quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

A vontade e a verdade de Deus



Caríssimos no Deus único


Quero iniciar esta mensagem desta maneira, não posso ser sozinho e nada posso fazer se não estiver unido a Deus e unido a Igreja de Cristo, a Igreja Católica.

Cito as palavras de Padre Pio: “Não é a Igreja que precisa de mim, sou eu quem precisa da Igreja”. Assim também é comigo e creio que seja com todos.

Napoleão Bonaparte teve de seus súditos mais diretos este conselho: “Por que não fundas uma religião?”. Dado que ele tinha tanta popularidade no seu tempo. Ele respondeu: “Para fundar uma Igreja é necessário que eu morra pela minha Igreja e ressuscite ao terceiro dia, uma coisa eu não quero e a segunda eu não posso”.

Peço a Deus que me dê luz para eu discernir isto, mas acredito que quem precisa de conversão é aquele que lê as Sagradas Escrituras e a interpreta diferentemente do que ela diz. Os próprios Apóstolos num dos seus livros disse: “Que a Palavra de Deus esteja em vós para que vós possais produzir fruto e que possais refutar tudo o que dizem os que as contradizem”.

Com o Reconhecimento Pontifício absoluto do Vaticano, a Renovação Carismática Católica tem plena aceitação pela Igreja, a cúpula, mas é sempre necessário que a Igreja seja chamada a obediência a Igreja e tenha maior critério para avaliar esta renovação que traz de novo a Boa Notícia de Cristo, por vezes envelhecida pelas concepções pessoais e pelas influências, até mesmo contrárias, que são antropológicas e incitam a rebeldia a tudo o que é: nobre e santo, sábio e próspero.

Quero me dar a aprender mais com a Igreja, mas, como acontece com muitos, parece haver conteúdos nela: espirituais, filosóficos, psicológicos e antropológicos que se insurgem com heresia, carecendo, em certos assuntos, dedicação à conversão.

Num retiro de conversão, que tive conhecimento, da RCC (fato que me tirou risos por recordar), me lembro do testemunho de um dos servos: passava um padre receoso e não conhecedor da Renovação Carismática. Os servos jogavam folhas de alface no caminho do padre para favorecer que ele se convertesse naquele retiro. Foram muitos os que tiveram suas vidas mudadas pela influência da RCC que favoreceu e favorece verdadeiramente que se consiga um encontro pessoal com Cristo e uma vida comprometida com a sua vontade e a vontade de Deus, na fé na Palavra de Deus e na busca de viver os ensinamentos bíblico-evangélicos.

É do múnus da Igreja crer, anunciar e vivenciar como modelo do seguimento de Jesus, para que leiam nela e no modo dela viver, o Evangelho de Cristo (São Francisco de Assis) e de Deus, abraçando para si a salvação de Deus, garantindo, todavia, que todos possam alcançar, por meio de seu testemunho, a salvação que primeiramente abraçou ela.

O emendamento do caráter nasce de uma graça que vem de Deus, portanto é necessário: a fé, a oração, a penitência e o estudo orante e crente da Palavra de Deus. Pouco se pode fazer com a planta que surge e dá frutos maus, é necessário um trabalho mais estrutural, ou seja, fundamental para transformar a índole da pessoa humana, quer seja ela eclesiástica ou leiga. Não dá para se bastar com tratamentos cosméticos, enquanto há algo mais profundo que precisa ser cuidado.

Queima em mim ter de falar da Palavra de Deus e não evidenciar a verdade e a historicidade dos fatos bíblicos. Jesus fez sinais para crermos em sua divindade. Ele deu testemunho de que o Pai, Deus, é quem dá o pão do céu, sendo Ele o pão que dá vida eterna. Talvez, contaminado pela mentalidade antropológica da época, ele permitiu mudar seus discursos, dizendo que a circuncisão vem dos patriarcas, mas na verdade foi Deus quem a instituiu.

Esta frase me faz refletir, ela pode ser mal compreendida: Feito tudo para todos. Não é se fazer como um qualquer ou um grupo mais aceito, ou igual a qualquer um ou a qualquer grupo, mas, na coragem de ser agradável ou desagradável em nome daquilo que é correto, pois se fazer tudo é se fazer a semelhança Daquele que é, de Deus, Daquele que Deus deu testemunho Dele quando esteve com Ele e fez suas obras para honrá-lo, o Filho unigênito de Deus, Jesus Cristo.

A Igreja Católica teve discernimento de guardar nas Sagradas Escrituras tudo o que foi dito de Jesus e de Deus. Aquele que nega o que as Sagradas Escrituras dizem não nega aquele que a anuncia, mas Aquele que se anuncia na Palavra, diz este, portanto, sob algum espírito qualquer (não o Espírito Santo) que Deus é mentiroso.

Eu gostaria de escrever na íntegra o relato de Frei Antônio Moser, OFM, na Folhinha do Sagrado Coração de Jesus do dia 11/01/2015, Domingo:

“Em nossos dias ouve-se com frequência um slogan: deixe de sofrer. Ao lado deste, ouve-se outro imperativo: procure ser feliz. Como se percebe, estas não eram as bandeiras de um passado não muito distante, quando mais se falava de cruz e renúncia do que de felicidade. A felicidade só poderia ser alcançada na eternidade, e justamente por aquelas pessoas que soubessem carregar a cruz com paciência. E agora: qual o caminho da felicidade? Melhor perguntar a Jesus. E pelo seu Evangelho já se pode desvendar a resposta: busquem a felicidade, mas na trilha da abertura do Sermão da Montanha. Felizes os pobres, felizes os que sofrem, que choram, felizes os que são perseguidos por causa do Reino... Pode parecer estranho, mas não há outro caminho”.

Deus faz sinais porque, como Ele diz assim se cumpre, Ele é Deus e não homem, Ele não gosta de destruir. Ele nos deu a Virgem Maria, que concebeu pela ação do Espírito Santo, o Filho de Deus, o Salvador da humanidade. Feliz aquele que Nele crê e que vive para fazer a vontade Dele, que é também manifestação da Palavra de Deus, pois Deus veio a nós para nos ensinar por sua própria boca.

Ele é o Senhor dos milagres, aquele que Ele elege como seu povo tem sua providência garantida, aquele que dificilmente se mantém afastado do mal e da idolatria conserva sempre a boa vontade de Deus sobre si.

Há quem diga o contrário, mas verdadeira atitude heróica e por vezes mártir é daquele que, crê na verdade, anuncia a verdade e vive na verdade. Antes de conhecer a Palavra de Deus, a Bíblia eu vivia na escuridão, mas a conheci e que direi?: “Voltarei às trevas, pois não me é permitido viver na luz da sabedoria e da verdade, da vontade de Deus e numa verdadeira esperança da eternidade!?”.

Meus antecessores, anunciadores da Palavra de Jesus, foram heróicos, amaram a fé mais que a própria vida, eu peço a Deus que antes que eu vá, mais cedo ou mais tarde, por um motivo ou outro, peço a Deus que eu tenha a graça de semear Jesus Cristo, o amor de Deus por todos, por toda a parte, para cooperar realmente com a unidade da humanidade.

Abraço da paz de Jesus, que nos faz conhecer a Deus

Adriano

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