terça-feira, 28 de julho de 2015

Não se apressa a natureza

Caríssimos no Senhor de tudo, Jesus Cristo 

Esta frase eu aprendi de César Milan, o Encantador de cães.

Ele disse que o trato com um cãozinho não se diferencia do trato que devemos ter, em geral, com uma criança.

Do livro do Prof. Felipe Aquino eu gostaria de ressaltar o título, que já é muito significativo e cheio de conselhos: “Educar pela conquista e pela fé”.

Educar pela fé, é orientar os filhos no caminho da fé, que é conduzir num caminho de pureza e santidade, perfeição e serviço, estudo, caridade e misericórdia para os que o circundam.

De um momento de oração, na Canção Nova, no programa Celebrando Pentecostes, o pregador desencantou as pessoas que esperam viver plena felicidade nesta vida mortal, ele disse: “Nesta vida teremos incompreensões, dificuldades, incertezas, cruzes, eu preciso levá-los a crer na verdade, desiludir-los da ingenuidade”.

As pessoas creem nas coisas ingenuamente, mas a realidade é mais dura e ríspida que podem imaginar os mais doces e credulos do bem dos outros.

Nas pessoas há pecados, infantilidades, molequices, insensibilidades, imprudências, mas a misericórdia faz com que confiemos neles, se eles se empenham a ter uma atitude de homens e mulheres e desprezam o comportamento de: moleques e molecas, se pode investir em uma vida com eles no casamento.

Orientei uma jovem recentemente, eu disse: “Nestes tempos de hoje onde há mais irresponsabilidade e desordem é preciso até pensar mais sobre que tipo de: humanos, mães e pais que somos para nossos filhos, diante das dificuldades que esta realidade nos traz”.

Em tempos antigos os castigos eram mais crueis, as varas eram usadas nas pernas das crianças que não se comportavam bem. Passou o tempo, as palmadas as chineladas foram usados para tratar da psicologia infantil, mas hoje os castigos limitam a liberdade (o banquinho do malcriado), por minutos, segundo o número de anos que a criança tem.

É sempre preciso fazer com que a criança volte ao convívio, realmente arrependida do que fez, mas, sobretudo, com o afeto dos pais.

Eu falei de conquista pela fé, há também a necessidade da conquista que se faz com afeto, paciência, atenção, amor, zelo apartidário, que favorece que todos recebam o mesmo carinho e respeito.

É tratando com carinho, humanamente uma criança, retirando circunstâncias e experiências que ela não está preparada para enfrentar, cito: a violência extrema e a exposição à sexualidade.

Ela é criança, um menino e uma menina sim, segundo seu sexo, sem querer dar margem a teorias que visam mais o abuso das pessoas que o respeito para com um ideal mais alto de pessoa humana, que é feita para sua realização e não para o abuso de monstros depravados e irreligiosos que, depois de aproveitar o que poderiam de um ou outro, pensam que outro uso que uma pessoa pode ter é de um boneco ou boneca inflável, retirado a distinção de gênero,  se trata de uma maneira a pensar na pessoa como objeto, algo que não se deve tratar nem com homem e muito menos com mulher, um ser mais delicado, que merece ser amada em todos os âmbitos, no devido tempo, com toda a responsailibade que é propria de seres adultos e maduros no coração, no espírito e na mente.

Se se pode obter a molequice de seres com tamanho e idade que se poderiam julgar adultos, que se dirá de crianças que precisam aprender a tratar os outros como adultos, pois são criadas (se são criadas, com o intuito de serem bem criadas) para serem adultas, para irem para o céu, pelo seu bom comportamento, sempre melhorado e corrigido do mal que fizeram no passado, fruto de sua falta de formação.

A formação evita que os erros sejam cometidos, mas se os pais se omitem em orientar, os erros se tornam valores e o avanço próspero e gerenciável, por vezes se mescla com atitudes que comungam com fatalidades.

Quando um fruto não está maduro para ser colhido ele está verde e amargo para alimentar-se, ele causa mal estar e não alimenta os que pensavam em se alimentar com eles.

Os adolescentes que vivem em atitudes desordeiras, não esperam o tempo certo para viverem a sexualidade e se tornam pais e mães sem maturidade, acabam não tendo maturidade para bem formar seus filhos, eles podem ser, por vezes, excessivamente violentos e intolerantes com as crianças em suas necessidades.

Um cachorrinho com medo, deve ser conduzido com lentidão, até que perca seu medo, se deve, às vezes, buscar a orientação de profissionais para superar seu medo.

Uma borboleta não pode ser forçada a sair de sua crisálida, pois destrói suas asas, é no tempo certo que ela nasce sem nossa intervenção e apressação.

As jovens estão com roupas tão ousadas, eu estive reparando, não têm comedimento, como um jovem pode pensar em ter uma namorada, se ela se preocupa em agradar a todos e não a ele somente? Onde fica a fidelidade no relacionamento?

Fidelidade é parte de uma graça daqueles que têm Deus, quem espera ver fidelidade no seu namorado ou sua namorada que busque os que estão na fé, pois os que vivem na carne, só pensam e abusar de tudo e não querem bem a nada, nem a ninguém.

Não vos engane com a aparência, a virtude é algo que é traço da personalidade e se conhece ela quando se convive com uma pessoa.

O caráter puramente cristão é contestado pela visão mundana e paganizada do pansexualismo, uma sexualidade que é incentivada, sem compromissos, sem barreiras naturais ou de qualquer outra ordem, a família é desconsiderada, a intervenção e interferência de Deus é anulada e muitos se prestam a ser inocentes úteis desta causa, que causa mais malefícios na sociedade e para esta nova geração, que benefício, que poderia ser gerado se a família se desenvolvesse naturalmente dentro da família, com Deus, com Jesus, com a Palavra de Deus, com a oração, na busca de uma vida de ascese, de abstinência do pecado e do mal e na busca incessante de se santificar e multiplicar as boas obras.

O ser humano pode escolher não fazer nada, fazer o mal ou fazer o bem.

Por si mesmo a pessoa não cresce no bem, mas se aprunda sua indiferença diante de outros, quando não o mal de outros.

É preciso ter misericórdia com os outros, eles se pensam orgulhosos a se verem pecadores e miseráveis, mas só uma verdadeira opulência de humanidade, uma verdadeira empatia fraterna mostra verdadeiramente um santo ou uma santa, uma pessoa verdadeiramente madura na gentileza, uma pessoa que conhece e vive o termo mais pleno de pessoa, tão ignorado em tantos lugares no mundo.

A Jornada Mundial da Juventude acontecerá na Polônia em 2016 e o tema será a Misericórdia Divina, assunto que penso ser fundamental, segundo: a verdade, o que é bom, justo, belo, nobre, vivificante e feliz. Antes de alcançarmos um estado elevado de santologia é preciso que levemos Deus à antologia, para que o que tendia a ser como anta, se torne criatura sempre mais santa, que mais agrada do que frusta o amor alheio.

Não podemos nos deixar levar pelo consenso de alguns, mas priorizar a verdade e não tirar o mérito daquilo que certo. As intervenções sobre outros ou devem ser úteis ou elas não devem existir. Respeito aos outros, mesmo às excentricidades, é certo, mas não podemos incentivar de que a excentricidade se torne a regra.

No passado a tradição era a regra e a sociedade era sólida, na fé e na tradição, mas os fins dos tempos parecem estar avizinhados, tempo de misericórdia, tempo em que o Senhor se mostrará como um Rei de Misericórdia, enquanto não vem o fim e cada um será julgado conforme foram suas atitudes, se bem ou mal.

Importa, antes de tudo, amar a Deus e não viver para as paixões desregradas (Jer 2,33;3,1-5), urge cuidar das necessidades básicas nossas e dos que são nossos. Se quisermos mais, devemos nos responsabilizar sobre aquilo que agregamos a mais em nossas vidas.

Estudo, trabalho são coisas que exigem muito de nós, não devemos andar alquebrados por vícios, pois a virtude exige de nós uma rigidez imensa. Felizes os que se exercitam nos sacrifícios, ai, contudo dos que vivem no comodismo. O amanhã os pegará moles e não resistirão as exigências do tempo da maturidade da vida, a vida adulta, que exige excepcionalmente de cada um para ganhar a vida a cada dia.

Há uma situação que penso ser crítica, o excesso de violência pode gerar seres psicóticos. É preciso fazer superar na criança todo medo, dar-lhe confiança, dar-lhe carinho, pois por toda a vida nós precisamos ser tratados com afeto, como pregou Márcio Mendes na Canção Nova, no acampamento de casais.

Ele citou uma passagem do início da Bíblia, de Gênese e concluiu: “Deus viu uma coisa só de ruim em sua obra, não convém que o homem esteja só”.

As pessoas precisam se preparar para o viver juntos, ser dócil, priorizar o outro, ao seu próprio interesse, que por vezes excede todo egoísmo, não primando nem pelo próprio bem deste ser alienado de si, do mundo e do seu relacionamento, de Deus, da realidade da vida.

Não se dá ao outro aquele que não se pertence, aquele que pertence ao pecado não pode se dar aos outros. Os que são livres em Cristo Jesus se podem dar aos outros.

Não podemos ser uns dos outros, pois pertencemos a Deus, mas no casamento nos fazemos parte um do outro e a exemplo de Cristo Jesus, que amou a Igreja e se entregou por ela, somos capazes de ser um com o outro no amor.

O amor constrói, aqueles que têm Deus amam, pois foram primeiramente amados por Deus, a exemplo de Jesus, que nos revelou o amor de Deus para conosco, nos conduz na vivência do amor, ingrediente indispensável para a manutenção e florecimento da vida.

Abraço do amor de Deus, Cristo Jesus, a vós.


Adriano

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