quinta-feira, 14 de julho de 2016

Cristão de verdade e de conveniência

Caríssimos no Senhor Jesus

Lindo é o Hino da JMJ2016, a Jornada Mundial da Juventude de 2016, falando sobre a misericórdia, necessária (a misericórdia) no convívio entre pessoas fracas e falhas como é típico de cada ser humano: Clipe Oficial da JMJ Cracóvia 2016 HD - Legendado em Português

A consciência de nossa limitação nos faz verdadeiros teólogos, vemos nossa situação de criatura humana limitada e falha que encontra com aquele que nos completa, Deus.

Bem depressa erram os que não se apóiam em Deus e em Jesus, logo se veem maiores que os outros, enquanto são pecadores, como nos exorta a Sagrada Escritura, na Epístola de João.

Mons. Jonas Abib nos traz a reflexão do Papa Francisco na Revista Canção Nova de Julho de 2016 e ele disse: “Papa Francisco tem insistido na necessidade de nos reconhecermos pecadores. Numa catequese, em abril passado, ensinou: “Todos somos pecadores, mas muitas vezes caímos na tentação da hipocrisia, de acreditar que somos melhores que os outros. Todos devemos olhar os nossos pecados, as nossas caídas, os nossos erros. E olhemos para o Senhor. Se me sinto justo, esta relação de salvação não existe.” Aos Franciscanos, ano passado, disse ainda: “Quem não se reconhece como ‘menor’, como pecador, não compreende a misericórdia. Quanto mais cientes somos de ser pecadores, mais estaremos próximos da salvação”.

No Diário de Irmã Faustina ela reconhece sua limitação, que caiu em si e ela disse no parágrafo 298: “Ó meu Jesus, vida, caminho e verdade, peço-Vos segurai-me perto de Vós como uma mãe segura seu filhinho, estreitando-o ao peito, porque eu não sou apenas uma criança desajeitada, mas o acúmulo da miséria e do nada”.

Uma falha que eu exorto para que superemos na fé do Senhor é o de ser um cristão de conveniência, Nova Era, de miscelânea, que ascende uma vela para Deus e uma para o demônio, tem um pé em Deus e um pé no mundo, um pé no caminho da santidade e perfeição e outro na devassidão e nas trevas da marginalidade.


Compartilhei na rede social do Facebook uma mensagem que muito nos alerta o perigo da falta de Deus em nossa vida: “É melhor ler a Bíblia na escola para que não tenhamos que ler na prisão”.

Tantos, infelizmente, depois de errar e estar na prisão buscam a Deus. É uma alegria que se encontrem com Deus lá, mas poderiam não terem conhecido tão tarde o Senhor e corrigido seus comportamentos para que não lhes sucedesse a prisão.

A Palavra de Deus, a Bíblia, nos forma para sermos justos e de valor diante dos que convivem conosco, ganhemos sempre mais seu amor, a que nos o percamos a cada dia mais, até nos tornarmos sozinhos e intoleráveis aos que vivem conosco.

Amor e respeito é necessário entre as pessoas que convivem conosco; sem este comportamento, nós aborrecemos e irritamos os outros, nos fazemos repugnantes a eles. É preciso retribuir o bem que recebemos; isto é viver. Ninguém vive fazendo o que bem quer sem que lhe custe trabalho e serviço aos outros. Mesmo o lunático, no manicômio, custa para alguém mantê-lo lá.

Não vos enganeis, a vida tem cruz, sofrimentos e sacrifícios, entre algumas satisfações não completamente plenas, pois só nos céus teremos plenamente a comunhão com Deus.

Olhem o exemplo de São Paulo e imitem aqueles que vos servem de exemplo; ele estava preso e açoitado e louvava a Deus, lembre-se de louvar no meio de suas provações. Lembrem-se de pedir graças a Deus para que cresçam na virtude em suas vidas e não venham a retroceder em matéria de humanidade.

Peçam o anjo da guarda por vós e por aqueles que vocês amam para que eles cuidem de todos os que nós amamos, mesmo os mais difíceis, que a misericórdia de Deus os contemple também. Oremos a Deus, pois sem Deus os anjos maus dominam as pessoas e as famílias, com Deus o maligno não pode estar junto.

Nos dediquemos a orar sem cessar, nos momentos de angústia orai, orai na provação, orai no repouso, orai sem cessar, confiai ao Senhor as vossas causas para que Eles vos salve, pois sem Ele ireis de mal a pior.

Trazei música cristã para vosso meio, para que o amor mútuo seja considerado e não somente um amor egoísta, que só pensa em seu próprio bem e se esquece dos que o rodeiam, como se eles não precisassem de nosso amor. Criai um meio de amor e acolhida para que não se sintam repelidos os nossos, mas que vejam que seu lugar é sua casa e não a rua, pois muitos já não acham ambiente em casa e ficam na rua, pensam ter familiares nos grupos que participam, pois ali se sentem mais bem acolhidos. Orai a Deus para que tenhais força e meios de os: acolher, tratar e conviver com eles.

No CD de Mons. Jonas Abib, ele falava sobre Nossa Senhora da Paz e nos lembrava de suas mensagens, e ela dizia: “Convertei-vos ao Senhor, vivei em paz, pois a catástrofe está para cair sobre vós”. Oraram o povo, mas mesmo assim uma guerra sobreveio sobre aquele povo. Disseram eles que se soubessem o mal que sobreviria sobre eles, eles teriam se dedicado mais a oração, a penitência e a uma vida de santidade e caridade.

A educação de uma pessoa é um processo difícil, por isto uma família não deve começar em qualquer de repente. Os formadores da fé em Deus nos exortam: “É preciso ter castidade no namoro e fidelidade no casamento”.

O sinal digital da Canção Nova tem chegado aqui na TV, com alegria tive uma companhia na hora do almoço, pois estava neste momento só. Ouvi algo importante no programa Bem da Hora: “É preciso observar os limites para viver as realidades da vida, isto se refere à condução do Kart (carrinho de corrida) e tudo o mais na vida é necessário limites”. Eles citaram também as leis de trânsito.

Fui muito claro e categórico diante de jovens, enquanto conversava com eles à mesa e senti esta inspiração e falei nestes termos: “Creio que muitos jovens hoje em dia vivem com displicência sua vida, desconsiderando que suas escolhas têm consequências em suas vidas, suas saúdes e em suas almas”.

A falta de Deus aos outros, diante de mim, não soa como riqueza, mas eu definiria sinônimos aos ateus assim: “Anarquistas, Baderneiros, Caóticos, Desordeiros, Ateus e Atoas”.

Ambas as coisas falei; sem razão desconsideram os bons valores da fé para viverem todo tipo de imprudência, indecência, irresponsabilidade e imaturidade que lhes são próprios.

Eu defini maturidade para uma jovem e disse: “Maturidade é ser independente e fazer bom uso de sua liberdade”.

Há um ditado que diz: “Cabeça vazia é oficina para o maligno”. Já desde a infância eu curtia filmes de artes marciais, fiz um pouco, quando criança algumas modalidades, cresci praticando esporte, como meu pai era professor de educação física eu cresci em meio às bolas, sempre as chutando e me divertindo em correr, marcar gol, esforçava-me para dar o máximo nos jogos, que foram muitos em minha vida, na rua e em quadra.

Aprendi, com os mestres, o valor do zelo pela vida, o heroísmo, o sacrifício de si pelo bem dos outros, o autocontrole, o empenho pela paz, a dedicação em aprimorar-me no que eu fazia, no cuidado para com a vida humana etc.

Embora hostilizado, eu guardava minha força, minha habilidade era brinquedo, mas creio que permiti desrespeitos a mim em nome de uma diversão, quando deveria me fazer respeitar.

Saibam o limite da brincadeira por gentileza, por misericórdia, não incentivem a violência para que não tenham que refreá-la a custo de muito sofrimento, aborrecimento e tristeza.

Um padre que muito admiro, pelos seus corretos discursos, falou algo que hoje em dia discordo e discordei; lembrei-me dele recentemente diante de um fato que vi na televisão. Uma mãe deu uma espada para seu filho pequeno, o heroizinho não pestanejou, tacou a espada no rosto dela. Queria ver o que este padre teria a dizer a partir disto àquela mãe, depois de fazer apologias a que armas de brinquedo sejam postas nas mãos de crianças. Antigamente havia respeito entre adultos e crianças, quem se atreveria a bater neles? Hoje as coisas mudaram, se não se precaverem, muitos adultos viram reféns de seus filhos.

O respeito e o amor devem ser pagos com respeito e amor, mas quem se acha no direito de agredir outros pedem para que outros se defendam e se protejam agredindo também. É caminho para que o respeito nasça, depois de todo diálogo, orientação e castigos. A vida é assim, o pecador padecerá, mas o justo crescerá em glória e felicidade, em paz e amor santo com os outros.

Ez 3,18.21 – Se digo ao malévolo que ele vai morrer, e tu não o prevines e não lhe falas para pô-lo de sobreaviso devido ao seu péssimo proceder, de modo que ele possa viver, ele há de perecer por causa de seu delito, mas é a ti que pedirei conta do seu sangue. Ao contrário, se advertires ao justo que se abstenha do pecado, e ele não pecar, então ele viverá, graças à tua advertência, e tu, assim, terás salvo a tua vida.”

Ez 2,4-5 – É a esses filhos de testa dura e de coração insensível que te envio, para lhes dizer: oráculo do Senhor Javé. Quer te ouçam ou não (pois é uma raça indomável), hão de ficar sabendo que há um profeta no meio deles!

Ouvindo falar da Pastoral Familiar achei que ela é um ambiente próprio para a família toda, o casal e os filhos de estarem presentes para aprenderem a viver num ambiente, sob estas influências também, sadias, corretas e benéficas para todos, enquanto muitos lugares não o são.

A vida nos fere e nos magoa o coração, o ambiente da fé cura nossos corações e exorta para o bem, a fuga do mal, numa vida em Deus, numa renúncia do vício e da vida passada do mundo, de culto ao frio material alienante e desumanizante.

É dever do verdadeiro cristão pensar nos necessitados e se solidarizar com eles, como nos exorta o Catecimo da Igreja Católica, no parágrafo 2439. No necessitado está Jesus, quem o despreza, despreza a Deus, não age com justiça, mas tem atitude ímpia e monstruosa, este colherá um mundo mais frio e desumano que lhe pagará com juros, no momento certo, todo esnobismo que arrogância manifestada aos outros.

O desequilíbrio social entre pobres e ricos se resolverá pela solidariedade cristã. Jesus se põe no lugar dos pobres e disse: “Porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber...” (Mt 25,35). Isto é verdadeiro cristianismo, a caridade para com os necessitados e não o acúmulo para os poderosos e para si somente. Não é uma espiritualidade que não forma na moral, nos fazendo objetos da criação, para usar, abusar e atirar fora.

A fé não deve ser conveniente em nossa vida, mas compromisso para transformação do mundo num mundo melhor, razão para que oremos, amemos, nos sacrifiquemos para plantar amor e respeito no meio da sociedade e no mundo; decência, pureza e santidade devem ser como sementes em nós para que semeemos e venhamos a colher, com a graça do Espírito Santo, no mundo, aquilo que há de produzir o trigal de Deus.

Crescem juntos trigo e joio até o dia do juízo, o trigo será recolhido nos celeiros eternos e a palha, o joio, atirado para sempre no fogo do inferno.

Se lutam os que buscam uma coroa perecível nos jogos olímpicos, pesai bem quão mais difícil é alcançar o tesouro imperecível do céu para os que se empenham por agradar a Deus e a Jesus.

Que Jesus os cure o coração e os forme na sua Palavra, na santidade, no amor e na vida.


Adriano

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