e de valor.
Primeira Leitura (Pr 31,10-13.19-20.30-31)
Leitura do Livro dos Provérbios:
10Uma mulher forte, quem a encontrará?
Ela vale muito mais do que as joias. 11Seu marido confia nela plenamente, e
não terá falta de recursos. 12Ela lhe dá só alegria e nenhum
desgosto, todos os dias de sua vida. 13Procura lã e linho, e com habilidade
trabalham as suas mãos.
19Estende a mão para a roca, e seus
dedos seguram o fuso. 20Abre suas mãos ao necessitado e
estende suas mãos ao pobre. 30O encanto é enganador e a beleza é
passageira; a mulher que teme ao Senhor, essa sim, merece louvor. 31Proclamem
o êxito de suas mãos, e na praça louvem-na as suas obras!
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Pensei isto hoje, esta frase: “Todos somos
ignorantes diante de um novo conhecimento, um novo domínio se não somos
instruídos em algo, por isto se faz necessário que nos ponhamos como
discípulos, nos ponhamos a aprender, tenhamos humildade em aprender e
reconhecer que não temos tudo o que é necessário para lidar com as situações
que nos circundam, a opinião, de preferência formada das pessoas, pode ser útil
e favorável.
Há um ditado oriental chinês que diz: “Não se pode
encher um copo que já se encontra cheio, é preciso esvaziá-lo para se encher de
outro conhecimento”; mesmo de conhecimento propriamente dito e não preconceito.
Preconceito é o conceito antes do conceito, um
pensamento precipitado. Não há tristeza quando as pessoas, pela ignorância
inerente à natureza do ser humano, quando há preconceito e as pessoas são
taxadas pelo que veem e julgam pela aparência?
Se eu vos dissesse que um irmão(ã) é Cristo Jesus
que está presente nele pensaríeis em ser verdadeiramente cristãos sendo amáveis
com eles ao invés de menosprezá-los. Dá-se, quando se dá, a louvar a Deus, a
aparecer, a se julgar grande ante alguns, mesmo diante de muitos, mas é diante
de Deus que nós devemos nos fazer grandes. Deus conhece os sentimentos do nosso
coração, quando ele vê amor aí, ele reconhece aí a perfeição e a santidade,
nisto há valor, não em nós pensarmos ter muito valor, mas valor tem quem dá
valor a outro alguém, no esquecimento e detrimento de nós mesmos que nos
fazemos grandes ante Deus, um servo inútil, ninguém.
A humildade é sinal daquele que dá passos de
verdadeira conversão, pois ele não se aplica em ser grande, mas em ser melhor
servo de outros. A Palavra de Deus nos ensina na Bíblia: “O Filho do homem não
veio ao mundo para ser servido, mas para servir, para dar a vida para que
outros tivessem vida Nele”.
Mesmo a morte de uma pessoa que muito serve ofereça
certo orgulho santo e admiração, não se pode falar de plena felicidade. Este
vai para junto de Deus certamente, mas é uma perda, há um quê de tristeza
nisto, um familiar que se distancia, um membro do Corpo retirado do Corpo,
alguém querido(a) é alguém que faz falta na sua ausência. Jesus deixou que
Lázaro morresse para manifestar a sua glória e poder ao mundo, mas seu amor não
o deixou esconder seu coração humano e divino, cheio de amor, Ele chorou diante
da sepultura de Lázaro, pois Ele era seu amigo.
Primeira Leitura (1Mc
1,10-15.41-43.54-57.62-64)
Leitura do Primeiro Livro dos
Macabeus.
Naqueles dias, 10brotou
uma raiz iníqua, Antíoco Epífanes, filho do rei Antíoco. Estivera em Roma, como
refém, e subiu ao trono no ano cento e trinta e sete da era dos gregos. 11Naqueles
dias, apareceram em Israel pessoas ímpias, que seduziram a muitos, dizendo:
“Vamos fazer uma aliança com as nações vizinhas, pois, desde que nos isolamos
delas, muitas desgraças nos aconteceram”. 12Estas palavras agradaram, 13e
alguns do povo entusiasmaram-se e foram procurar o rei, que os autorizou a
seguir os costumes pagãos. 14Edificaram em Jerusalém um ginásio, de acordo
com as normas dos gentios. 15Aboliram o uso da circuncisão e renunciaram à
aliança sagrada. Associaram-se com os pagãos e venderam-se para fazer o mal. 41Então
o rei Antíoco publicou um decreto para todo o reino, ordenando que todos
formassem um só povo, obrigando cada um a abandonar seus costumes particulares. 42Todos
os pagãos acataram a ordem do rei 43e inclusive muitos israelitas adotaram
sua religião, sacrificando aos ídolos e profanando o sábado. 54No dia
quinze do mês de Casleu, no ano cento e quarenta e cinco, Antíoco fez erigir
sobre o altar dos sacrifícios a Abominação da desolação. E pelas cidades
circunvizinhas de Judá construíram altares. 55Queimavam incenso junto às
portas das casas e nas ruas. 56Os livros da Lei, que lhes caíam nas mãos,
eram atirados ao fogo, depois de rasgados. 57Em virtude do decreto real,
era condenado à morte todo aquele em cuja casa fosse encontrado um livro da
Aliança, assim como qualquer pessoa que continuasse a observar a Lei. 62Mas
muitos israelitas resistiram e decidiram firmemente não comer alimentos
impuros. 63Preferiram a morte a contaminar-se com aqueles alimentos. E,
não querendo violar a aliança sagrada, esses foram trucidados. 64Uma
cólera terrível se abateu sobre Israel.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Esta passagem foi belamente e sabiamente discorrida
pelo Padre Anderson Marsal (Comunidade Canção Nova).
Gostaria de falar um pouco do que aprendi dele,
nesta passagem, antes de concluir esta mensagem.
Recomendo que procurem a pregação que ele fez.
Penso que muito do que concluí abaixo é fruto de minha própria concepção, mas
tem certa relação com o que ele disse.
Muitos pensam que caminham nos caminhos de Jesus,
misturando a formação de Deus e de Cristo Jesus com tantas outras coisas
incompatíveis e contraditórias, fazendo aliança com os povos vizinhos, adotando
hábitos pagãos. O verdadeiro cristão é alguém que vive segundo sua formação e
não adere às práticas pagãs, isto se transforma em infidelidade a Deus, em
desvirtuamento da moral cristã, que nos exige certo comportamento e não depende
da legislação espúria dos que querem tornar legal aquilo que desejam, como se
fossem deuses e senhores e senhoras do Direito, passando por cima de tudo o que
é sagrado e legal, pecadores públicos, criminosos públicos.
Mesmo pensando precipitadamente encontrar harmonia
na desordem e na desobediência a Deus, muitos caminham para isto mesmo: A
Abominação da desolação, recusando a lei de Deus e abolindo sua aliança. Aí dos
que são infiéis a Deus, pois terão o que compartilhar com os que não o
conheceram e vivem rebeldes a vontade de Deus. Perseguidos serão os sábios e
com discernimento, pois o bem exige afirmação em partido e não em uma
vergonhosa sujeição corrompida e interesseira.
É preciso conquistar os que não aderiram à fé em
Deus, mas não podemos abdicar de nossos valores, de nossos princípios. O ser
humano precisa ser amoldado à vontade de Deus, pois a lei natural, mesmo a
civil não concebe qualquer capricho humano, que calca aos pés todo princípio e
todo valor, toda dignidade e escrúpulo.
Abraço dos direitos e deveres daqueles que amam a Deus e ao próximo
Adriano