domingo, 30 de outubro de 2016

Não recomendo a rebeldia

Caríssimos em Deus Pai e no Nosso Senhor Jesus Cristo

Buscando ser educado, por vezes nos expressamos evasivamente, como esta frase de título que falei, aconselhando alguém.

A rebeldia não é adequada, nem benéfica, é a desvinculação da razão e do bom juízo.

Os anjos da guarda e os anjos que servem a Deus no céu têm seu marco na sua personalidade a obediência, Jesus é o obediente por excelência, modelo máximo de perfeição para que, na fé, no estudo e no esforço possamos crescer em santidade, em palavras, pensamentos e obras.

O maligno, idolatrado por uns poucos, despojados de bom senso e formação, desconhecem seu desdém pelo bem do ser humano, já desde o início, sendo sua missão a de guardar o homem e a mulher que Deus criou, ele os levou ao pecado, à rebeldia, ao mal e à morte.

O maligno foi atirado do céu à terra, pois já não havia lugar para ele no céu, depois da batalha que houve, ele e os anjos que o seguiam foram precipitados do céu à terra. Ele já não pode atentar contra Deus, mas ele ataca a Deus por meio da criatura, extraviando-a dos caminhos de Deus, para sua perdição, para que tenha compromisso com o mal, o egoísmo, a arrogância e a morte e não com Deus, com a paz, o amor e a harmonia entre irmãos e irmãs.

Felizes dos filhos que são submissos aos seus pais; esta palavra ‘submisso’ é boa, quer dizer: estar sob a missão dos pais, ajudá-los.

É bom que os filhos conquistem suas coisas na vida com seus próprios esforços, para que deem valor a isto, que eles façam bom uso daquilo que conquistaram com o suor do seu rosto, o trabalho honrado e nobre.

Por conta da entrada do pecado no mundo, Deus deu o trabalho aos homens para que fossem libertos dos perigos da ociosidade.

Vi uma frase que me marcou na rede social do Facebook, ao que compartilhei e aconselhei: “Hoje há uma inversão de valores, se vota em candidatos que nos roubam (políticos), se idolatra pessoas que nos desprezam (artistas), não se valoriza aqueles que nos educam (os professores), não se ouve os conselhos daqueles que nos protegem (os pais)”.

A vida não é video game, não é jogo eletrônico, nós temos uma só vida, a saúde, se for agredida pode deixar sequelas irremediáveis, falo isto por lembrar-me das irresponsabilidades de jovens que “brincam” com desmaio de seus amigos, desconsiderando seus efeitos, dentre outras irresponsabilidades, que parecem não serem superadas com mais idade, pois a imaturidade transcende a idade genealógica, muitas vezes.

Diário de Irmã Faustina, no parágrafo 164, ao término ela diz sobre as palavras de Jesus para ela: “Sempre que quiseres proporcionar-Me alegria, fala ao mundo da Minha grande e insondável misericórdia”.

Jesus tomou a iniciativa de aproximar-se de Zaqueu, não o recriminou por seus pecados, mas honrou-o por dizer: “Hoje devo ficar em sua casa”. O coração de Zaqueu ficou cheio e a salvação de Deus entrou na casa de Zaqueu, seu coração abriu-se ao amor e à caridade, pensou no bem dos que extorquia.

A salvação de Deus é esta paixão, morte e ressurreição de Jesus, mostrando que o amor é isto, doar a vida, até no sofrimento e morte por amor aos outros.

Não devemos ser ingênuos, o amor é caminho de muitos bens, muita realização, mas também, muito padecimento. Precisamos estar maduros e vividos para viver e vencer esta dificuldade, na fé e na coragem.

Às vezes o amor nos leva a ter de corrigir os que estão errados, não podemos nos preocupar e nos exaurir antes do momento, mas pensar friamente; o que gostaria mais de falar é que a timidez não é um traço de caráter bom, pois as situações da vida exigem de nós desprendimento e atitude.

As situações mais convenientes da modernidade, os avanços tecnológicos, a perda dos referenciais da fé e da sociabilidade, da humanidade, fez e faz pessoas muito subservientes, que não se impõe, se submetem, o que causa desordens.

Pensei comigo que Jesus não tinha meias palavras quando se referia a pessoas repreensíveis em suas atitudes, ele não hesitou em classificar os doutores da lei e os escribas, ele que conhecia os corações falou com propriedade quando os chamou de víboras, quando os comparou a animais selvagens. Ele queria a conversão deles, depois de ter mostrado seu poder, suas palavras de amor e submissão a Deus, sua unidade com Deus, lançou mão de seu último artifício, ser claro, verdadeiro e firme.

Um alguém ‘maior’ em situação social, familiar, de qualquer ordem, deve ser líder e não seguidor. Assim como um cão não respeita um dono ou dona submissos, assim também ocorre com os pais e mães que não se põe na sua situação superior. Os filhos devem se espelhar em seus pais, pois eles já devem ter se estabelecido na vida, para que encontrem um caminho de progresso na vida e não de alienação e ruína em suas vidas, vendidos a uma vida de vícios que não primam por edificar a vida deles, perdendo assim tempo e oportunidades únicas em suas vidas de prosperar.

Todo este culto a caveira teria alguma utilidade se considerassem a fugacidade da vida. Pensa-se em fundar suas vidas sobre seus antepassados, mas eles um dia já não estarão com eles. É conveniente e maduro, que pensem que suas vidas e atitudes dependem deles mesmos e suas escolhas. A ajuda de Deus ilumina nossa vida para o bem e nos faz desviar das armadilhas dos caminhos, que até é plantada por inimigos que se postam como amigos, levando-nos para o mal.

Um pai e uma mãe devem zelar por suas filhas, devem educar e orientar seus filhos para que sigam o exemplo de homens, que assumem suas atitudes amorosas, que transcendem o compromisso do casamento, mas que sejam ainda maiores que estes homens, vivendo a responsabilidade no namoro, para que vivam a sexualidade no casamento e assumam esta dimensão no seu devido lugar, da maneira correta, comprometida e matura.

Desculpem a comparação, mas quem tem uma cadela, deve velar por seus períodos de fertilidade, para que não se torne prenhe, por sair à rua. Pode operá-la para que não produza filhotes, se é de sua vontade, ou pode encontrar um parceiro correto para ela, quando é o caso de cães de raça. Deve, contudo ter consciência e gerenciar o que acontece com este animal que está sob seus cuidados e sua responsabilidade.

Dom Bosco acreditava que a educação de homens e mulheres, meninos e meninas devem ser separados, pois são diferentes uns dos outros. Seu progresso seria melhor.

Hoje vemos a mistura nesta educação, uma educação que se vê ressentida de assumir seus compromissos espirituais e cristãos, para dar bons valores às relações de convivência. Parece-me incentivo a uma cultura anarquista, que é ociosa, vadia e descomprometida com a vida, o bem alheio e social. Creio, portanto, que ao menos deveríamos estar mais abertos aos bons valores que a fé cristã nos proporciona, a educação para a pureza e para o trabalho, para o estudo e para a responsabilidade.

Há quem julga pensar quando pensa que o feminismo radical é alternativa para valorizar a mulher. Conheci uma feminista, com seu grupo, que se pudesse cortaria aquilo que era instrumento de opressão no homem. Morreu ela tomando choque nas suas partes por buscar lidar com que é próprio de sua natureza feminina, de maneira artificial.

Um menino e menina, um moço e uma moça, mesmo um homem em qualquer idade, assim como uma mulher em qualquer idade deveriam ter plena consciência e não viverem submissos a sua natureza, pois o homem e a mulher foram criados por Deus para viverem dominando a natureza e não sendo escravos dela, o que lhes é causa de prejuízo e não de realização.

Bom é para os filhos estarem presentes em suas casas, nas atividades diárias, também bem unidos aos seus pais e familiares nos momentos de entretenimento, para fortalecer seus vínculos.

Eu soube de uma pessoa que saiu do evangelismo evangélico e apaixonou-se pelo evangelismo católico, escritor e leitor de muitos livros, formador de cristãos, ele teve uma família grande e viu que isto muito favoreceu a maturidade de seus filhos, quando se comprometiam eles com a educação e cuidado com seus filhos, verdadeiro preparo para a vida adulta e não sua alienação longe dela.

Queria concluir com uma passagem bonita do Diário de Irmã Faustina.

163 - (78) J.M.J. Ano de 1937 - Exercício geral + Ó Santíssima Trindade, quantas vezes o meu peito respirar, quantas vezes o meu coração bater, quantas vezes o meu sangue pulsar em mim, outras tantas mil vezes desejo adorar Vossa misericórdia. + Desejo transformar-me toda em Vossa misericórdia para tornar-me o Vosso reflexo vivo, ó meu Senhor! Que a Vossa misericórdia, que é insondável e de todos os atributos de Deus o mais sublime se derrame no meu coração e da minha alma sobre o próximo. Ajudai-me, Senhor, para que os meus olhos sejam misericordiosos, de modo que eu jamais suspeite nem julgue as pessoas pela aparência externa, mas perceba a beleza interior dos outros e possa ajudá-los. Ajuda-me, Senhor, para que os meus ouvidos sejam misericordiosos, de modo que eu esteja atenta às necessidades dos meus irmãos e não me permitais permanecer indiferente diante das suas dores e lágrimas. Ajudai-me, Senhor, para que minha língua seja misericordiosa, de modo que eu nunca fale mal dos meus irmãos; que eu tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão. Ajudai-me, Senhor, para que as minhas mãos sejam misericordiosas e transbordantes de boas obras, nem se cansem jamais de fazer o bem aos outros, enquanto, aceite para mim as tarefas mais difíceis e penosas. Ajudai-me, Senhor, para que sejam misericordiosos também os meus pés, para que levem sem descanso ajuda aos meus irmãos, vencendo a fadiga e o cansaço; o meu repouso esteja no meu serviço ao próximo. Ajudai-me, Senhor, para que o meu coração seja misericordioso e se torne sensível a todos os sofrimentos do próximo; ninguém receba uma recusa do meu coração. Que eu conviva sinceramente mesmo com aqueles que abusam da minha bondade. Quanto a mim, me encerro no Coração Misericordiosíssimo de Jesus, silenciando aos outros  o que tenho que sofrer. + Vós mesmos mandais que eu me exercite em três graus de misericórdia; primeiro: Ato de misericórdia, de qualquer gênero que seja; segundo Palavra de misericóridia – se não puder com a ação, então com a palavra terceiro: Oração. Se não puder demonstrar com a ação nem com a palavra de misericórdia, sempre a posso com a oração. A minha oração pode atingir até onde não posso estar fisicamente. Ó meu Jesus, transformai-me em Vós, porque Vós tudo podeis.  [quantro páginas deixadas em branco]

Abraço de amor e misericórdia a vós


Adriano

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