quarta-feira, 26 de março de 2014

Servo do Senhor


Caríssimos no Senhor

Link de vídeo: A Ti Meu Deus - Anjos da Voz, aprendi na APAC esta música, num trabalho voluntário que fiz durante o tempo da Campanha da Fraternidade há alguns anos atrás.

Deus não dispensa as pessoas, em Cristo as pessoas, qual materiais são reciclados e reaproveitados, reutilizados.

Assim o Senhor me faz refletir, nesta ordem, ele exorta meu pensamento para que eu inicie falando sobre Jesus ser filho de Davi.

A Palavra de Deus nos ensina que Davi disse: “O Senhor disse ao meu Senhor que permaneça ao meu lado até que eu ponha teus inimigos debaixo de teus pés”.

Como pode Davi ser pai de Jesus se ele o chama de Senhor?

Segundo a carta de São Paulo aos Romanos nós somos justificados pela fé em Cristo, já não somos pecadores, mas santos, crucificamos a carne para vivermos no Espírito, no amor de doação e altruísmo aos irmãos, nossos próximos.

No Antigo Testamento o Servo, prenúncio de Cristo Jesus, é o Servo sofredor, carrega sobre si os pecados da humanidade, é a vítima Pascal para que o pecado da humanidade seja purificado. Não devemos nos revoltar contra Deus se sofremos, pois é parte da vida, não devemos fazer os outros sofrer, mas é um sofrimento que precisamos também ser trabalhado no amor de Deus para que se transforme em cooperação a ser agressão, quer sejamos sujeitos passivos ou sujeitos ativos deste ato animal.

Há pais cujos filhos usufruem da vida, têm em abundância o que é de material, penso que até mesmo a educação e o afeto eles recebem de seus pais e se assim não fosse eu poderia recomendar a fé a eles para que cresçam em amor na família, vendo e plantando Cristo Jesus uns nos outros para que possam sempre mais ajudá-los e serem capazes de amá-los.

Há outros, porém que falta o material, falta o afeto e a educação, mas também às vezes não. Embora a falta de condições materiais, o afeto é algo presente, até porque a fé seja, talvez, algo mais apropriado aos desprovidos que aos mais abastados das riquezas materiais.

Cristo Jesus veio para nos enriquecer em sua pobreza, enriquecer de virtude e despertar em nós o desejo de servir aos outros pela recompensa eterna que provém da fé e da caridade que nasce da fé. A fé mesmo é fonte de milagres, que deve fomentar nos que os desejam o ânimo de buscá-la, porque podem ser alcançados de Deus (Jo 15,7).

Há outros, porém que nada falta, mas a miséria é fomentada pelo: capitalismo, infantilismo, individualismo, egoísmo, enfim, do ranço deixado pela herança do iluminismo que favorece a sociedade para que ela seja mais desumana e anti-civilizada.  Recomendo, portanto a fé, porque é premeditação da caridade: a oração, o estudo bíblico e a perseverança de nossa vida fraterna que faz sempre mais crescer em nós nossa humanidade, para minha alegria, de outros e de todos.

Martin Luther King: “O ódio paralisa a vida; o amor a liberta. O ódio obscurece, o amor ilumina”.

Ecoa em mim a experiência maravilhosa implantada, desde muito, por Mons. Jonas Abib, naquele tempo Pe. Jonas Abib, fazer com que os jovens vivessem juntos observando uma vida cristã, fundamentada na Palavra de Deus, com valores cristãos, orientados à vida e a promoção da fé e da vida.

São muitos os que vivem sem considerar os conselhos de Deus, pessoas que ignoram a Palavra de Deus e até mesmo são cristãos católicos, penso até que ponto outros cristãos de outras denominações o fazem igual.

O verdadeiro seguimento de Cristo Jesus exige de nós que rompamos as cadeias de pecado para vivermos santamente, responsavelmente, comprometidamente com o outro, com a vida e com a sociedade.

Nosso exemplo de vida não deve ser antagônico aos nossos discursos, àquilo que nosso coração anela diante de Deus, a santidade e o compromisso mútuo de favorecer uns aos outros a consentir com abusos ou favorecê-los por interesses espúrios, ainda que nos pareçam minimamente interessantes.

Amar a Deus é viver no mundo dos vampiros, viver num mundo fora da humanidade em que nossa força deve superar nossas fraquezas para que persistamos juntos ao nosso amado.

Ele nos interroga o quanto queremos estar com ele, nos propondo coisas que possam tirar nosso interesse de Deus para que busquemos coisas passageiras, mas se Deus nos der forças não haveremos de nos bastar com coisas vazias de amor, mas nos encheremos de Deus e nos preencheremos de boas obras para não termos a chance de fazer más obras.

A cabeça vazia é oficina do maligno, portanto eu vos oriento a que aproveiteis todo vosso tempo para o serviço da vida, de servir bem outros, de não desistir diante da primeira dificuldade, mas insistir, o tempo adequado pode nos levar a excelência da caridade se não deixarmos de perseverar.

O sucesso é fruto de um empenho teimoso e perseverante, aprendi de alguém esta frase.

Guardai-vos de vos arriscar, pois o dano está no caminho do imprudente que terá que responder por suas irresponsabilidades e inconsequências.

Temos uma só vida e uma só alma, por isto precisamos escolher bem como vivemos, escolhamos favorecer a vida, pois somos como a água, ela dá vida, mas não como a cobra que envenena, a língua e os membros de muitos servem ao mal dos outros.

Muitos, não se bastando em não feder nem cheirar em situações que demandam sua: apreciação, seu pronunciamento e atitude, ainda dão iogurte para favorecer o funcionamento intestinal da obra, para seu bom feitio, se é que pode ser bom algo mau.

Devemos estar preparados para ouvir a todos, um bom conselho pode vir de onde pensamos que não pode vir algo positivo. Não ouçais os maus conselhos, busquemos principalmente os bons conselheiros.

De um que eu vejo com desconfiança seu testemunho aprendi que em nós há o velho Adão e o novo Adão, o velho é Adão, o novo é Jesus, o velho Adão é: egoísta, interesseiro, soberbo e pretensioso, o novo Adão, Cristo é: altruísta, desinteressado, humilde e consciente de suas limitações. Ele assim o faz para nos servir de exemplo, mesmo sendo Deus no meio de nós.

No deserto o povo de Deus andava em círculos sem chegar à terra prometida após sua libertação do Egito, Deus esperava que mais que amar a comida o povo fosse um povo, a fraternidade e a cooperação fossem algo presente e maduro nas pessoas, mas isto não acontecia e Deus esperava o amadurecimento daquele povo.

Não vos enganeis com a aparência, virtude e educação valem mais que fisionomia e posição, se encontrarem em alguém a aparência de Cristo, não será mais que a aparência, só no Cristo se encontra Cristo. Com certeza não o encontrareis onde ele não está.

O cristão medita sempre, sobretudo neste tempo de Quaresma em que ele reflete o seu ser pecador para preparar-se para viver a Páscoa e além do tempo da Páscoa com toda a dignidade e santidade, colhendo felicidades e realizações em sua vida, alimentando nele sempre a esperança do céu no meio de todas as dificuldades da vida, sem, contudo semear maiores cruzes.

A vida é cruz e não o paraíso que imaginamos, quando nos propomos a viver o paraíso que imaginamos construímos o inferno para os outros e não tarda a vemos que construímos também para nós o inferno.

O céu e o paraíso terreno, o Reino dos céus constitui uma constante renúncia de nossas vontades por um benefício que virá no futuro. O trabalhador trabalha por todo um mês e por vezes só vem a ver dinheiro no final do mês. Os filhos quando são pequenos parecem que só oferecem trabalho, mas quando crescem, se bem educados eles forem, se na fé forem encaminhados, tornam para seus pais, pais e os mesmo se fazem seus filhos por conta da velhice, mas contando com seus filhos podem manter os cuidados que eles mesmos já não conseguem oferecer a si mesmos.

Recebi uma mensagem assim no Facebook, então compartilho com vocês por ser esta mensagem tão marcante para mim.

Quem não peca contra o amor não avilta os laços que nos unem como família ou como amigos, mas os que não se empenham em ser educados com seus semelhantes acabam por perdê-los e ficam sós e terão de se virar sozinhos para cuidarem de si mesmos.

Recomendo, portanto que não desprezeis vossos semelhantes, mas vos empenheis em fazer crescer em vós mesmos e nos que te cercam: o bom convívio, a cooperação e a amizade.

Vejamos programas que nos façam mais humanos e solidários, mais sensíveis e construtivos e obteremos este espírito e estas atitudes.

Se for Cristo que entra nas janelas de nossos sentidos, nós sabemos que habita em nós Deus, mas se vos encantardes com o maligno vós sereis um templo dedicado ao maligno e vosso altar do coração será o local em que vosso próximo será sacrificado.

Jo 15,5 - Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

O coração deve ser lugar onde deve fluir: docilidade, perdão, bem querer, misericórdia, relevância das atitudes de outros. Todos nós, sobretudo se nos propomos a ser de Deus deveríamos procurar ser, a princípio, mais leves uns aos outros, e posteriormente mais favoráveis aos outros, para não pesarmos tanto na amizade dos outros.

Momentos surgem para nos abalar no nosso pacifismo, no nosso amor próprio, no bem querer que costumeiramente temos com os outros, nos convidando ao abuso dos outros.

A oração em línguas nos purifica de maus pensamentos, faz silenciar em nós a ignorância que ressoa a nossa volta para nos focar naquilo que é importante, o santo amor ao próximo, que devemos manter sempre intacto, como uma bela flor que amamos e queremos que ela sempre esteja vicejante em nossa moradia.

O pacifismo não deve ser confundido com passividade, nós não mudaremos o mundo se somente não o agredirmos e não fizermos nada de bom por ele; é preciso que sejamos ofensivos na fé, pregando a Palavra de Deus que exorta as pessoas a serem irmãs umas das outras, a meros usufruidores do serviço que o outro fazem, como se estes não passassem de máquinas, uma matéria que se aproveita ou se despreza no grau de utilidade que ele possa nos proporcionar.

Alienados da espiritualidade a vida é o aqui e o agora, o bem ou o mal, o ser humano uma coisa que se usa e se abusa, mas com a visão espiritual vemos que estamos diante de seres humanos, de irmãos, de vidas humanas, vidas amadas por Deus e que devem ser amadas por nós, por serem elas mesmas templo de Deus, por podermos mostrar o amor que temos para com Deus no amor que ofertamos a elas.

Aprendei de Cristo a ser caridosos, Ele dá a vida para que os outros tenham vida.

Quiça alguém aceitasse morrer por um justo, quiça aceitasse em morrer. Eis aí uma prova do amor de Deus, quando eramos ainda pecadores Cristo morreu por nós para livrar-nos dos nossos pecados.

Jesus disse que o maligno não veio senão para matar e destruir, Ele dá a vida por suas ovelhas, Ele fala, elas escutam e o seguem, elas vem e vão pela porta do céu que é Cristo Jesus e encontram pastagem. No amor de Cristo, a vida se perpetua.

Felicidade e prosperidade de Cristo a vós

Adriano

segunda-feira, 17 de março de 2014

Jóia ordinária

Caríssimos em Deus Pai

Um link de música que eu queria pôr é uma música antiga da RCC e ela dizia assim: "Eu te amo porque vejo Cristo em ti".

O grande problema do mundo é possuir um grande número de sábios cheios de dúvidas e um grande número de ignorantes cheios de certezas. Já disse isto, um sábio.



É traço característico do sábio a muita reflexão e inquietação para resolver os problemas que a vida lhe apresenta, mas o ignorante empurra com a barriga seus problemas e os resolve como lhe dá na telha.



Em Madagascar, a animação de filme infantil, Melman (a girafa) dá de presenta ao Martin (uma zebra) algo profundo a ele, ele o coloca na boca e, por fim, Melman disse que foi o primeiro termômetro retal que tinha ganhado.



Isto me falou bem profundamente acerca da superficialidade daquilo que as pessoas, por padrão, reconhecem como importante. Há uma supervalorização do fútil em detrimento do que é de valor.



Da minha última mensagem, gostaria de dizer algo, às vezes me mostro muito pessimista quanto ao quadro que analiso da sociedade, mas creio que é um traço de fim de mundo muito característico, o joio está muito visível pela sua maturidade, mas o trigo quase que some detrás dele.



Não quero dizer que ele não exista, há pessoas de valor, cheias do temor a Deus, de fé em Deus, de amor pela Palavra de Deus, de uma vida de caridade e misericórdia para com seus próximos.



A ação do maligno se vê em áreas que seria inimaginável sua interferência, creio que o racionalismo antropológico profanou a teologia e muitos teólogos não conseguem apartar a verdadeira teologia de um iluminismo exacerbado e alienado da realidade.



Uma frase me veio recentemente com base na Palavra de Cristo Jesus: “Que os racionalistas enterrem seus racionalistas, quanto a ti vem e segue-me”. Esta passagem me trás a mente esta outra, Apocalipse 2,2.



Até o tempo dos iluministas o conteúdo sacro era: conhecido, divulgado e vivido de maneira pura e digna, mas após o iluminismo muitos foram corrompidos pela pretensão de uma pseudo-sabedoria deles que mais cooperou para com a anarquia social que com um amadurecimento: religioso, pessoal, familiar e comunitário.



A alienação do conhecimento da Palavra de Deus deforma a mentalidade do que é certo e do que é errado nas pessoas, a muita alienação dos muitos assuntos desarraigados de uma consciência primeiramente de conversão é um afastar-se do fundamental na formação de uma pessoa, algo básico que não foi lançado, que gerará problemas ainda maiores.



Jo 13,17 – Se compreenderdes estas coisas, sereis felizes, sob a condição de a praticardes.



Augusto Cury – “Ninguém é digno do oásis se não aprender a atravessar os seus desertos”.



É bom que os cultos demonstrem sua cultura para ajudar a formar as outras pessoas tanto numa verdadeira fé cristã como num conhecimento geral.



A campanha da fraternidade foi lançada e aquilo que está encrustado na sociedade parece ignorado no que concerne até ao português, ao invés de se referir à cultura da indiferença, se fala de cultura da indiferência. É também tão ignorado que parece que não distinguem indifereça com indiferência e outras coisas fazem também em nome de um possível nivelamento linguístico que procuram propagar, ao menos outra vez já pude constatar.



Quer se transvistam de ignorantes, quer se transvistam de pretensos cultos, aqueles que ignoram a Deus e os seus caminhos de justiça têm sobre si a maldição e não a bênção (Dt 28,15-68).



As palavras do aclamado Papa Francisco na revista da Canção Nova de março de 2014 foram muito marcantes para mim, por isto não posso deixar de propagá-la. “O tráfico de pessoas é uma atividade ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas”. “Exploradores e clientes deveriam fazer um sério exame de consciência diante de si e diante de Deus”.



O Papa Francisco, como uma pessoa instruída que ele é, não pode deixar de repreender uma causa que precisa ser repreendida e corrigida, não podemos ignorar ou fomentar atitudes que ampliam ainda mais as injustiças da sociedade, mas sim tomar consciência e favorecer para que a geração presente e futura não seja inconsequente, mas prudente, não imprestável, mas valorosa, não viciada, mas virtuosa.



Ez 18,23 – Responsabilidade individual: Terei eu prazer com a morte do malvado? – oráculo do Senhor Javé. Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva?



Para bem vivermos nossa vida precisamos aprender a trilhar os caminhos de Deus, os caminhos da caridade e misericórdia, deixarmos o espírito do mundo que nos compunge ao individualismo e nos abrirmos ao Espírito Santo de Deus, de vida, que nos exorta sempre a termos atitudes mais abertas a Deus e ao próximo, para o bem de todos.



Não há dissenção entre ciência e religião, muitos nobéis de ciência estão entre os cientistas do vaticano, a ciência se beneficiou esplendorosamente pelos inventos de inúmeros monges, o papel da Igreja foi preponderante para resguardarmos a cultura e a sabedoria que originou de tempos anteriores às invasões bárbaras em Roma etc... É ela mesma, a ciência, que atesta inúmeros casos inexplicáveis das ações milagrosas de Deus no meio da humanidade, é preciso querer não ver e não experimentar para não crer em Deus.



Veio-me uma frase, a minha mente, ultimamente, ela é assim: “Precisamos de uma dose cavalar de caridade, quer seja para com a vida que nasce de nós, quer para com os outros que servimos no trabalho, que demanda muita dedicação, responsabilidade e devotamente de nossa parte”.



Há uma cultura de indiferença presente no mundo, pessoas sem coração e egoístas, pessoas malandras que jogam com suas maldades para alcançar seus objetivos, que fariam até mesmo maldades para ganhar benefícios para si, ainda que sejam com a ajuda do demônio, como no caso das macumbas. Todo mísero benefício que se obtenha com o sofrimento alheio não pagará o custo do malefício que obterão os maus diante de Deus, por isto exorto-vos que abandoneis o caminho do mal e busqueis andar no caminho da justiça e do amor fraterno para que o Senhor vos abençoe e não se ponha contra vós, na tentativa de vos chamar à conversão e que, vos tornando duros de coração, vos percais para sempre de Deus vos fazendo sem frutos bons diante de Deus nesta vida.



O pai que ama o filho o repreende com frequência para que ele amadureça e se aperfeiçõe, se santifique, como é também a vontade do Pai.



Se vos trago alguma repreensão é porque vos considero e aspiro que evoluais mais e mais. Ninguém está pronto, mas todos nós precisamos nos aprimorar para melhor alcançarmos o título de valorosos diante de Deus no serviço aos demais, para sua edificação.



É fácil nós querermos pagar na mesma moeda o mal que não raro recebemos de outras pessoas, mas para aqueles que querem um mundo melhor, para aqueles que se preocupam em agradar a Deus e a seu Cristo, nós devemos estar sempre dispostos a nos reinventarmos para sermos dóceis e úteis aos outros a sermos amargos e nocivos aos outros, o que seria mais natural e não divino como no caso positivo.



Se classificarmos algo como secular como poderemos nos referir às coisas divinas, a palavra poderia ser divina ou eterna.



A jóia de vida dos santos, de muitas pessoas que já viveram sobre a terra e fizeram feitos maravilhosos no mundo, por vezes passa em TVs divinas como, por exemplo, na TV Aparecida, pessoas cheias de boas obras que difundiram uma influência edificante a partir do exemplo da filosofia de suas próprias pessoas, que influenciaram a muitas outras pessoas a construir as suas vidas e torná-las prósperas, direcionadas àquilo que era de valor, mas que as coisas materiais.



A ignorância das coisas da vida como a vemos nos tempos atuais, em que nossos nobres modelos são substituidos por uns fantoches reluzentes, faz com que esvaziemos o conteúdo nobre de tudo que existe, refiro-me, por exemplo: à fé, ao amor, a paz, a formação da vida, a vivência da vida.



Quando o Endiabrado pediu ao maligno que lhe desse seu amor para atender aos seus interesses, todos eles falharam, o maligno ia ficar com sua alma. Mas o Endiabrado fez um gesto de redenção, livrou-se da condenação eterna, como as palavras que ele ouviu de Deus na cadeia: “Você verá qual é o seu papel e haverá de se salvar”. Ele desejou que seu amor tivesse uma vida feliz. Ele ganhou seu amor, livrou-se do inferno, teve uma vida feliz ao lado do seu amor, direcionou sua existência ao céu, tornou-se exemplo daqueles que aspiram chegar ao céu, desejando e fazendo o bem aos que ele ama.



A vivência correta da fé é substituída por um modo leviano de viver a fé, um shopping de coisas que as pessoas pegam se quiserem; se não quiserem fazer compras neste shopping também têm direito e valor por fazerem isto (Ap 3,14-22).



O amor é confundido com a perturbação e o abuso alheio, o aproveitamento do bem que os outros podem nos proporcionar. Jurasse amor e eis que o que se proporciona é uma perturbação que dura até o resto da vida, de pessoas que, por não saberem cooperar umas com as outras, se tornam um estorvo para as outras e há até os que pensam servir a Deus agindo assim, que se dirá daqueles que nem mesmo o respeitam?



Há a coisificação daquilo que existe, já não distinguem coisas de pessoas, se amam as coisas e se usam as pessoas, as pessoas são como chicletes, até que seu doce estiver na boca estará na boca, mas será cuspido na lata do lixo quando seu doce estiver sido absorvido, é assim que o mundo trata as coisas, sem o menor respeito e consideração para com aquilo que tem, mostrando que não merecem aquilo que tem e logo acabam por perder aquilo que pensavam possuir.



Penso que há um amor satânico que passa por meio dos rebeldes a Deus à humanidade, toda erotização e supervalorização da sexualidade é um traço de uma preocupação em formar profissionais da sexualidade e o nosso país tem se destacado como o país que mais coopera com o tráfico humano, quer para fins de sexualidade e prostituição, quer para outros fins de escravidão.



A violência que por vezes circunda as pessoas desde a mais tenra idade forma por vezes: lutadores, criminosos, alienados da sociedade, pessoas sem a devida sensibilidade para conviver de modo minimamente aceitável na sociedade.



O conhecimento da etiqueta e mesmo da fé, que é uma etiqueta com vista a um retorno muito mais glorioso e eterno, favorecem uma melhor convivência social.



Conviria que mostrássemos que uma faca não é um instrumento de violência, mas serve para fazer alimentos que nutrem aqueles que amamos e a nós mesmos. Que até mesmo a aprendizagem de artes marciais é momento propício para o encontro pessoal, o cultivo de amizades, o amadurecimento da habilidade do convívio comunitário entre nós.



Quero dizer também que a Igreja é ambiente favorável para que as pessoas se relacionem fraternalmente e solidariamente, desenvolvendo nelas o desejo da própria libertação de suas limitações para disponibilizá-las para que sirvam mais liberalmente às outras, com um sentimento mais sempiterno, por amor a Deus, serviço ao mesmo e aos outros.



Vemos pessoas de cultura muito pobre, mas também pessoas de muita formação que preenchem tanto quanto os primeiros o quesito criminalidade, que tem seu momento de fama nos noticiários jornalísticos, por seus atos criminosos.



Uma fé cristã verdadeira quando é ensinada a alguém coopera para que uma verdadeira humanidade transborde daquele que aceita a fé, sem infantilidade, sem achologia, mas reconhece aquilo que é maior do que ele, que é o que faz diferença, a influência e interferência de Deus em nossa vida.



Jesus é verdadeiramente Deus, mas também é verdadeiramente humano, aquele que busca seguí-lo há de se tornar humano como ele é humano com os outros, cheio de amor e serviço, misericórdia e caridade.



Aquele que serve a Cristo, quer prospere ou quer definhe na vida, tem a vida eterna garantida e o agrado de Deus, será conhecido como grande no Reino dos céus, mas os que aprendem as verdades da fé e ensinam contrariamente, elas serão declarados, diante de Deus e de seus filhos, os menores no Reino dos céus.



Eu falei de Reino? Sim. Se Deus reinar sobre nós, nós seremos verdadeiramente livres para amar, nos focando, tendo como objetivo aquilo que é importante na vida e não erraremos o alvo em algo fútil, que não será para nós um forte no momento da provação, não nos conduzirá a um lugar afável para que nossa alma continue até a eternidade.



É preciso valorizar a vida, fazê-la prosperar e não escravizá-la, abusar dela e depois descartá-la como se ela não tivesse valor, tanto os radicais que abusam dela com violência mortal, como os que abusam dela tratando-a como algo inferior, não servem verdadeiramente a Deus e sim ao demônio, cada um irá para junto daquele que buscam por meio de suas obras.



O maligno é assassino e assaltante, veio para matar e destruir, assim como são seus filhos, mas os que se põem a serviço dos outros serão reconhecidos verdadeiramente como Filhos de Deus, pois Deus é amor e vida.



Todos nós somos pobres diante de Deus, nosso melhor estado de vida financeira (se o possuímos sempre) é apenas sinal que demonstra que ganhamos certa estabilidade nesta vida, mas verdadeiramente ricos são os que têm Deus consigo, pois a eles nada falta, mas estes ainda são pobres porque nossa unidade com Deus é imperfeita e está em estado de amadurecimento; no céu, se chegarmos lá, seremos plenamente unidos a Deus e plenamente: ricos, realizados e satisfeitos.



“No dia do juízo, diante de Deus, seremos julgamos por aquilo que fizemos pelos pobres e por aquilo que fizemos com os pobres” (Madre Tereza de Calcutá).




Mt 25,35 - Porque tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, era peregrino e me acolheste.

Juízo do Senhor a vós

Adriano