domingo, 16 de outubro de 2016

Juízo de Deus

Caríssimos em Deus Pai e em nosso Senhor Jesus Cristo



No livro de Ezequiel, Deus exorta este profeta a anunciar ao povo os juízos de Deus (Ez 16,1).

Deus nos fez livres, quer de nós o nosso amor, mas nos dá a liberdade. Se escolhermos o bem nós receberemos boas recompensas, assim como aquele que na sociedade faz coisas boas. Os que escolhem fazer coisas más serão responsabilizados e penalizados por isto, isto é verdadeiro diante de Deus também.

Jerusalém, na época de Ezequiel, era comparada a uma prostituta cuja comparação com Sodoma e Samaria, irmãs dela pela má conduta, se pareciam santas em comparação a ela. Deus conclui: “Envergonhe-se e carregue sua desgraça desde que suas irmãs parecem santas em comparação a você” (Ez 16,49-52).

Os atos indecorosos e maliciosos não agradam aos nossos progenitores, que nos amam e mesmo a Deus. Sabei que, se vos comportais assim, trazeis tristeza aos corações deles.

O quarto mandamento é seguido de uma promessa: “Honra pai e mãe para que sejais prósperos na terra em que eu vos estabelecer”.

Deus nos ama e faz todo esforço para nos conduzir no bem e numa vida digna, para nosso bem, mas se nos extraviamos do caminho do bem e nos damos a maus caminhos, como alguém saberá permanecer e reconhecer que saiu do caminho do bem? Este se põe a construir sua casa, mas a falta de discernimento os faz edificar sobre a areia, sobre um terreno muito cheio de água, fraco, em que a vida vem com suas adversidades e faz desmoronar esta casa e causar grande tragédia na vida daqueles que moravam naquela casa.

Eu vos exorto, construí vossa vida, fazei com que vossa vida alegre a Deus, pois a alegria de Deus é nossa força; não vivais como alguém que envergonha a Deus, porque Deus tudo vê e teremos de prestar contas de nossas atitudes a Deus, pelo que fizemos de bem ou de mal.

Ez 16,59 – Deste modo diz Deus: “Eu tratarei vocês como vocês merecem, vocês que desprezam o juramento e quebram a aliança”. Há referência relacionada também em Ez 16,58.

Felizes aqueles que buscam enriquecer-se para esta vida e para a vida eterna. Enriquecem-se na vida, não como o filho pródigo que, de tanto dinheiro, chegou à miséria, mas poderia com sabedoria, fazer de pouco dinheiro muito mais, sobretudo, não vivendo de modo dissoluto.

Enriquecem-se na eternidade aqueles que não são indiferentes ao infortúnio dos povos que sofrem muitas tragédias, mesmo os que sofrem e estão próximos de nós, mas se solidarizam com eles, pelo meio material, mas melhor ainda os que se compadecem pela carência espiritual, de fé, de uma vivência moral e religiosa agradável a Deus, para que a vida de ascese deles os possa fazer prosperar e não ruir na vida.

O povo de Deus vivia em grande infidelidade a Deus e distante de uma conduta nobre e reta, moral e digna.

Refleti isto recentemente, conversando com alguns conhecidos, ouvindo músicas que retratam certo descomprometimento com o que é correto, como é tradicional, músicas seculares e mesmo as que tocam a espiritualidade, deixam a desejar num sentido de contemplação a Deus e seu seguimento.

Há pessoas que obtém uma formação melhor na fé, vivem mais felizes e prosperas, mas comprometidos com a vontade de Deus e mais cheios de boas obras na vida para com seus irmãos e irmãs.

Julgam-se tudo, com juízos insuficientes, fala-se mal do cristianismo, do catolicismo, mas se esquecem, dentre tantos benefícios, que ele cooperou e coopera com a sociedade, o benefício das escolas católicas, mesmo incluindo as faculdades católicas tradicionais, além do benefício excelso na formação de pessoas, que vem da influência de Dom Bosco.

O que refleti é sobre nossa postura na vida madura , da idade adulta, que exige de nós sermos seres de palavra, pois mesmo o amor é compromisso. É preciso obter e viver no relacionamento interpessoal a maturidade da responsabilidade, sem o qual não podemos sustentar relações de cooperação mútua. A sociedade está tão mergulhada no materialismo que não se vê no centro a vida do próximo, pensam que as pessoas gostam de nós, mas nos usam até que o interesse por nós já não existe, quando se despreza o outro.

Felizes os misericordiosos, pois obterão misericórdia, é o que ensina a palavra de Jesus. Ai, eu digo àqueles que desprezam seus semelhantes, porque seu desprezo voltará ao que despreza, assim como a misericórdia oferecida pelo misericordioso aos outros. Será posta medida boa, calcada e sacudida, pois com a medida com que medirdes sereis medidos.

Tive a oportunidade de procurar ensinar alguém, acredito que mais oração eu terei de fazer para transformar esta exortação num ensinamento aplicado na vida. Eu disse: “Para favorecer os outros devemos fazê-los felizes”.  E em outro momento disse: “A Deus agrada mais que nós sejamos mais generosos, que avarentos e mesquinhos”.

O filme X-Men, traz este pensamento, mas está sempre longe de educar as pessoas, isto é transparente, as pessoas tomam contato com pensamentos nobres, mas continuam vivendo da mesma forma antiga e repreensível, como diz o filme: “Compartilhar a vida não é, do homem, um dos atributos mais característicos”. O que eu compreendi de uma asserção próxima deste é que o homem não sabe compartilhar a vida, pois o egoísmo é uma limitação que custa o ser humano a transcender.

Em Ezequel 16,19;17,17-18, Deus diz que os que se fiam no poder dos homens e rompem juramentos perecerão. O casamento é um desafio penoso para muitos casais, em certas fases dele, mas entre pessoas descomprometidas e imaturas este vínculo não pode progredir, tende a findar-se e se finda. A vida gerada é compromisso para a vida toda, como uma pessoa descomprometida pode responsabilizar-se por ela para a vida toda, se o sim dela é para um momento e não para um segundo momento próximo?

Deus a Ezequiel falava da prostituição do povo de Deus (Ez 16,19-20.35-37), mas também é prefiguração daqueles que arriscam ser infiéis a Deus, vivendo imaturamente e irresponsavelmente com o compromisso com o próximo e com a vida, e também com a própria vida.

Não vos enganeis, os que não se propõem a agradar e servir a Deus, não serão admitidos na morada santa e eterna dos céus, por isto repreendo os que vivem contrários a vontade de Deus, para que deixem os caminhos tortuosos, medíocres, impuros e imundos e perseverem no caminho do bem, da humanidade e da misericórdia.

Que ganha aos homens de fiar-se na ignorância e estupidez dos insensatos e ignorantes? Convém se dar a Deus que nos ama e zela para nosso bem.

Abusar da vida parece ser preocupação dos que se aproveitam delas de maneira antinatural, contrário as tradições passadas. Mas vos tenho a dizer que não educamos bem as pessoas incentivando-as à prostituição, a uma vida de vícios na sexualidade e outros mais.

Deus nos quer puros, não há como um marido ou esposa conservarem-se fiéis e moderados se eles vivem desregradamente, a boa educação nos conduz ao domínio de si.

Deus nos deu o trabalho para que vivamos na virtude, mas devemos resistir às tentações de usar de nossos ganhos imaturamente, financiando os vícios, do contrário, aquilo que poderia nos construir a vida, nos leva a caminhos de perdição e penúria. Cirrose, doenças pulmonares e outros males decorrem de uma vida que prima por autodestruir-se ao invés de se edificar.

Aquele que acolhe o testemunho de Jesus ouve a verdade, pois Ele veio dar testemunho da verdade, aquele que morreu, mas ressuscitou, pois os que vivem para Deus vivem para sempre junto a Deus.

O maligno e seus porta-vozes, os rebeldes a Deus, mentem, pois ele é o pai da mentira e quando mente faz o que lhe é próprio.

Segunda Leitura (2Tm 3,14-4,2)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo:

Caríssimo: Permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade; tu sabes de quem o aprendeste. Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras: elas têm o poder de te comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Cristo Jesus.

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para argumentar, para corrigir e para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra.

Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de vir a julgar os vivos e os mortos, e em virtude da sua manifestação gloriosa e do seu Reino, eu te peço com insistência: proclama a palavra, insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina.

Abraço de vida, de prosperidade e fé cristã a todos vós


Adriano

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