segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O certo tido como errado e o errado tido como certo



Caríssimos no Senhor Deus


Uma importante frase me veio no tocante à vida sacerdotal. Ouve-se muito que todos os pecados de clérigos vêm à tona da mídia com grande alarde, mas suas boas obras não são devidamente realçadas, sequer, por vezes, mencionadas.

Pensei comigo e orei em uma Missa de 2h, que foi de cura, com Frei Rinaldo, uma Missa muito buscada pelas graças que o povo tem obtido.

Referindo-me também ao ser humano de modo geral penso: “Se nossas críticas são em grande medida sobre aqueles que nos servem, sem medida devem ser as orações que devemos fazer a Deus por estes vasos de barro, humanos, carentes de Deus, para superar suas misérias”.

Somos repreensíveis em diversas situações, mas precisamos de Deus e de seus enviados, quer leigos ou formadores para alcançar a graça da sabedoria e da inteligência no trato com as coisas que nos rodeias, para semear em nossa família e na sociedade, justiça e não injustiça, pois esta graça em abundância nela já.

É preciso agitar a bandeira da paz, a bandeira de evangelização, a bandeira do serviço e da caridade para com a vida que nos cerca, para que a edifiquemos e não a percamos. Quer para uma má moral, quer para seu perecimento existencial temporal, quero dizer, para esta vida.

A Palavra de Deus nos ensina: “O filho entregue a si mesmo torna-se a vergonha de seus pais”. A presença dos pais junto dos filhos é fator que coopera para a boa formação de caráter dos filhos, mas a ausência dos mesmos favorece inúmeros vícios de comportamento, difíceis de corrigir tanto mais a criança cresce.

Deus é poderoso para curar e converter a vida das pessoas, mas é melhor prevenir que remediar. Remediar é algo, por vezes mais custoso e vagaroso de se conseguir, quando se consegue esta graça.

De dia disse algo semelhante, à tarde um amigo confirmou: “Se toma o erro pelo acerto e o acerto pelo erro. É questão importante para nós pensarmos se o mundo que temos é o adequado para nós mesmos e nossa descendência”, acrescentou ele.

Fala-se isto e é uma verdade, algo para a sociedade pensar: “Se gasta a saúde para se ter dinheiro e se perde o dinheiro depois para recuperar a saúde”.

Que direi? O trabalho é exaustivo, estressante! Em grande parte a deficiente formação pessoal causa profundo desgaste na saúde das pessoas, a falta de educação, a falta de fé em Cristo Jesus, que favoreceria um aprimoramento nesta escola das virtudes humanas. Ao lidar com as pessoas, elas deveriam ver qual é a complexidade de se tratar com as relações sociais neste tempo, não são as Palavras de Jesus desatualizadas para este tempo e sim esta geração alienada da realidade que vive.

Uma criança não deveria cuidar de outra criança e sim adultos, os adultos deveriam supervisioná-las para precavê-las de algum risco, mas a mentalidade pagã de vida própria e desleixo e desdém para com o próximo faz com que por todos os riscos corra a vida humana desde os seus tempos mais iniciais de suas vidas como os tempos de maior maturidade. Passam a vida toda sem estrutura humana.

Vi infelizmente parcialmente o testemunho de uma moça que se reconheceu vazia em sua juventude, que viveu uma vida de iniquidade, uma sexualidade fora de uma realidade responsável e prudente, engravidou-se, viveu uma vida de prostituição.

Achei heroico um padre da Canção Nova dizer isto a um casal que queria pedir sua bênção para seu namoro e ele respondeu: “É para viver na castidade que vocês querem minha bênção? Pois, se não for, não compactuarei com a iniquidade”.

A desestrutura religiosa e humana destes tempos petulantes e infantis, que se considera independente de uma formação cristã e teológica mais profunda, fundadas na Palavra de Deus, a Sagrada Escritura, a Bíblia, faz com que casais se unam segundo o concubinato, quando não acontecem coisas mais: extravagantes, escandalosas e abomináveis.

Fui informado desta triste estatística, de uma pessoa que lida com crianças, para levá-las à escola. A maioria é de casais separados, poucas são as crianças que possuem pais ainda unidos, que não dissolveram sua relação matrimonial.

O maligno é agitado para realizar suas desordens, ele parece que tem ganhado dos filhos da luz, os filhos do Senhor Deus, já que vemos tantas injustiças plantadas no mundo, enquanto: a ordem, a paz e a harmonia, a fraternidade e o progresso parecem comprometidos.

Sei de uma passagem que penso ser verdade também o inverso: “Os filhos não terão seus dentes cariados por terem seus pais comido uvas”. Penso que: “Nem mesmo os pais haverão de ter seus dentes cariados pelas uvas comidas por seus filhos”. Cada um haverá, num momento de sua vida, de arcar com os danos e os acertos de suas atitudes. Por isto peço a todos que sejam prudentes, que não sejam rebeldes a Deus, mas ouçam seus conselhos para que o seu porvir seja bênção e não infortúnio para vós.

O maligno se vale de seus filhos rebeldes e infelizmente mal criados, numa geração que os expele no mundo a formá-los para seu progresso pessoal e profissional. Penso que as pessoas deveriam pensar muito antes de por alguém no mundo dada a grande desqualificação que as pessoas deste tempo obtiveram para partilhar umas com as outras.

Que direi? São uns malvados que merecem perecer! Não, devemos rezar muito por eles, como aprendi do curso que ouvi recentemente da Sagrada Escritura, devemos estar diante do Santíssimo Sacramento para desagravar o Coração de Jesus dos nossos pecados e dos do mundo inteiro, que peca, não conhece a Deus e multiplica seus males e irresponsabilidades.

São vítimas da falta de coragem dos que buscam sua santificação em Deus, que granjeiam a cada dia um nível mais alto de justiça, enquanto são estes tímidos estão diante da ignorância segura dos que usam e abusam, possuem e descartam.

Sob a Liturgia deste domingo passado, 04/01/2015, refleti sobre algo que me marcou, agora compreendo de modo mais claro, rezando em línguas sobre pessoas com câncer e mesmo uns pelos outros para que obtenham graças, que aspiram de Deus.

Como os reis magos viram a estrela no céu que indicava onde está Jesus nascendo, assim nós devemos ser, como esta estrela, quer sejamos mais formados ou menos, sejamos isto e aquilo, é vontade de Deus que atraiamos todos ao caminho da Salvação, que é O Caminho de Jesus.

Os profetas profetizaram a vinda do Messias e Ele já veio, é Jesus, nascido em Belém, filho de uma virgem. Nascido em um lugar pequeno, alguém que não teve seus ossos tocados, um Cordeiro Pascal, experimentado no sofrimento como um Servo Sofredor, alguém cheio das obras de Deus e de sabedoria sem igual, pessoa cheia de autoridade para com os espíritos imundos. Ressuscitado dos mortos, formador de pessoas que sabem morrer, pois creem na vida eterna, pessoas que são cheias de obras celestiais, porque se firmam em Deus e não no poder limitado do ser humano.

Faltam hoje pessoas que como São Paulo dizem e vivem isto: “Cumpro em mim o que falta a Paixão de Cristo”. Foi muito cruenta, mas é preciso ainda sacrificar outros profetas para se fazer valer ainda mais, para tentar humanizar os corações dos seres ditos humanos, que ajam de maneira mais humana, quer para estranhos aos seus familiares, quer até mesmo para os de seus próprio sangue.

Enquanto não temos profetas para se sacrificar para salvar vidas, as vidas são sacrificadas sem o sacrifício deles. Os leões se apresentam no coliseu, mas os cristãos, estes morrem, assim como os injustiçados, para que a força dos malvados triunfe sobre a graça dos inocentes.

Rezemos e amemos nosso próximo para que eles vejam em nós, exemplo de humanidade, para que o demônio se afaste do meio de nós, ele que gera divisão e cizânia entre as pessoas, que, contudo plantemos a presença de Deus no meio de nós, para que a caridade e a fraternidade, a união, a paz e a harmonia aflorem como um lindo jardim florido no meio de nós, onde a delicadeza da vida possa encantar as nossas almas e inebriá-las para que sigamos as sendas da vida e cheguemos condignamente diante de Deus, sem nos deixar levar pela rudeza das feridas que levamos na carne e em nosso coração.

Abraço: de fraternidade, de paz e de fé em Jesus a vós.

Adriano

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