Caríssimos
no Deus único e verdadeiro
O tema que
escolhi tem por base um episódio da série de programas do Bob Esponja. Em um
dos programas Bob diz ao seu amigo (nem sempre amigo) Patrick que ele descobriu
nele o valor de uma amizade idiota.
Em tempos
que se fala de Bullying, onde o egoísmo está no lugar de Deus e no humano graça
a animalidade e a desumanidade, eu penso que essa asserção do Bob não está tão
longe da vida atual.
Rezando o
Terço da Misericórdia, como comumente faço, por ter disponibilidade de tempo
algumas vezes, refleti na necessidade de ser como Jesus Cristo, alguém capaz de
se doar por amor para nos salvar aceitando as mais duras penas para que nos
fosse possível uma intimidade maior com Deus e sua misericórdia.
Há uma
mentalidade hoje em dia contrária ao amor. Estive conversando com uma senhora
que morou próximo a minha casa e a última coisa que lhe disse antes de me
despedir dela foi isto, retirei do curso de Sagrada Escritura criado pelo Prof.
Felipe Aquino, que recomendo, pelos bons conselhos que advém dele. O que disse
a esta senhora é: “No mundo foram construídos duas cidades, uma por amor de si
mesmo até o desprezo dos outros e outra por amor dos outros até o desprezo de
si mesmo” (Santo Agostinho, no livro Cidade de Deus). Concluí depois de dizer
isto: “O amor não se basta em considerar os próprios interesses, mas até mesmo
o dano de si mesmo por amor dos outros que nós amamos”.
Há muitos
problemas hoje em dia, esta reflexão até é fruto desta conversa que tive com
ela, as pessoas querem se encher de coisas e não de Deus, enquanto é com Deus
que nós nos plenificamos, Ele nos alimenta a esperança da eternidade, Ele nos
inspira a termos esperança nesta vida, de que poderemos ver resolvidos
problemas que comprometem nossa qualidade de vida, no que ela tem de
fundamental.
Algo que
penso agora; há um ditado antigo que diz: “Santo de casa não faz milagre”. É
preciso que sejamos santos na casa de nossos semelhantes a queremos ser santos
em nossa casa, conosco mesmo, mesmo com os nossos, parece que se cumpre ainda
hoje a Palavra de Deus que diz: “Um profeta não é bem aceito em sua própria
casa”. Na própria terra de Jesus ele foi menosprezado julgando-o filho de
carpinteiro, menosprezando o que Ele era por suas obras e ensino.
Para nos
ajudarmos em nossos problemas precisamos buscar outros santos, outras pessoas
mais bem formadas na fé, que sejam capazes de nos orientar e formar para
desviarmos de obstáculos que, por vezes nos impedem de prosseguir na vida.
Viver é
amar, como alguém pode amar o outro se não ama a si mesmo? Há pessoas que se
dão a toda sorte de vícios: fumo, drogas, bebedeiras etc. Isto não é sinal de
amor. O amor passa pelo fogo da renúncia do mal para a busca do bem. Uma pessoa
que não se ama não é capaz de amar ninguém, ela não é, portanto, capaz de
realizar este seu fim último e ideal que o de amar e ser amada.
Desculpem,
mas me maravilho diante de um filme como Batman Begins. Um ninja orienta o
Batman a que ele esteja sempre preparado, pois as situações não esperam nossa
preparação, ele luta ainda a luta de seu pai, por uma cidade livre de crimes e
desordens sociais.
Os ninjas
são pessoas de extremado senso de serviço, que os levam às últimas
consequências por sua austeridade e perseverança, no alcance de seus objetivos,
porque prezam sobremaneira sua honra. Como não fazer um paralelo entre
santidade e esta disposição? Se eu pudesse descrever a santidade eu também
descreveria com base nesta disposição de espírito. Mas acredito que uma abordagem
pacífica seria obrigatória por considerarmos o exemplo de Cristo e seus
Apóstolos, por conseguinte seus discípulos.
Uma pessoa
necessitada é alguém que nós, tocados por Cristo Jesus e seu Espírito Santo,
somos chamados a estender nosso amor, através da oração, de um conselho
fraterno e de fé, pois as obras de misericórdia se dividem em obras espirituais
e materiais. As espirituais são intangíveis, um conselho é algo intangível, uma
oração feita por alguém para sua liberação e cura também. O auxílio material
caracteriza uma obra material de misericórdia.
Somos
chamados à misericórdia até para com os que não nos mostram misericórdia. O
perdão deve ser dado nos momentos devidos, os laços de amizade e fraternidade
devem buscar crescer e amadurecer entre as pessoas, mesmo diante das
dificuldades.
A oração
anterior é muito romântica, quase que utópica, mas se contarmos com o poder de
Deus haveremos de superar todas as dificuldades. Uma laranja má no meio de
outras boas acaba por estragar as que estão boas, mas nós, não sendo bons, pois
só Deus é bom, somos chamados a conviver e a contribuir para o crescimento dos
nossos semelhantes e da sociedade, a custa de nossa própria qualidade de vida e
viabilidade de vida, pois a vida é serviço aos outros, sobretudo. Deus quer
contar com santos feitos de barro para disseminar sua salvação no mundo, ou
seja, nós mesmos.
Nós fomos
criados por Deus com músculos capazes de fazer força para ajudar a nós mesmos e
aos outros, nos fez para a atividade mental e física, nos fez para o desafio,
isto nos dá vida, mas se nos damos a fazer o que é contrário a nossa natureza
haveremos de nos perder.
Deus e Jesus
é nossa meta, de buscarmos a perfeição em Deus, de sermos santos, maduros,
equilibrados e responsáveis.
Poderia
fazer uma reflexão muito contundente sobre a vida, sobre o futuro, de algo que
Jesus disse no momento de sua crucifixão, que deveriam chorar, aquelas mulheres
que choravam por Ele na sua Via Crucis por seus filhos, pois se a desumanidade
do mundo foi capaz de retirá-lo da humanidade depois de tantos bons feitos que
Ele fez, que será daqueles que não são mais que ervas secas?
A Palavra de
Deus (os Evangelhos de Cristo) também nos leva a esta reflexão, de pessoas que desdenhariam, no futuro, ter filhos e haveriam de definhar em sua amargura,
abominando a própria vida. Penso que daí se pode dizer que: a abertura à vida,
ao próximo e ao amor pode ser caminho para irmos na contramão deste destino
funesto.
É preciso
amadurecermos como pessoas para gerarmos unidade entre as pessoas, pois se não
buscarmos sermos maduros na espiritualidade e humanidade que decorre dela
haveremos de ser como bolas de bilhar que se unem para se separarem novamente
(palavra de Prof. Felipe Aquino em um dos seus programas). Com o perdão da
brincadeira, da piada, há quem diga que homem pra tia (trocadilho com
homeopatia) é algo que dá alegria a uma mulher que ficou para titia. Há relato,
que chegou a mim, que pessoas que se deram ao serviço de caridade em hospital
ficaram repletas de realização, por se prontificarem a ajudar os pacientes.
Penso que
devemos nos esforçar devagar nos sentido de progredirmos como pessoas humanas
para bem vivermos nossas vidas, não aceitarmos qualquer influência cheia de
petulância e desprovida de: sabedoria, maturidade e responsabilidade.
Um caso que
notei de antologia na Sagrada Escritura foi, de quando vendo Jesus depois de
sua ressurreição, os Apóstolos pensaram que Jesus era um fantasma e Jesus lhes
perguntou como eles pensavam que Ele poderia ser um fantasma. Disse: “Um fantasma
não tem carne, nem ossos e mesmo não é capaz de comer, como Ele comeu após
aparecer para eles”.
A Igreja
Católica com aproximadamente dois mil anos, desde o advento de Cristo, que
marcou a era cristã. Afirma com base em relatos teológicos que datam deste
tempo e de tempos predecessores que existem os anjos da guarda e toda a milícia
celeste, mesmo havendo aqueles que querem difundir mentiras para a perdição das
pessoas.
Há outra
ignorância da Sagrada Escritura no que concerne ao sincretismo religioso, às
práticas espíritas são condenadas no Antigo Testamento e no Novo, seus princípios de reencarnação são desterrados, pois logo após a morte vem o juízo,
como nos ensinam as Sagradas Escrituras. Outra mentira e ignorância que se
difunde, ignorância da Palavra de Deus diz: “Não há livro que diga que magia
não possa ser usada para o interesse de alguém”. O Antigo Testamento, algo
prezado pelo Catolicismo, pelo cristianismo também diz que: “Magia, feitiçaria,
cartomancia etc são condenadas por Deus, pois desdenhando a confiança em Deus,
tomam por deuses as criaturas, pensando achar nelas sua salvação”.
A Renovação
Carismática Católica é uma aspiração do Papa João Paulo II para a Renovação da
Igreja, que agora obteve seu definitivo Reconhecimento Pontifício, até então
estava sobre supervisão e teste. Não veio trazer ela uma nova espiritualidade,
mas a espiritualidade cristã, um pouco ferida e esvaziada por influências
culturais: sincréticas, racionalistas e antropológicas, que ao invés de atender
ao chamado de Deus ao envio dos cristãos, os favorece ao êxodo da Igreja às
seitas, para depois voltarem à pompa do casamento, de um discurso puramente
cristão para uma quimera humanista.
O Artífice
não deixará seu trabalho enquanto o barro se deixa amoldar por Ele, mas aqueles
que se endureceram em sua pretensão não podem ser mais amoldados, por isto
estão caminhando a largos passos para que o Artífice os despreze em detrimento
de um novo vaso; estejamos sempre prontos, porém para rever nossa conduta e
nosso modo de pensar, para sermos sempre barro amoldável nas mãos do Senhor,
para que não sejamos um vaso que não saiu ao seu gosto, para o Seu serviço.
Talvez por
sentirem esvaziar-se de fé e amor, de esperança e zelo para com seus
semelhantes, por uma experiência de fé ainda imatura e distante do ideal, superestimam
a frase: “Não dê aos porcos suas pérolas para que não as pisem sobre os pés e
se voltem furiosos contra vós”. É mesmo para a misericórdia que Deus nos chamou
a viver, portanto, é para compartilharmos nossas riquezas de fé e de vida com
os nossos semelhantes, até mesmo os mais perdidos, viemos para sermos sinal do Salvador
para os outros, para levar a salvação aos que estão perdidos.
Nossa alegria
está no servir, nossa realização, a completude que advém do amor doação que nos
faz nos despojar de nós mesmos e do que temos pelo bem dos outros.
O Senhor
disse: “Se fores fiel no pouco lhes confiarei mais”. Façamos o bem, Deus nos há
de podar para que demos mais frutos. Se não dermos mais frutos do que
gostaríamos, que louvemos a Deus, se parece que demos mais frutos do que
gostaríamos, que bendigamos o nome três vezes Santo do Senhor.
Deus sabe
dos nossos limites, da devoção à Misericórdia Divina aprendi algo marcante:
“Não são as quantidades de obras que haverão de fazer com que nós nos salvemos
diante de Deus, mas a quantidade de amor que pusemos nelas”.
Tenho a
lamentar que o nome de Cristo seja último a ser cojitado para resolver os
problemas das pessoas, as pessoas parecem querem se bastar com recalques de
solução, enquanto a criatura humana precisa da salvação de seu Criador. Lamento
que minhas mensagens sejam assim tão tímidas para fazer chegar a Palavra de
Deus longe, mas ajudo obras de evangelização, como a Canção Nova e espero que
esta influência, que foi tão positiva em minha vida, como a Renovação
Carismática como um todo, possa estender também seus benefícios a tantos mais
que desejam ver seus corações transbordantes de felicidade e realização a que
estejam cheios de amargura e desesperança.
Abraços e
beijos do irmão em Cristo, da RCC e amigo da Canção Nova
Adriano