domingo, 28 de junho de 2015

Eis o que diz o Amém



Caríssimos no Senhor Deus



No livro do Apocalipse o Senhor exorta por meio de João: “Mas tenho contra ti que arrefeceste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste. Arrepende-te e retorna às tuas primeiras obras. Senão, virei a ti e removerei o teu candelabro do seu lugar, caso não te arrependas.” (Ap 2,4-5).



A Igreja refreou o enriquecimento pela venda de custo abusivo das relíqueas, mas também é condenável a comercialização das coisas sagradas, se elas visam somente o lucro e não o bem das pessoas. Como disse o Papa: “Não é o martalismo que salvará as pessoas, mas o bem que provém àqueles que buscam a Deus na oração e em uma intimidade com Deus, obtém toda sorte de graças e regozijos em suas vidas”.



Atos 8,20-23 – Pedro respondeu: “Maldito seja o teu dinheiro e tu também, se julgas poder comprar o dom de Deus com dinheiro! Não terás direito nem parte alguma neste ministério, já que o teu coração não é puro diante de Deus. Arrepende-te desta tua maldade e roga a Deus, para que, sendo possível, te seja perdoado este pensamento do teu coração. Pois estou a ver-te no fel da amargura e nos laços da iniquidade”.



Aquele que conhece o Pai, eu quero dizer: conhece a Deus, é o Filho e a quem o Filho, Jesus, o quiser revelar. Por meio de Jesus temos meio de conhecer a Deus.



Aquele que estava com o Pai desde o princípio dá testemunho daquilo que é espiritual, aquele que do céu desceu e veio para o meio de nós, que voltou para donde veio dá testemunho da realidade da vida presente e da vida espiritual, oculta aos nossos olhos materiais, mas que são mais concretos por já não serem transitórios, mas se revestem de eternidade em Deus.



O Papa Bento XVI revelou que é para o ser humano salutar conhecer Jesus porque sem Ele a pessoa fica, para si, um enigma indecifrável, enquanto o conhecimento de Jesus abre nossos olhos para aquilo que somos, donde viemos e para onde estamos rumando.



A idade infantil e juvenil é tempo para formar nossa consciência, educar nossos instintos, escolher por preservar-se a entregar-se à caminhos de morte e destruição. As coisas fúteis do mundo não podem nos encher, em vão nos atiramos loucamente neles, cairemos no nada de uma alta altura, nos arrebentaremos física e espiritualmente.



Eu aconselhei isto a crianças: “Aquele que cuida do seu espírito foge de más ações, guarda-se de maltratar os outros, guarda-se de abusar dos outros, se empenha em fazer o bem aos outros. Aquele que se afasta de Deus se torna cada vez mais debilitado na sua alma, se animaliza mais e mais e se torna refém do mal que fez, até que este se torne um vício difícil de ser erradicado de sua forma de agir consigo mesmo e com os outros”.



Sempre é tempo de procurar vencer a infantilidade que graça em nós, enquanto não acolhemos com amor a cruz das responsabilidades do dia a dia não a vencemos.



O tempo adulto, em que a maturidade e a responsabilidade já dão seus frutos na pessoa, é tempo para a tomada de decisões para que perdurem e se mantenham sempre estáveis e equilibradas. É preciso vencer toda mimação, toda falha de educação limitada por pais que não tiveram boa formação, mesmo os que tiveram, é sempre um grande desafio formar uma pessoa. Ser uma pessoa próxima de ser um especialista em educação humana pode favorecer a que sejamos bem sucedidos nesta missão, mas há riscos de que esta empreitada possa dar resultados bem contrários àqueles que aspirávamos para nós e para os nossos.



É prerrequisito indispensável de um marido, para criar uma família a responsabilidade para cuidar das necessidades de seus filhos, que ele saiba cuidar de harmonizar sua família, cuidando de favorecer a autoridade da mãe sobre seus filhos, exercendo esta também para com seus filhos, amando-os de maneira exigente, num amor exigente.



O que é fácil e prazeroso, por vezes é venenoso a nossa existência, o que é estreito e penoso, aquilo que pode favorecer a nossa vida.



O mundo, bem do maligno, é um circo de horrores, feito para fascinar os ingênuos, e ignorantes, que por falta de formação e esperteza escolhem se entregar a este mundo de brilho, mas que de conteúdo nada tem senão um encanto criado para destruir e explorar.



Atrás daquele que é aparentemente horrível aos olhos, Cristo chagado e crucificado, se obtém Dele toda a vida, mas mais que para um milagre, uma pequena melhora, uma restauração sem precedentes acontece naquele que se abandona a Jesus, Nele se encontra o Pantocrator, o mais belo dos homens, a beleza que se encontra no coração e na alma, numa alma três vezes santa e pura, perfeita e divina.



O maligno é diferente, ele tem duas caras, parte do seu rosto é branco, a outra parte é negra, ele representa a dualidade, a falsidade, se transveste de anjo de luz, mas é pai das trevas, se transveste de santidade, mas seu interior e cheio de corrupção e perversidade, interesse e monstruosidade.



Interrogado sobre a subjetividade das verdades bíblicas por um conhecido na rua, eu disse: “Eu creio na verdade dos feitos de Jesus e de Deus, os que vivem fugindo da verdade não veem seus feitos, mas os que os experimentam os atestam como verídicos, é preciso que as pessoas revejam suas posições no que se tratam a respeito disto, creio que advém de uma influência racionalista e iluminista que subverteu até mesmo a formação teológica, que ainda não foi erradicada”.



É preciso rever a influência antropológica, que profanamente pensa em se imiscuir naquilo que não é de sua alçada, que por desejo de comodismo e alienação de uma reta moral, aspiram subverter os princípios cristãos. Por isto vemos tantos atentados a uma consciência pura e digna para formar nas pessoas uma consciência animalesca desde a infância, com base na escola e com respaldo legislativo, quase que passou, por 11 a 9, as PPPs de Ideologia de Gênero, brigaram no ano passado, não conseguiram, brigaram este ano e não conseguiram, mas não deixarão de fazê-lo.



Aos poderosos é muito interessante esta liberação, é uma alienação de outros direitos que as pessoas poderiam requerer, cito: diminuição dos juros e dos impostos sobre bens e serviços que poderiam favorecer maior acesso aos recursos alimentares e de outra ordem, políticas que favoreçam o desenvolvimento estudantil e profissional, habitacional, de saúde, segurança etc.



Vem tempo vai tempo e as prioridades da população não mudam, os poderosos lhe dão pão e circo e isto os satisfaz, mesmo que lhe falte todo o resto, o indispensável e o salutar.



Mons. Jonas Abib nos alertou na revista de julho que é tempo de plantar, a boa semente da Palavra de Deus. Ela tem, neste tempo presente, liberdade para ser semeada, felizmente em nosso país, na atualidade, mas se crê que num futuro as pessoas terão fome da Palavra de Deus e não poderão ter acesso a ela, por isto urge nos empenharmos em anunciá-la para que os frutos do Reino aconteçam no meio de nós.



Inquieto-me de desejo de levar a Boa Notícia, mas muitos têm olhos apenas para o passageiro, entesouram para esta vida e dela nada levarão para a eternidade, guardam-se de fazer o bem ao seu semelhante, enquanto poderiam levar para junto de Deus a riqueza de uma caridade praticada para com o necessitado, para que desse testemunho dele diante de Deus da misericórdia que demonstraram para com seus semelhantes.



O convívio social depende da fé em Cristo Jesus, no Espírito Santo que Cristo nos deu gerará em nós a unidade social, abandonados ao maligno não criaremos mais que divisões.



O convívio social depende da misericórdia, pois somos pecadores e miseráveis, é preciso agirmos com misericórdia para buscarmos viver mais e mais harmoniosamente com nossos irmãos e irmãs, que precisam, como nós, superar todas as suas misérias, para que possamos ter acolhidos diante de Deus nossas pessoas cheias de misérias. Se não perdoamos as misérias de nossos irmãos como haveremos de ser perdoados por Deus de nossas misérias? Ele que nos ama mesmo embora sejamos tão cheios de misérias. Como Ele nos perdoou devemos nos perdoar e nos acolher mutuamente, tratando de favorecer os irmãos ao invés de os ver como ameaças, enquanto nem mesmo sempre estão tão interessados em serem ameaças a nós.



Precisei de uma frase para testar programas de computador, elas apareceram mais e mais presentes tanto mais estrutura eu dava ao algoritmo, sem cessar ela apareceu diante de mim: “Se queres amor, dê amor”. No Sermão da Montanha Jesus disse algo similar.



Só o amor cura, restaura relações, a paciência que dele decorre espera o tempo devido para criar laços, refazer laços rompidos, estreitar relações, criar vínculos que de fato são estáveis, se são firmados em Deus.



Não criem falsas esperanças, não há relações perfeitas, não há pessoas perfeitas, o amor tem encrustrado em si a dimensão de misericórdia, sem a qual ele não pode se conservar. Ele, contudo é pleno quando é integral, ou seja, é misericordioso.



Sejam prudentes, não vivam como o muar que ao arreio submete seu ímpeto, eu não digo que sejais rebeldes, uma alma rebelde já é uma alma perdida, ela já é ganha pelo perdedor, vencido uma vez por Cristo Jesus; o que se torna submisso a Deus e à sua vontade constrói sua vida e sua casa na eternidade, adornada de pedras vivas de almas resgatadas pelo nosso testemunho de verdade de fé aos nossos companheiros de viagem nesta jornada da vida.



De um curso de teologia católica aprendi que a Igreja crê e professa sua fé em Jesus, a Igreja foi fundada sobre a verdade de Cristo e não sobre uma fábula. O testemunho de Cristo Jesus não se resume a Ele mesmo, mas também ao Pai, Ele fez certos sinais, mas pediu também ao Pai que o fizesse, obras que não iniciaram com a sua vinda, mas os precederam em muito tempo atrás pelos feitos de Deus ao seu povo escolhido.



Há pessoas dominadas pelo demônio que por não poderem rasgar a Bíblia, só podem semear a confusão na sua interpretação, querendo dissociar o que é histórico do que é teológico, pensam profanamente em dissociar verdades religiosas de realidade.



Destes falsos profetas o Senhor falou deles no seu tempo que viveu conosco, deles ele disse: “Serão declarados os menores no Reino dos céus aqueles que aprendem a fé e anunciam de modo contrário, mas os que aprendem corretamente e os testemunham coerentemente à verdade serão tidos como maiores no Reino dos céus”. Deus é verdade e não mentira, Deus é Deus e não homem para desdizer-se, é Deus e não homem para não mentir.



Se os planetas são estabelecidos no céu, foi porque Deus fixou seu alicerce pelas forças que Ele controla, que melhor que relógio elas funcionam perfeitamente. Aquele que quer se dar a uma construção deve favorecer que ela tenha um sólido alicerce, se vale de conhecimento, se funda em ideias tradicionais e confiáveis para construir uma edificação.



Aos que aprenderam a viver de modo a ter noção da vida e gerenciá-la com um mínimo de discernimento é escandaloso como o mundo quer cuidar das realidades da vida, banalizando-as, agredindo-as, humilhando-as, abusando delas, como se fosse um material que se usa e joga fora, se é útil deve ser abusada enquanto se pode, se se dura mais, se abusa mais, se não vale é desprezado, não me refiro às coisas, mas às pessoas. Com mais amor se acolhe as coisas que as pessoas. Não raro, se amam as coisas e se usam as pessoas.



Se não formos capazes de discernir em nossa consciência o que é verdade religiosa do que é fábula religiosa não teremos meios de anunciar: vivamente, corajosamente, resolutamente e embuidamente a fé, pois sempre poderemos ser desmentidos por aqueles que nós mesmos instruímos, porque dizemos que a fé existe na mente dos que a imaginaram e não que ela é fruto de atos históricos que comprovam a veracidade de Deus e de seu Cristo.



Ao idoso basta uma cadeira e um lugar tranquilo para tirar um cochilo, mas ao que pretende se formar na fé e anunciá-la, exige-se dele seriedade, maturidade, zelo e respeito para com as coisas sagradas, para que acolha com a devida consciência a importância e grandeza que a fé tem, o primeiro lugar em nossa vida, para que depois possa anunciar corretamente a fé, sem parte com o maligno, sem parte com a perversidade antropológica de homem cheios de pretensão, orgulho, soberba, arrogância, que pensam que, por terem suas estantes cheias de terra de crematório são as criaturas mais cheias de discernimento da face da terra.



Quando se ouve os que falam em nome de Deus, é Deus mesmo quem fala neles, se ouve a Deus e não homens e mulheres que recebem a glória uns dos outros, sem considerar que a glória é só de Deus e o benefício não deve ser reservado a eles, mas primeiramente aos que realmente carecem, sinal de verdadeira humanidade espiritual e teológica.



Quero terminar com a oração de São Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas, cujo seguidor mais ilustre da atualidade é o Papa Francisco, desta ordem rigorosa, que mais que os votos de pobreza, obediência e castidade, tem também o voto de obediência incondicional ao Papa, que os fez ir a todos os lugares da terra e prestarem um inestimável serviço de evangelização no mundo.



Oração de São Inácio de Loyola



Tomai. Senhor, e recebei toda a minha liberdade e a minha memória também. O meu entendimento e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo vós me destes com amor. Todos os dons que me destes com gratidão Vos devolvo. Disponde deles, Senhor, segundo a Vossa vontade. Dai-me somente o Vosso amor. Vossa graça. Isto me basta, nada mais quero pedir.



Isaías 61,11 – “Porque, quão certo o sol faz germinar seus grãos e um jardim faz brotar suas sementes, o Senhor Deus fará germinar a justiça e a glória diante de todas as nações”.



Ad maiorem Dei gloriam.



Adriano

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