segunda-feira, 1 de abril de 2013

Aquele que é

Caríssimos no Senhor

Assisti, entre lágrimas, o filme Paixão de Cristo, não foi nada pernoitar para assisti-lo, com prazer acompanho as dores de Jesus Cristo para ver a alegria da sua Ressurreição. Obtive este filme, mas este tempo é propício para meditar a sua Paixão.

No meio de tantos sofrimentos Ele estava no alto de sua glória, abraçou a cruz com amor. Sua mãe achegou-se perto Dele e Ele disse uma frase que me estremeceu: “Eis que eu renovo todas as coisas”.

Eu avaliei minha vida e queria ver o que Ele: me renovou, me estava renovando, me poderia renovar no futuro.

Chegado a Igreja eu vi o esquife de Cristo morto, para melhor representar e podermos refletir sobre sua morte, puseram, como de costume, um boneco para que pudéssemos ter a sensação de estarmos velando por Ele.

Achei inicialmente que pudesse ser uma idolatria, mas depois que eu pude pôr minha mão sobre ele vi que era um momento de fazer uma boa oração e orei assim no meu interior, após ter posto minha mão sobre seus pés foi para que meus pés me pudessem levar onde levariam seus pés, pus minha mão em seu coração e pedi que meu coração fosse como o Dele; só não pude pôr a mão sobre sua mente, mas pedi que minha mente pense o que Ele pensaria.

Sempre fui interessado de ver filmes onde injustiças eram cometidas, onde heróis se elevavam para livrar os injustiçados. Uma frase me marcou destes filmes: “Até um cão se defende”.

Embora seja um instinto natural, a autodefesa, nossa maneira de reagir à vida e o que ela nos apresenta, do meio em que vivemos: nem sempre não evoluído, nem sempre tão evangelizado, é necessário que nós tenhamos uma reflexão muito mais humana e divina para superarmos todas as nossas dificuldades.

Jesus se entregou por inteiro para nossa salvação, mas a humanidade o rejeitou, este é o exemplo Dele para nós, o caminho que Ele nos direciona, o caminho do amor à cruz, caminho de verdadeira salvação.

É preciso que eduquemos o meio que nos rodeia na fé em Deus, é assim que faremos com que os arrogantes sem causa possam se orgulhar de algo verdadeiramente: nobre e amável, correto e honesto, santo e perfeito.

Um filme que assisti e mostra a realidade da vida para melhor denota algo que quis não dizer, mas para marcar e denotar zelo pelo nosso próximo decidi tratar aqui. No filme da Saga Molusco, a amiga da Bella vê a foto de um aproveitador dela e se lembra do momento de “amor” que teve com ele e lhe disse: “Nosso momento de amor valeu por muito, ainda voltarei a andar de bicicleta”. Quem ama o seu próximo edifica o templo do seu corpo e do seu espírito e não o destrói de nenhuma forma.

Só haveremos de ser quando Cristo se fizer em nós, pois Ele é, ao passo que nós vivemos, não raro na mentira, pois a verdade é que nos liberta, a mentira parece liberdade, mas é escravidão que frustra, aborrece e esvazia. É Deus que enche nosso vazio e não as drogas que o mundo proclama como ideal de vida, o que está sob o poder do maligno.

Viver, trabalhar, ganhar a vida é bênção que todos podem aspirar: é divino, correto, natural, desde que vise o que é essencial, não vivemos para o dinheiro, mas para nossa própria edificação e dos que nos rodeiam, os mais próximos e até os mais distantes.

O CIC, Catecismo da Igreja Católica, como conselho da Igreja aos seus fiéis adverte: “Aquilo que nos sobra pertence aos pobres”.

Aprendi de família que a fome é algo muito triste, por isto deveríamos evitar de deixar que passe por nós alguém, sem atendê-lo quando ele nos pede algo de comer.

A Palavra de Deus nos orienta: “Aquele que tem pouco dê de bom coração, ao que tem mais dê o que está ao alcance de suas posses”.

Creio que a obra mais nobre que podemos deixar nesta existência terrena é a edificação do ser humano, quer seja o que faz parte de nossa própria carne como nossos irmãos pela fé, são do próprio Espírito.

Maria, que nos presenteou com a Salvação, aceitou o plano de Deus para a Salvação do mundo, disse, no filme de Mel Gibson: “Carne de minha carne, coração do meu coração...”.

O mundo erra quando fala do que é grande e nobre, errando a meta, até mesmo os que são de Deus parecem do mundo, influenciados pelo capetalismo (Jo 16,20).

Da passagem acima penso que deveríamos mais, como a exemplo do sentimento franciscano e jesuíta do nosso atual Papa Francisco I, considerar mais as necessidades dos necessitados e marginalizados da sociedade.

Deveríamos fazer as pazes com Deus, deveríamos fazer as pazes com a Igreja de Deus. Pensei comigo mesmo. O nome de Jesus empenha o nome da Igreja Católica. A influência de Jesus é algo dignificante e humanizador no ser humano.

Enquanto o ser humano vive afastado de Jesus e também da Igreja que é instrumento que nos conduz a Deus, ele perde a noção de pecado, de mal, concebendo como normal atitudes que seriam repudiadas por uma pessoa com uma consciência e um sentimento espiritual mais sensível e apurado; esta pessoa se perde e perde as outras, luta por encontrar felicidade nas coisas, mas acha apenas tênues consolos em pequeninas coisas.

A Palavra de Deus nos ensina e eu fui confrontado a esta frase magnífica que me passou despercebida, que é muito significativa: “A felicidade está em ti, ó Deus, em ti há uma fonte abundante de felicidade”.

A Palavra de Deus nos purifica, nos faz autênticos cristãos, Ele nos enviou sua Palavra e fez a Igreja missionária para anunciar a sua Palavra Salvívica; é ouvindo a Palavra de Deus que o ser humano edifica sua casa sobre a rocha. Sobrevindo sobre ela ventos e tempestades ela permanece firme, porque foi edificada sobre a rocha. Diferentemente dos que não ouvem a Palavra de Deus, edificaram sua casa na areia, vieram as intempéries e grande foi a ruína daquela casa.

Tudo que tem um início tem um fim. Lembra-te de teu fim, não te negues um dia feliz (Col 3,1-17), ama teu próximo como Cristo nos exorta no seu mandamento do amor. Eu vos chamo amigos e não servos, pois vos dou a conhecer tudo o que o Pai me diz, vos chamo amigos porque fazeis o que vos mando. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por amor dos seus irmãos (Jo 15,12-17).

Abraço da verdadeira paz e felicidade e feliz Páscoa

Adriano

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