terça-feira, 9 de abril de 2013

Minhas ovelhas me ouvem e me seguem

Caríssimos em Deus Pai


Ano da fé instituído pelo Papa Bento XVI, tempo apropriado para avaliar a nossa fé, considerarmos as razões de nossa fé para as testemunharmos diante das pessoas.


Obediência a Cristo Jesus é acolher a fé como crianças, pois Ele disse que quem não acolhesse o Reino dos céus como uma criança, nele não entraria.


Vi muitas palestras que, por ter certa repugnância pela palavra mistério, acabei por ganhar certa simpatia, acabaram por introduzir esta palavra ao meu dicionário pela constante vomitação dela.


Minha simpatia foi alcançada por ver que o reconhecimento do mistério de Deus é reconhecer a fé, é reconhecer aquilo que não é visto diante dos olhos, é ver um palmo além do próprio rosto, lançando assim luz à existência presente e a esperança da eternidade para os tementes a Deus e os que O servem sempre mais na santidade.



Na Folhinha do Sagrado Coração de Jesus um pensador religioso já esclarece o significado da palavra mistério, não é uma barreira intransponível, mas um oceano onde a mente pode navegar. Minha resistência se dava porque eu a compreendia como um obstáculo intransponível e entendia isto dos discursos que me eram direcionados.


Ano da fé, tempo de avaliarmos se temos fé verdadeira, que não a soma de um montante muito grande de dúvidas adultas, mas a simplicidade da fé das crianças, que tem por fundamento a Palavra de Jesus, que tem propriedade e poder para falar do que é terreno até o mistério do céu que Ele fez conhecido, porque nos falou do porvir.



É tempo de avaliar nosso dicionário teológico para coaduná-lo à verdade e a correta consciência teológica para um discurso sempre mais útil a si mesmo e ao mundo, pois nós devemos ser sinal de contradição no mundo, enquanto ele oferece drogas aos seus semelhantes, somos chamados a oferecer-lhes: vida e esperança, paz e amor e não seguir o exemplo deles por qualquer interesse sórdido infernal.


O que não serve a Deus serve ao demônio, o que não angaria riquezas para o céu angaria riquezas para o inferno. Os bens terrestres do demônio são tentadores, mas devemos renunciar em nome dos bens eternos e verdadeiros. Deus mesmo nos promete que nossa vida presente há de ser abençoada se fizermos sua vontade (Mt 11,6), por isto creio que não cabe edificarmos em nossa pessoa um contratestemunho teológico.


Minhas ovelhas ouvem minha voz e me seguem disse Jesus, nisto consideramos os que são verdadeiros discípulos do mestre Jesus, daqueles que se empenham em conhecer a Deus e seguir seus ensinamentos gerando unidade e vida. Os que não ouvem a voz do Pastor e não lhe são obedientes como no primeiro caso geram divisão e morte.


O demônio pode até mostrar humildade, mas ele não pode ser obediente a Deus, é importante conhecer o demônio para ver o exemplo que nós seguimos na vida, se o seguimos ou não.


Pe. Joãozinho disse, na Canção Nova, algo muito significativo, espero ser completo nesta minha expressão, pois creio que falei isto de modo incompleto o que ele disse.


Ele disse: “Como diz a Escritura Sagrada, feliz aquele que enche sua aljava de flechas, aquele que ajunta a juventude consigo, há de ter um futuro próspero. Não se pega a flecha para atirá-la com a mão, assim como não se joga filho no mundo. Se põe a flecha no arco da família, da tensão para se formar um cidadão decente, da atenção, mas não se mantém ela para sempre no arco, porque um(a) filho(a) é feito para seguir seu caminho após a sua preparação. É importante orientá-lo adequadamente para que alcance um bom alvo, a profissão”.



Parecem que nem todos são despertados para as belezas dos discursos teológicos, creio que assim acontece por falta de experiência, pois quando nós experimentamos creio que chegamos a ver a graça deles.


Mas, mesmo entre os fascinados, tenho algo triste a dizer, ouvimos muitas coisas boas, mas os discursos parece que tem dificuldade de se tornar vida na vida das pessoas, às virtudes são orientadas as pessoas, mas transformar para melhor as pessoas não parece prioridade, embora isto seja o importante. Se no Antigo Testamento Baal era venerado, é contra os templos do egoísmo que precisamos extirpar no nosso meio para agradarmos a Deus (Mt 11,20-24).


Devem aspirar aos bens da vida: os maduros, os adultos, os que tem fé de criança, aqueles a quem a fé toca o sentido do altruísmo para o bem dos outros porque o amor nos leva a pensar na felicidade dos outros antes da nossa felicidade, que nossa felicidade seja a felicidade dos outros.


Assisti ao filme de Irmã Faustina, falando sobre a devoção à Divina Misericórdia, última tábua de salvação da humanidade. Atentei detidamente a páscoa de Irmã Faustina, sua aceitação de tudo que fosse segundo o plano de Deus, aceitando morrer da maneira que Deus quisesse. Assim também devemos ser, aceitar a vontade de Deus, porque Ele cuida de nós (II Re 6,16-17). Devemos tomar nossas adversidades e oferecer a Ele pela salvação do mundo.


Modelo de serviço é Jesus, Ele foi obediente até a morte e morte de cruz por isto Ele é chamado Senhor, a Ressurreição de Jesus é sinal de incentivo para que nós, após nossa páscoa na vida possamos alcançar a ressurreição no serviço de amor da edificação dos nossos irmãos na fé e na vida.


Ela dormia bem, mas eu me preocuparia com a alimentação dela, pois ela deixava de se alimentar, para estar bem para o trabalho, sono e alimentação se fazem necessários.


Outra coisa bela que eu gostaria de dizer para concluir esta mensagem é que Deus escolheu irmã Faustina, amou a Polônia e disse que dela haveria de surgir uma mensagem que conduziria o mundo segundo a vontade de Deus, desconheço inteiramente a devoção a Misericórdia Divina, mas quero conhecer mais. Mas, o que mais me chamou a atenção foi que Deus escolheu irmã Faustina e ela disse: “Não tenho sequer a mente dos pensadores, eu só tenho um coração”. É nas pessoas humildes que Deus se manifesta (Mt 10,20).
 

Abraço da paz do Senhor

Adriano

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