sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Se Jesus vos libertar sereis verdadeiramente livres

Se Jesus vos libertar sereis verdadeiramente livres

Caríssimos no Senhor Jesus

Uma pessoa que aspirava publicamente que desejava a paz mundial definiu seu dia feliz assim: “É um dia nem muito quente e nem muito frio, basta um casaquinho e está tudo bem”.

Pode favorecer a paz mundial alguém que se basta em ser feliz com tão pouco? Ou uma pessoa que se manifesta; a que dentro da ordem procura protestar, dentro dos seus direitos?

Eu creio que a que protesta; melhor ainda a que protesta através da evangelização contra a corrupção natural do ser humano (a natureza pecadora do mesmo) que removendo a ferramenta de séculos passados, a fé e a conversão, pela anarquia, são envaidecidos sem causa, com mais facilidade geram a desunião que o amor, que se manifesta na unidade de um casal, que deságua na família, que rejeita as influências do mundo e mergulha cada vez mais fundo nas influências divinas.

Na Bíblia o profeta dizia algo assim das mulheres: “Livrai-me Senhor de uma alma sem pejo e sem pudor”. As mulheres que não querem ser somente: usadas, abusadas e descartadas devem se dar o respeito, se elas desejam de fato serem amadas. É difícil um homem valorizar uma mulher que não o busca honrar, que lhe é infiel, da mesma forma o homem deve ser com a mulher para testemunhar-lhe sempre seu amor, não ferindo seu coração, mas agradando-o.

Para não dar a ninguém a chance de ter um trunfo sobre o que há consenso entre os membros da Igreja, quero esclarecer que a cultura e as seitas não devem ser tidas como justas quando incluem em malefício ao próximo, socorrendo ao ocultismo para prejudicá-lo, quer seja praticado por pessoas de qualquer cor.

Criminosas são as pessoas que exercem o curanderismo (administração de remédios a pacientes sem formação médica) segundo a lei; é mais ainda prejudicial os que criam seitas e enveredam por caminhos ocultos, não raros envolvidos com o maligno. O Catecismo católico diz claramente que, por exemplo: “A Igreja não aconselha a que as pessoas se deem as práticas de espiritismo”. A dita tentativa de solução da própria vida usando destes artifícios acaba acrescentando um problema a mais ao que queria resolver outro problema.

Como posso dizer que quero bem ao meu próximo se eu o aconselho a buscar algo que lhe seja prejudicial?

A cultura quando evangelizada favorece que surja no meio de nós uma nação santa e um reino de sacerdotes, pessoas cada vez mais santificadas, que mais sabem fazer o bem ao seu semelhante que o mal, que geram nos outros mais edificação que decepção e prejuízo.

Se Jesus vos libertar sereis verdadeiramente livres, livres do domínio de maus poderosos e, sobretudo da escravidão do pecado.

Rezando e mantendo-nos limpos da corrupção do mundo (I Tes 4,1-12) podemos construir nossa liberdade no empenho de amar o próximo sempre mais plenamente, conforme é da vontade de Deus.

Espero amadurecer sempre mais na evangelização, creio que uma sociedade melhor gerará uma Igreja melhor (ela precisa, portanto ser evangelizada), pois seus membros surgiram da sociedade e sob a influência da sociedade, ainda que nas escolas de teologia (nem sempre é o caso) a evangelização pode afetar nas pessoas para que aprendam a serem virtuosas e construírem uma sociedade justa, que ama ao invés de abusar dos outros pelos próprios interesses espúrios e fúteis.

Jesus nos ensina que o caminho da libertação é o caminho do amor fraterno, que não é derramando sangue que obteremos libertação, mas pelo amor e o respeito, pelo exemplo e pela influência que podemos exercer na sociedade e no mundo. Creio que Deus se entristece ao ver as pessoas buscarem sua dita “libertação” por meio do malefício de seu próximo, enquanto Ele esperava que amássemos, o desamor só nos causa dano, assim diria Jesus.

A natureza humana tende a ver como bom aquele que vence seus adversários, se pode ver nos filmes, aquele que os mata, mas a bondade tem a ver com heroísmo, altruísmo, doação pelo bem do próximo, verdadeiro amor este é. Os pais que se consomem pelos seus filhos, pelos seus problemas e também pelo fruto da ignorância dos filhos que os faz sofrer e a seus pais.

Quem ama seus pais se empenha por não ser um fardo para eles, mas antes lhes é alento e suporte, um mau filho se dá aos vícios, é um fardo para seus pais e nada aprendem destes, quando estes se vão, todos os recursos inúteis que seus pais lhe proporcionavam lhe são tirados e a situação deste se torna ainda mais miserável.

Bom pensamento é buscarmos prosperar na vida, dedicando-nos a: estudar, trabalhar, buscar ter bom relacionamento com as pessoas, pois o trabalho exige isto de nós, como podemos trabalhar, servir, se não buscamos nos relacionar bem com as pessoas? Trabalhar é edificar nosso semelhante de algum modo para sermos ajudados por este em contra partida, pois o trabalhador é digno do seu salário.

Bom é aquele que se arrisca a ajudar seu semelhante, como Jesus, não retém nada para si, mas se doa por inteiro para o bem das outras pessoas. Uma lança lhe transpassa as costelas para acertar-lhe no coração e lhe jorra sangue e água, ele se põe em risco para pôr a salvo aquele(s) que ama. Ele se expõe ao chicote e não se nega a uma morte de cruz. Não faz conta do sofrimento que causa o amor, a ele lhe interessa o bem do ser amado, o céu pode-se ver quando este amor é recíproco.

A influência demoníaca está presente na sociedade desde muito tempo atrás (antes de Cristo), ao invés de pensarem em: rezar e buscar a Deus, se pensa em modernidade e prostituição, ao invés de pensarem em: fidelidade, pureza e santidade, pensam em: infidelidade, imundícies e vícios.

O Senhor advertiu através dos profetas cristãos que aqueles que vivem como os pagãos, na prostituição, não têm em si as bênçãos de Deus, mas sua maldição, a impureza é uma idolatria, e nenhum idolatra é bem visto por Deus que espera, para nosso bem, que adoremos só a Ele e ouçamos seus conselhos de prudência e conservação de nós mesmos, ao ouvir, o mundo, o demônio, que ensina: a ignorância e a loucura.

Muitos pensarão que a graça de Deus é um desafio inalcançável, mas feliz é aquele que teme o Senhor, que se aborrece por desagradar a Deus, que tem consciência de sua falta, que põe empenho em superar suas misérias, pois ele alcançará de Deus misericórdia se persistir em seu caminho, buscando vencer suas fraquezas para viver bem o amor, porque quem ama não faz o mal, ele coleciona boas obras sobre boas obras para o dia do juízo final.

Vive-se hoje de qualquer jeito: a sexualidade, a alimentação, a prática esportiva, a fé, todos os valores são antagônicos a vida, você quer ser bem acolhido socialmente, você pode incitar uma atitude contra a vida, uma pessoa que entra num lugar fechado e tira seu ar e respira monóxido de carbono, eis aí um conselho bem acolhido pela ignorância que é abundante no mundo.

Padre Léo em uma de suas pregações disse que: “As pessoas não gostam de nós, elas gostam do benefício que nós lhe proporcionamos. A imagem que ela tem de nós é aquela que acham ser correta”. Num ambiente como este é de admirar que alguém aspire por evoluir? Querer sair desta Matrix de escravidão? É por isto que as pessoas procuram a fé, talvez até desenvolvam um comportamento estranho ao meio, com a intenção de ver um meio possível de suportar e lidar com o meio que estão inseridos.

Aí está a resposta para os que a procuram, a oração tudo muda, o poder de Deus pode libertar-nos desta escravidão angustiante, nos faz ver que uma sociedade melhor é possível, ela é possível por meio da influência da fé, de um povo já não mal educado naturalmente, mas educado pela fé, favorece a que se reconheça no próximo alguém humano, carente de: amor, carinho e respeito.

Na folhinha do Sagrado Coração de Jesus Frei Anselmo Fracasso deixou uma mensagem que muito me marcou e ele disse: “A fome mais profunda é a fome de amor e a sede mais ardente é a sede de carinho e respeito”.

Vi uma piada que mostrava a insensibilidade de uma mãe, na música da dos patinhos, todos os patinhos se foram e não voltaram, a mãe se preocupou com seus filhos quanto todos foram e não voltaram, poderia ela ter posto sua foto numa caixinha de leite.

Diz que quem quer ter família deve pensar nas coisas do mundo, os bens materiais, houve um homem piadista que disse que ele pode com uma mulher até trinta reais. Dizem que o homem inventou o trabalho e a mulher o cartão de crédito. Não sou contra quem queira viver um amor econômico, principalmente se for no seu início, recomendo que pensem muito bem quem vocês querem ter para sua vida, não se pode escolher alguém como quem escolhe sapato. As mulheres nas festas escolhem seus sapatos para combinar com suas roupas nas festas e voltam com eles nas mãos.

A vida nos leva à sabedoria e a sabedoria à vida. Os conselhos de Deus nos levam a vida, aquele que quer estar bem com a sua vida deve buscar ficar bem com Deus, porque Deus nos dá a graça de obter harmonia com a criação Dele e sem a graça que vem de Deus não há nada mais que desgraça, esforço inútil que nada acrescenta ao bem de nossa vida, recalques que não cessam de serem necessários por não alcançarem seus objetivos, embora acreditem que eles servem para isto.

Num filme de Jesus, pregando ao povo, na pregação da montanha, Ele disse que a riqueza não dá um bom coração, não compra felicidade, é preciso ver que certas graças fundamentais para o bem de nossa existência não dependem de nossas posses, mas são graças de Deus, perderíamos todos nossos bens sem conseguir aquilo que queremos. Feliz, contudo é aquele que acolhe o conselho de Deus, ele considera o direito do seu semelhante, se compromete com seus deveres, como é servil e diligente tem observado seus direitos, sua vida tende a uma grande perfeição, ainda não contente, ele vê que sua alegria plena não há de ser plena enquanto não for plena a felicidade de seus irmãos no Senhor.

Abraço do Senhor a todos

Adriano

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O sexo e a fidelidade conjugal

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O sexo e a fidelidade conjugal

Sem fidelidade não há união sólida e família feliz

A Igreja ensina o sentido profundo do sexo; ele só deve ser vivido no casamento:

“Pela união dos esposos realiza-se o duplo fim do matrimônio: o bem dos cônjuges e a transmissão da vida. Esses dois significados ou valores do casamento não podem ser separados sem alterar a vida espiritual do casal e sem comprometer os bens matrimoniais e o futuro da família. Assim, o amor conjugal entre o homem e a mulher atende à dupla exigência da fidelidade e da fecundidade”.

No casamento, a intimidade dos esposos se torna um sinal de comunhão espiritual. “Entre os batizados, os vínculos do matrimônio são santificados pelo sacramento” (Catecismo da Igreja Católica § 2360).

O Papa João Paulo II ensinou que: “A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal. Ela só se realiza de maneira verdadeiramente humana se for parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até a morte” (Familiaris Consortio,11).

A Igreja gosta de apresentar aos esposos o exemplo de Tobias e Sara:
“Tobias levantou-se do leito e disse a Sara: “Levanta-te, minha irmã, oremos e peçamos a nosso Senhor que tenha compaixão de nós e nos salve”. Ela se levantou e começaram a orar e a pedir para obterem a salvação. Ele começou dizendo: “Bendito sejas tu, Deus de nossos pais... Tu criaste Adão e para ele criaste Eva, sua mulher, para ser seu sustentáculo e amparo, e para que de ambos derivasse a raça humana. Tu mesmo disseste: “Não é bom que o homem fique só; façamos-lhe uma auxiliar semelhante a ele”. E agora não é por desejo impuro que tomo esta minha irmã, mas com reta intenção. Digna-te ter piedade de mim e dela e conduzir-nos juntos a uma idade avançada”. E disseram em coro: “Amém, amém”. E se deitaram para passar a noite” (Tb 8,4-9).

“Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, significam e favorecem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido” (GS 49,2). A sexualidade é fonte de alegria e de prazer lícitos. Papa Pio XII mostrou claramente a legitimidade do prazer sexual para os cônjuges; o prazer sexual é legítimo para o casal: O próprio Criador estabeleceu que nesta função (isto é, de geração) os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem saber manter-se nos limites de uma moderação justa” (Pio XII, discurso de 29 de outubro de 1951).

Sem fidelidade conjugal o casal não tem vida sexual harmoniosa. Ela é a base do casamento; sem isso não há união sólida e família feliz. A infidelidade é hoje uma grande praga para as famílias; por isso a Igreja a combate fortemente:

“O casal de cônjuges forma “uma íntima comunhão de vida e de amor que o Criador fundou e dotou com suas leis. Ela é instaurada pelo pacto conjugal, ou seja, o consentimento pessoal irrevogável” (GS 48, 1). Os dois se doam definitiva e totalmente um ao outro. Não são mais dois, mas formam doravante uma só carne. A aliança contraída livremente pelos esposos lhes impõem a obrigação de a manter una e indissolúvel (Cf. CDC, cân. 1056). “O que Deus uniu, o homem não separe” (Mc 10,9; Cf. Mt 19,1-12 e CIC §2364).

“Aos casados mando (não eu, mas o Senhor) que a mulher não se separe do marido. E, se ela estiver separada, que fique sem se casar, ou que se reconcilie com o seu marido, igualmente o marido, não repudie a sua mulher” (I Cor 7,10-11).

É muito importante entender isto que o Catecismo da Igreja Católica ensina ao casal cristão:

"A fidelidade exprime a constância em manter a palavra dada. Deus é fiel. O sacramento do Matrimônio faz o homem e a mulher entrarem na fidelidade de Cristo à sua Igreja. Pela castidade conjugal, eles testemunham este mistério perante o mundo” (CIC §2365).

São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla e doutor da Igreja, do século V, sugere aos homens recém-casados que falem assim à sua esposa:

“Tomei-te em meus braços, amo-te, prefiro-te à minha própria vida. Porque a vida presente não é nada, e o meu sonho mais ardente é passá-la contigo, de maneira que estejamos certos de não sermos separados na vida futura que nos está reservada [...]. Ponho teu amor acima de tudo, e nada me seria mais penoso que não ter os mesmos pensamentos que tu tens” (Hom. in Eph. 20,8: PG 62,146-147).

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br