quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Quando se fecha o olho da razão se abre o olho da espiritualidade

Caríssimos no Senhor Deus e em seu Cristo

Veja o link de vídeo: Com Deus Vencerei - Salette Ferreira Feat Thiago Tome

Pude refletir muito participando da Novena de Natal 2021, organizada por familiares e amigos, pude interagir e aprender com eles.

Foi-me dada uma inspiração teológica, fruto de reflexões e aprendizados, reflexão esta que não se restringe a uma influência teológica, mas mesmo a contesta.

Com minha participação bem ativa nas reflexões, instrui os participantes algo que é ponto passivo na nossa posição de fé, cito: a obediência, a subserviência e a submissão, é traço do cristão católico ser submisso as orientações da Igreja Católica. Disse também que na Igreja, não devemos vê-la como ringue de luta, mas comunidade de irmãos, onde uns exortam os outros com correções fraternas, se necessário.

Diário de Irmã Faustina §113 - E novamente quero recomendar três coisas à alma que deseje decididamente buscar a santidade e dar fruto, ou seja, tirar proveito da confissão. Em primeiro lugar, total sinceridade e franqueza. O mais santo e mais sábio confessor não consegue derramar à força na alma aquilo que deseja, se a alma não for sincera e franca. A alma insincera, reticente, expõe-se a grandes perigos na vida espiritual e o próprio Senhor não comunica a essa alma num nível mais elevado, porque sabe que ela não tiraria proveito dessas graças especiais. Segundo: humildade. A alma não tira o devido proveito do sacramento da Confissão se não é humilde. O orgulho mantém a alma nas trevas. Ela não sabe e não quer penetrar devidamente no fundo da sua miséria; esconde-se atrás de uma máscara evitando tudo que a possa curar. Terceiro: obediência. A alma desobediente não obterá nenhuma vitória, ainda que o próprio Nosso Senhor a ouvisse diretamente em confissão. O mais experiente confessor em nada poderá ajudar a uma alma de tal natureza. A alma desobediente se expõe a grandes desgraças; não progredirá na perfeição nem na vida espiritual. Deus cumula generosamente a alma das graças, mas somente se ela for obediente.

O parágrafo retirado do Diário acima citado me apareceu recentemente, após a Novena. Mas aprendi que o verdadeiro cristão é alguém como a exemplo de Cristo Jesus, ele é obediente, não podendo ser verdadeiro católico aquele que discorda sem razão da Santa Mãe Igreja Católica.

Meditando sobre os perigos da vida, o medo e a fé, expressei-me de modo alegre, divertido e descontraído, com plena consciência da responsabilidade que tinha de ser fiel à verdade.

Disse que a engenharia aeronáutica cooperou para com o crescimento da fé, porque bastava uma turbulência mais acentuada que as pessoas já pegam seus terços para rezar, e mesmo quem se dizia descrente de Deus se irmanava e rezava também, o medo era incentivo a fé, a crer em Deus e nele confiar. Quando se fecha o olho da razão se abre o olho da espiritualidade.

Polêmico, mas defensável, penso ter sido minha reflexão e inspiração. Disse eu aos que me rodeavam: “Não é a teologia que tem erros, mas muitos teólogos que afirmam coisas que não estão em conformidade com o ensino de Deus e de Jesus, da Igreja e dos Santos. O problema não é ela ter de evoluir para se modernizar, mas que ela não sofra alteração, pois a Palavra de Deus é para ontem, hoje e sempre.

Orientei, mas de uma vez para que todos rezassem pelo nosso futuro, porque o pecado da humanidade pode trazer desastres para a humanidade, recomendei que todos se empenhassem em evitar o mal e o pecado, que se santificassem, vivessem vida de oração, buscassem se aprimorar na formação da fé, daquela reunião em diante, buscando a Canção Nova, buscando ouvir as pregações de Padre Paulo Ricardo, se aprofundando nesta rica devoção dos fins dos tempos, a Devoção à Misericórdia Divina, que nos trouxe, sob graça divina, a Irmã Faustina.

Digo polêmico, até quase revolucionário, agora penso melhor para esmiuçar minhas deduções. A Igreja diz que a fé e a razão são duas asas pelas quais a Igreja deve confiar para andar firmemente no caminho certo do Senhor.

Penso que esta razão não é o racionalismo, que inicialmente se mostrou desejoso em acabar com a fé cristã e as Sagradas Escrituras, mas concluiu que mais proveitoso é ser simpático a fé, pois os valores humanos nelas contidos são uma preciosidade para a humanidade. Mas, ser simpático não quer dizer aderir, não consentiram na divindade de Cristo Jesus.

A razão como bom senso, sob avaliação de tantos que tem experiências de fé e lidam melhor com a vida, com a saúde e mesmo com as consequências de perdas em suas vidas, penso esta ser relevante. Realidades reconhecidas e elogiadas por cientistas e médicos que lidam com pessoas de fé e as admiram vivamente pelo modo positivo que lidam com todas a suas situações de vida, cuja recuperação é tão distinguida e até superada de modo surpreendente, milagroso.

As engenharias de um modo geral, mesmo a civil são precisas, devem ser precisos também o ser humano para viver, o caminho da fé, se bem conhecido, vivido e compartilhado coopera para que o ser humano tenha sólido alicerce de formação pessoal, segue as paredes estruturais, que suportam o peso da construção, que se compara com a estabilidade e o autocontrole que uma pessoa deve ter diante da vida, resta para concluir a obra o teto. O ser humano tende ao comodismo, diante de tantos problemas em suas vidas, que carecem de formação anterior para que seja bem sucedido em lidar com eles. O teto é a atitude, que fundada em uma formação adequada orienta o ser humano para as corretas atitudes em sua vida, para o sucesso das vitórias e mesmo as dificuldades que se possam se interpor em sua vida.

Minha discordância se deve a que alguns teólogos e mesmo certas correntes teológicas tentam nivelar o ser humano a Deus, como se a salvação dependesse parte dos homens e parte da ação de Deus. Teólogos tem a preocupação de se propor, julgam que suas inteligência é imprescindível à salvação, enquanto não nos foi dado outro nome debaixo do céu no qual podemos ser salvos, senão no nome de Jesus.

A razão humana parece que, pelos discursos que já ouvi e ouço ainda, é incapaz de concordar completamente com a fé, enquanto esta nos remete as realidades espirituais, o céu, esta não pode afirmá-lo, quando não o reduz, ou quando não o aniquila com os discursos que são proferidos. Se a razão e a fé são asas de um mesmo pássaro, não poderão chegar tão alto quanto poderiam ir, pois a asa da fé aspira voos mais altos, que culminam no céu.

Parece haver na Igreja Católica teólogos que são muitos mais antropólogos, filósofos e psicólogos que propriamente teólogos. Esta frase conheço de muito tempo, cito Professor Felipe Aquino: “Hoje em dia há teólogos modernos, mais modernos que teólogos”.

Há um verdadeiro radicalismo progressista na Igreja, buscando eclodir em seu meio e se expandir, se assim devemos falar, que excede o limite da fidelidade à fé como a conhecemos, que não tem nada de radicalismo, é próprio seguimento de Deus, de Jesus e da Igreja Católica. É o que posso deduzir de certas aconselhamentos de irmãos católicos.

Orientei mais de uma vez a que os que estavam ali, se dessem a rezar para que a sociedade, enquanto Governo, enquanto religião não descambem para o paganismo, mas, parece, não ser de hoje, que isto já se ventila, de que poderia acontecer, os rabinhos do maligno se mexem lá e aqui. O comunismo quer entrar em todas as brechas, subvertendo os valores da sociedade e mesmo da fé, se lhe for possível. Espero em Deus, que mesmo em meio a um Governo Comunista, de esquerda, possamos viver com respeito a nossa espiritualidade cristã e católica, tão necessária para resguardar de fato os valores humanos e mesmo o ser humano.

Como se prega há muito tempo, a Nova Ordem Mundial tem como base de ação: Um Governo único, uma moeda única, uma religião única (não a cristã), o controle populacional.

Aprendi isto e disse aos que me ouviam: “No princípio Deus estava em primeiro lugar, tudo era para Ele, veio o Renascentismo, a Revolução Industrial (o materialismo), a Revolução Francesa, pôs, em certa medida, o ser humano como medida de todas as coisas. Este tempo passou, vivemos o tempo da Natureza, o ser humano é visto pelos poderosos do mundo como uma ameaça, que deve ser controlada.

Orientei aos irmãos e irmãs que me rodeavam a que buscássemos voltar ao início, como tinha sugerido um irmão na sua fala. Porque se as pessoas veem que somos irmãos, um recurso útil uns para os outros, não pensaram em erradicar nossa existência, mas verão que boa coisa é cooperar conosco, porquanto cooperar conosco é cooperar com eles mesmos. Orientei para que rezássemos pelos pecados do mundo, pois isto trará muitas desgraças para a humanidade, seria importante que todos nos déssemos a viver a fé corretamente: na oração do terço, no jejum, no estudo e na aplicação da Palavra de Deus na vida, na partilha desta Palavra.

Algo de muito proveitoso que aconteceu foi favorecer a unidade nas famílias. Mostramos nossas difíceis situações de vida uns aos outros, mostrando quão efêmera é a vida, como ela pode se tornar na vida de outras pessoas.

Presenciamos momentos de apreensão e sofrimento na expectativa de melhoras de nossos entes queridos e ressaltamos que o maior zelo para com nossos pais e parentes é algo importante para que mantenhamos a qualidade de nossas vidas. Enquanto, muitos não refletem sobre isto, vivem em seus mundos egoístas, alienados e superficiais e desprezam o tesouro que agora usufruem.

A Palavra de Deus nos ensina: “O tolo está na casa do riso. O sábio se encontra na casa do luto, lugar onde se medita, quão efêmera é a vida”. Hoje temos nossos parentes, mas num futuro podemos não os ter conosco, convém que cuidemos bem deles, para retribuirmos tudo o que fizeram por nós, para termos estes, mais que amigos, junto de nós, para que possamos usufruir de muitos bons momentos com eles ainda.

A proposta da fé é mais que crer ou não crer, ela nos forma no amor cristão, num amor verdadeiro, que compreende ser capaz de carregar a cruz junto, de martirizar-se de amor uns para com os outros, de sermos verdadeiros seres humanos, libertos do pecado e de toda carnalidade pecaminosa que nos faz seres humanos menores do que podemos ser, pois o ser espiritual a que somos chamados a viver, vive sempre mais a dimensão da santidade e da perfeição, porque assim é nosso modelo, Deus e seu Filho Jesus.

Nossa Senhora das Graças tem raios pintados, mas há raios faltantes, são as graças que as pessoas não pedem a ela. Jesus, a quem agrada conceder graças, não é buscado. Sente-se angustiado, pois se quiséssemos e pedíssemos, ele viria a nós e nos atenderia em sua misericórdia.

O Senhor pode permitir a paganização dos costumes para punir os que vivem na rebeldia do pecado, sendo que toda ação é feita diante de Deus, que tudo sabe, a quem deveremos prestar contas no juízo final, mas felizes os que perseverarem no Senhor Deus e no seu Cristo Jesus, mesmo perseguidos alcançarão recompensa no meio de suas angústias e sofrimentos.

Aprendi isto e compartilhei: “A raiz da palavra perseverar é ser severo”. Conclui: “É manter-se sempre numa atitude severa para consigo mesmo diante da vida”. “É preciso que lutemos sim, contra nossa natureza decaída pelo pecado, contra o maligno, nosso inimigo espiritual, que aspira nos fazer mal a todos, nas dificuldades da vida, para que, com a graça de Deus, possamos superá-las”.

Há no mundo os que caminham morro abaixo, cantando e se alegrando, em suas alegrias fúteis e sua alienação da vida, de repente cairão num fosso onde não sairão, para poder reparar os maus feitos que fizeram em vida; há também os que estão indo no caminho do céu, caminho de subida, caminho de sofrimento, levam em seus corações suas angústias e partilham a de seus irmãos também, de um momento a outro estes terão uma alegria eterna no céu.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo a todos os irmãos e irmãs em Deus Pai e no irmão Jesus Cristo

Adriano