Esta frase eu aprendi de César Milan, o Encantador
de cães.
Ele disse que o trato com um cãozinho não se
diferencia do trato que devemos ter, em geral, com uma criança.
Do livro do Prof. Felipe Aquino eu gostaria de
ressaltar o título, que já é muito significativo e cheio de conselhos: “Educar
pela conquista e pela fé”.
Educar pela fé, é orientar os filhos no caminho da
fé, que é conduzir num caminho de pureza e santidade, perfeição e serviço,
estudo, caridade e misericórdia para os que o circundam.
De um momento de oração, na Canção Nova, no
programa Celebrando Pentecostes, o pregador desencantou as pessoas que esperam
viver plena felicidade nesta vida mortal, ele disse: “Nesta vida teremos
incompreensões, dificuldades, incertezas, cruzes, eu preciso levá-los a crer na
verdade, desiludir-los da ingenuidade”.
As pessoas creem nas coisas ingenuamente, mas a
realidade é mais dura e ríspida que podem imaginar os mais doces e credulos do
bem dos outros.
Nas pessoas há pecados, infantilidades, molequices,
insensibilidades, imprudências, mas a misericórdia faz com que confiemos neles,
se eles se empenham a ter uma atitude de homens e mulheres e desprezam o
comportamento de: moleques e molecas, se pode investir em uma vida com eles no
casamento.
Orientei uma jovem recentemente, eu disse: “Nestes
tempos de hoje onde há mais irresponsabilidade e desordem é preciso até pensar
mais sobre que tipo de: humanos, mães e pais que somos para nossos filhos,
diante das dificuldades que esta realidade nos traz”.
Em tempos antigos os castigos eram mais crueis, as
varas eram usadas nas pernas das crianças que não se comportavam bem. Passou o
tempo, as palmadas as chineladas foram usados para tratar da psicologia
infantil, mas hoje os castigos limitam a liberdade (o banquinho do malcriado),
por minutos, segundo o número de anos que a criança tem.
É sempre preciso fazer com que a criança volte ao
convívio, realmente arrependida do que fez, mas, sobretudo, com o afeto dos
pais.
Eu falei de conquista pela fé, há também a
necessidade da conquista que se faz com afeto, paciência, atenção, amor, zelo
apartidário, que favorece que todos recebam o mesmo carinho e respeito.
É tratando com carinho, humanamente uma criança,
retirando circunstâncias e experiências que ela não está preparada para
enfrentar, cito: a violência extrema e a exposição à sexualidade.
Ela é criança, um menino e uma menina sim, segundo
seu sexo, sem querer dar margem a teorias que visam mais o abuso das pessoas
que o respeito para com um ideal mais alto de pessoa humana, que é feita para
sua realização e não para o abuso de monstros depravados e irreligiosos que,
depois de aproveitar o que poderiam de um ou outro, pensam que outro uso que
uma pessoa pode ter é de um boneco ou boneca inflável, retirado a distinção de
gênero, se trata de uma maneira a pensar
na pessoa como objeto, algo que não se deve tratar nem com homem e muito menos
com mulher, um ser mais delicado, que merece ser amada em todos os âmbitos, no
devido tempo, com toda a responsailibade que é propria de seres adultos e
maduros no coração, no espírito e na mente.
Se se pode obter a molequice de seres com tamanho e
idade que se poderiam julgar adultos, que se dirá de crianças que precisam
aprender a tratar os outros como adultos, pois são criadas (se são criadas, com
o intuito de serem bem criadas) para serem adultas, para irem para o céu, pelo
seu bom comportamento, sempre melhorado e corrigido do mal que fizeram no
passado, fruto de sua falta de formação.
A formação evita que os erros sejam cometidos, mas
se os pais se omitem em orientar, os erros se tornam valores e o avanço
próspero e gerenciável, por vezes se mescla com atitudes que comungam com
fatalidades.
Quando um fruto não está maduro para ser colhido
ele está verde e amargo para alimentar-se, ele causa mal estar e não alimenta
os que pensavam em se alimentar com eles.
Os adolescentes que vivem em atitudes desordeiras,
não esperam o tempo certo para viverem a sexualidade e se tornam pais e mães
sem maturidade, acabam não tendo maturidade para bem formar seus filhos, eles podem
ser, por vezes, excessivamente violentos e intolerantes com as crianças em suas
necessidades.
Um cachorrinho com medo, deve ser conduzido com
lentidão, até que perca seu medo, se deve, às vezes, buscar a orientação de
profissionais para superar seu medo.
Uma borboleta não pode ser forçada a sair de sua
crisálida, pois destrói suas asas, é no tempo certo que ela nasce sem nossa
intervenção e apressação.
As jovens estão com roupas tão ousadas, eu estive
reparando, não têm comedimento, como um jovem pode pensar em ter uma namorada,
se ela se preocupa em agradar a todos e não a ele somente? Onde fica a
fidelidade no relacionamento?
Fidelidade é parte de uma graça daqueles que têm
Deus, quem espera ver fidelidade no seu namorado ou sua namorada que busque os
que estão na fé, pois os que vivem na carne, só pensam e abusar de tudo e não
querem bem a nada, nem a ninguém.
Não vos engane com a aparência, a virtude é algo
que é traço da personalidade e se conhece ela quando se convive com uma pessoa.
O caráter puramente cristão é contestado pela visão
mundana e paganizada do pansexualismo, uma sexualidade que é incentivada, sem
compromissos, sem barreiras naturais ou de qualquer outra ordem, a família é
desconsiderada, a intervenção e interferência de Deus é anulada e muitos se
prestam a ser inocentes úteis desta causa, que causa mais malefícios na sociedade
e para esta nova geração, que benefício, que poderia ser gerado se a família se
desenvolvesse naturalmente dentro da família, com Deus, com Jesus, com a
Palavra de Deus, com a oração, na busca de uma vida de ascese, de abstinência
do pecado e do mal e na busca incessante de se santificar e multiplicar as boas
obras.
O ser humano pode escolher não fazer nada, fazer o
mal ou fazer o bem.
Por si mesmo a pessoa não cresce no bem, mas se
aprunda sua indiferença diante de outros, quando não o mal de outros.
É preciso ter misericórdia com os outros, eles se
pensam orgulhosos a se verem pecadores e miseráveis, mas só uma verdadeira
opulência de humanidade, uma verdadeira empatia fraterna mostra verdadeiramente
um santo ou uma santa, uma pessoa verdadeiramente madura na gentileza, uma
pessoa que conhece e vive o termo mais pleno de pessoa, tão ignorado em tantos
lugares no mundo.
A Jornada Mundial da Juventude acontecerá na
Polônia em 2016 e o tema será a Misericórdia Divina, assunto que penso ser
fundamental, segundo: a verdade, o que é bom, justo, belo, nobre, vivificante e
feliz. Antes de alcançarmos um estado elevado de santologia é preciso que
levemos Deus à antologia, para que o que tendia a ser como anta, se torne
criatura sempre mais santa, que mais agrada do que frusta o amor alheio.
Não podemos nos deixar levar pelo consenso de
alguns, mas priorizar a verdade e não tirar o mérito daquilo que certo. As
intervenções sobre outros ou devem ser úteis ou elas não devem existir.
Respeito aos outros, mesmo às excentricidades, é certo, mas não podemos
incentivar de que a excentricidade se torne a regra.
No passado a tradição era a regra e a sociedade era
sólida, na fé e na tradição, mas os fins dos tempos parecem estar avizinhados,
tempo de misericórdia, tempo em que o Senhor se mostrará como um Rei de
Misericórdia, enquanto não vem o fim e cada um será julgado conforme foram suas
atitudes, se bem ou mal.
Importa, antes de tudo, amar a Deus e não viver
para as paixões desregradas (Jer 2,33;3,1-5), urge cuidar das necessidades
básicas nossas e dos que são nossos. Se quisermos mais, devemos nos
responsabilizar sobre aquilo que agregamos a mais em nossas vidas.
Estudo, trabalho são coisas que exigem muito de
nós, não devemos andar alquebrados por vícios, pois a virtude exige de nós uma
rigidez imensa. Felizes os que se exercitam nos sacrifícios, ai, contudo dos
que vivem no comodismo. O amanhã os pegará moles e não resistirão as exigências
do tempo da maturidade da vida, a vida adulta, que exige excepcionalmente de
cada um para ganhar a vida a cada dia.
Há uma situação que penso ser crítica, o excesso de
violência pode gerar seres psicóticos. É preciso fazer superar na criança todo
medo, dar-lhe confiança, dar-lhe carinho, pois por toda a vida nós precisamos
ser tratados com afeto, como pregou Márcio Mendes na Canção Nova, no
acampamento de casais.
Ele citou uma passagem do início da Bíblia, de
Gênese e concluiu: “Deus viu uma coisa só de ruim em sua obra, não convém que o
homem esteja só”.
As pessoas precisam se preparar para o viver
juntos, ser dócil, priorizar o outro, ao seu próprio interesse, que por vezes
excede todo egoísmo, não primando nem pelo próprio bem deste ser alienado de
si, do mundo e do seu relacionamento, de Deus, da realidade da vida.
Não se dá ao outro aquele que não se pertence,
aquele que pertence ao pecado não pode se dar aos outros. Os que são livres em
Cristo Jesus se podem dar aos outros.
Não podemos ser uns dos outros, pois pertencemos a
Deus, mas no casamento nos fazemos parte um do outro e a exemplo de Cristo
Jesus, que amou a Igreja e se entregou por ela, somos capazes de ser um com o
outro no amor.
O amor constrói, aqueles que têm Deus amam, pois
foram primeiramente amados por Deus, a exemplo de Jesus, que nos revelou o amor
de Deus para conosco, nos conduz na vivência do amor, ingrediente indispensável
para a manutenção e florecimento da vida.
Abraço do amor de Deus, Cristo Jesus, a vós.
Adriano
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