Caríssimos no Senhor Jesus
Mt 18,4-5 – Quem se fizer pequeno como esta criança
será o maior no Reino dos Céus. E quem receber uma destas crianças em meu nome,
é a mim que recebe.
Ser o maior no Reino dos Céus, isto eu citei pela
segunda vez recentemente. Gostaria de citar num terceiro momento, referindo-me
a grandeza daqueles que aprendem a Palavra de Deus, a Bíblia, a acolhem como
ela está escrita e assim ensinam, isto também é fator que nos faz maiores no
Reino dos Céus.
Há quatro sentidos para a palavra leve: 1 – medido
na balança; 2 – em relação à quantidade de calorias de um alimento; 3 – em
relação à melhor ou pior qualidade de digestão que um alimento oferece; 4 – a
leveza do estilo garça do kung-fu, que mais que graça e evasão, aprimora a
leveza no lutador.
Leve é também o fardo da fé sobre aquele que se
decide crer em Deus e viver uma vida com respeito sempre aos ensinamentos de
Deus e de Jesus. Grandioso e glorioso a graça das bênçãos de Deus em nossa
vida, mas mais terrível que tudo é a cólera de Deus sobre os que provocam sua
ira, sendo em vida instrumentos de satanás no meio da humanidade, subvertendo o
bem em mal.
O aprendizado da luta muito coopera para a maturidade
das pessoas, enquanto a falta dela, às vezes favorece a que as pessoas fiquem
com sua imaturidade estaguinada, tendendo atitudes de moleque, isto me refiro a
pessoas adultas, agressivas e até criminosas, se assim tratam aos homens, que
farão com as mulheres. Se vocês assistem aos telejornais, a má formação de
homens, eu acredito que, associada a provocantes roupas que as mulheres usam,
quando não se vestes como prostitutas e saem pelas ruas, cooperam para um
quadro triste de abuso de mulheres nos ônibus e mesmo em outros lugares acredito.
O Papa Francisco falou ao jovens e mostrou dois bonecos
segurando cada um, um livrinho, que era a Bíblia, quando ele lhes tirava o
livrinho os bonequinhos caiam, mas ficavam de pé quando o livro estava na mão
deles. Assim é a criança, assim o jovem, assim o adulto e o idoso, aquele que
tem a Palavra de Deus na mão não cai, mas o que a despreza, haverá de cair e
sem ela não há de se levantar.
Na Santa Missa de hoje, sem revelar a correta
passagem, do livro de Isaías, um padre da Canção Nova fez esta reflexão: “Não
me lembro a passagem ao certo do livro de Isaías, em que ele diz da Palavra de
Deus: ‘Buscai a Deus enquanto se pode, pois haverá um dia em que não se
poderá’”.
A fé cristã, com fundamento primeiro nos valores
bíblicos, de Deus e de Cristo Jesus, favorece a que as pessoas amadureçam e
vejam que a vida não é para termos satisfações banais somente, mas que tenhamos
parte na edificação das pessoas, por querer elas bem e querer seu progresso e
sua realização pessoal, algo que ultrapassa apenas o sucesso, pois o que damos
é algo que também obteremos, e no céu o agrado de Deus e a vida eterna.
Ai, porém dos que abusam de seu poder, que se
pensam mais que os outros por qualquer trivialidade da vida, pois mesmo da
posse do ser humano não depende sua vida.
Ai dos que magoam o coração de Jesus e de Maria com
sua conduta de vida, despudorada, desavergonhada, corrompida, indecente. Isto
tudo, se não causar grande infelicidade na vida presente, no presente ou no
nosso futuro, haverá de ser de amargura eterna na eternidade, no inferno.
Satanás por vezes tem acesso até dentro da Igreja
Católica, com discursos que surgem do nada, de pessoas que não discernem entre
o que vem dos amigos da fé e de seus inimigos, achando que ambos os discursos
são do bem e desqualificam o inferno como realidade da existência humana e
entre esta heresia acumulam outras mais, relativizando a verdade de Deus, para
que seja mera estorieta que maquia o homem e a mulher vendidos ao pecado e a
corrupção, levando o ser humano morto, do pecado e do desamor, a um pretenso
clímax do iluminismo.
Santa Isabel da Turingia disse algo marcante: “Onde
se planta amor, cresce alegria”.
É preciso pesar no amor no trato com os outros para
plantarmos algo, o caminho pode ser lento, da plantação à colheita é grande
tempo, na educação de uma pessoa, pode tardar até ver algo digno, feliz e
agradável, antes se deve: sofrer, orar, jejuar, orientar, calar, esperar, amar
etc.
As pessoas vivem em meio a abuso e agressão, como
esperar que toquem uma melodiosa sinfonia? Se elas são como instrumentos
desafinados. Quando se bate num instrumento ele desafina, mas quando se trata
com amor, logo ele deixa de fazer barulhos estridentes para executar os mais
harmoniosos e doces sons.
Dom Bosco disse estas palavras inesquecíveis e
indeléveis ao Padre Miguel Rua: “Te é preciso uma gota de mel”.
Ele tinha dito isto para orientar-lhe que um pouco
de doçura é o que é necessário no trato com as dificuldades do convívio com as
pessoas. Ele era professor e tinha problemas com o comportamento de muitos
alunos, ainda crianças, que ele ensinava.
A falta de educação e o mau comportamento são
fatores que prejudicam a vida nossa e de outras pessoas, por isso devemos nos
policiar e nos educar, nos deixar formar na fé cristã, na fé teológica, onde
Deus nos diz que devemos amá-lo sobre todas as coisas, mas também ao próximo
como a nós mesmos, e como Cristo nos ensinou: “Deveis dar a vida por amor de
seus irmãos, ninguém tem maior amor do que aquele que vive assim”.
É muito ousado, exige grande desprendimento de si,
maturidade em vencer todo egoísmo, beira às raias do sadomasoquismo, mas o amor
de Jesus foi assim e também dos profetas, que aceitaram todos os sofrimentos
para que fossemos dóceis a Deus e vivêssemos como irmãos uns dos outros,
contribuindo com a obra criadora de Deus a sermos pessoas que contribuem com a
desordem e a destruição de sua ordem.
Um amigo disse uma mensagem que eu compartilhei no
Facebook com meus amigos e amigas, ele disse algo assim: “As pessoas nos pedem
que orem por elas, mas não buscam ir a Igreja, ir a Santa Missa, se confessar,
mas querem progredir na vida e alcançar graças e vencer. As famílias têm muito
a perder pela ação do demônio, por isto é bom que nos apeguemos com Deus, pois
o demônio quer destruir nossas famílias, precisamos resistir-lhe fortes na
oração, ou então ele conduzirá as pessoas para que se voltem umas contra as
outras.
Houve na Igreja quem refletisse assim: “O contrário
do amor não é o ódio, mas o abuso”.
Jesus disse que não veio para trazer a paz, mas a
espada. Ele não veio trazer a guerra, mas as pessoas assumem posições
diferentes diante da vida e se põe, por vezes, como antagonistas umas das
outras, enquanto umas são mais modernas, desvinculadas da cultura do passado, alienadas
de um estilo de vida consciente, sendo elas mesmas impulsivas, imprudentes e
inconsequentes, outras, vinculadas a fé, se tornam contrárias, zelosas pela
cultura antiga, conscientes e equilibradas e também prudentes em suas escolhas
para o bem de sua vida presente e eterna.
O encantador de cães disse algo que marcou minha
consciência e que creio que influenciaria bem a educação das pessoas, com base
na educação dos cães. Devemos recompensar comportamentos corretos e nada mais
que estes. O excesso de afeto pode corromper a educação e a extrema coerção pode
retrair demais um indivíduo, o equilíbrio é o ideal.
A liderança por vezes deve ser exercida por nós,
mas devemos fazer com muita estrutura e formação, pois educar é um trabalho
árduo, exige conhecimento, mas pode trazer os melhores frutos, no comportamento
e nas escolhas que uma pessoa pode fazer em sua vida, para o bem de si e dos
que a rodeiam.
É boa coisa cuidar do corpo, na saúde, da
alimentação e do exercício, mas prioritário é pensar, antes de tudo no nosso
estado espiritual e moral, depois no estado psicológico, sendo o menor âmbito,
o âmbito físico do ser humano, o que afeta mais perifericamente a sua qualidade
de vida, se for contar estes outros dois.
A correção fraterna. Nós somos pecadores, devemos
considerar nossa situação e repensar nossas atitudes, quando elas são erradas,
tragédias podem sobrevir a nós por causa disto, devemos cuidar de não aborrecer
ou maltratar as crianças. Deus ama as crianças e aqueles que as aborrecem
haverão de prestar contas a Deus, sobretudo se não se arrependem do mal que
fazem a elas.
É plantando respeito que se colhe respeito, é
plantando seriedade e maturidade que se colhe maturidade, se se tem um
comportamento de moleque junto às crianças, não há como aprenderem um
comportamento melhor. Se quiserem que os outros os trate de melhor maneira,
devem dar o exemplo; não favorecer a um comportamento desrespeitoso, mas
orientar ao respeito e, tendo a situação ideal, exigir isto. Em tempos antigos
se exigia o respeito ao nome das pessoas, mas este tempo de esvaziamos
racionalista e iluminista, também de fé, por pessoas que de todos os lados
contribuem com uma perda em todos os âmbitos do ser humano, perda de cultura,
relativismo da fé e dos bons valores morais, caminhamos assim sempre mais para
maior desarmonia e favoreceremos atritos, que levam a mais violência que paz,
mais ódio que amor, mais selvageria que fé.
Abraço da paz e do amor santo de Jesus a todos
Adriano
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