quinta-feira, 14 de junho de 2012

O Templo de Deus

Caríssimos no Senhor

O Templo de Deus sois vós mesmos onde Deus habita, bem-aventurado o que zela por este Templo, infeliz aquele que o profana e destrói.

Toda palavra de amor, todo gesto de carinho é meio de zelar pelo Templo de Deus que é o próximo, o irmão, a irmã, mas aquele que age: com ódio, com inveja, com má querência avilta a estrutura deste Templo.

Considerei há pouco tempo atrás que temerário é todo aquele que não anda na sabedoria de Deus sinceramente.

O fruto do temor a Deus é santificação, algo tão necessário nestes tempos atuais, onde o ser humano está tão desumanizado e sem este temor.

Uma mulher premiada por seus trabalhos nos paredões assina junto ao seu nome ANARQUIA.

Creio que já vivemos bastante desordem pelas pessoas que vivem sem conselho e nem mesmo a si mesmo se aconselham. Fazem ainda pior, acolhem como conselho a insanidade dos falsos valores deste tempo presente.

Tenho assistido Mazaropi na TV, aos domingos, em um episódio ele vivia o drama de ser um pai religioso e cristão para pôr decência em meio aos jovens daquele tempo, que se acreditava que estavam se perdendo. Diziam seus irmãos de fé que o exemplo deve partir de casa, e nem mesmo a casa dele ele foi capaz de moralizar. Em outro episódio mais recente ele faz o papel de um pai conservador que vê com maus olhos a filha seguir a carreira de bailarina, mas incentivado por outros pais que veem com nobreza esta dança, que reconheciam que era um grupo de jovens das melhores famílias, cedeu para que ela continuasse em seu caminho.

Como está a dança hoje? Os jovens, mais que em tempos passados, estão se perdendo e aqueles que querem fazer algo para corrigir esta situação são repreendidos pela sociedade; melhor seguir o exemplo de deixar tudo muito solto para se ter de remediar depois. Há um ditado que diz, que vale para várias áreas da vida: “Aquele que não previne remedeia”. É bem melhor prevenir. A fé nos faz mais senhores de nossa própria vida, mais no timão de nossa existência terrena e eterna, nos faz mais prudentes que insanos conforme é a mentalidade moderna, inconsequente e irresponsável, leviana e pesada.

Não é porque é dia dos namorados que eu preciso ter namorado, não é porque é dia da árvore que eu preciso abraçar uma árvore. Nós devemos viver uma vida equilibrada para não sermos pesados a ninguém, para pormos o peso de nossa responsabilidade sobre nossos próprios ombros. Não é porque o mundo manda nós pormos nosso nariz na sujeira que nós, sem consciência e sem iniciativa própria, devemos fazê-lo.

Houve uma convergência cósmica em minha vida quando eu era criança, eu estava ajoelhado, uma criança estava de costas e eu fiz a bobeira de querer cheirar o traseiro dela, imagino que foi uma convergência cósmica ou a situação ali estava feia. Quase me intoxiquei, saí tossindo. Não sei se minha ciência é bastante amadurecida, mas tanto homens como mulheres não têm ali uma fonte de perfumes, mas há quem publicamente e até aparecem nas redes sociais que pensam assim, pois imaginam que encontraram o traseiro da beleza e querem averiguar de muito perto, a uma distância perigosa; vale viver realmente, ter experiência de vida para discernir bem aquilo que é bom do que não é.

Convém pôr este parágrafo aqui, logo abaixo do anterior, para falar do amor moderno, que é um cientificismo empírico, uma pouca vergonha e uma indecência. A Palavra de Deus diz: “Livra-me Senhor de uma alma sem pejo e sem pudor”. Pejo é sinônimo de pudor, também pode ser substituído por ser vergonha. Recomendei algo sobre o amor e recomendo aqui a todos, o amor deve ser como uma vela cuja chama perdura na sua iluminação e não como uma fornalha que rápido devora todo combustível que é lançado nela.

Um pensamento me vem forte a mente: “É na responsabilidade que se distingue os homens dos meninos, os adultos das crianças”. Sinônimo de vida hoje é não querer nada com a responsabilidade, terceirizá-la ou delega a outros. A Folhinha do Sagrado Coração de Jesus traz um pensamento de um sábio dentre tantos que já li na mesma e diz: “Por mais que queiramos fugir da vida, com o tempo ela faz de nós aquilo pelo qual nós fomos feitos para fazer”.

Neste tempo atual soa como ironia que o lema das pessoas seja: “Fino no úrtimo”, parafraseando o famoso: “Chique no úrtimo”. É normal as pessoas se referirem às outras com nomes pejorativos e ofensivos e tudo corre naturalmente, já é costume. Professores, desconhecedores do Catecismo Católico que ensina a prezar pelo nome dos outros, apelidam pejorativamente, um ou mais que eles pegam para Cristo, talvez pensando: “Estou preparando-os para a vida atual”.

Fui interpelado recentemente (bem vestido e com traje de frio) sobre o Bulling presente nas escolas mais renomadas, que se dirá das escolas onde há um povo mais humilde? Pensa-se em cumprimentar alguém e se lhe toma um coice, metaforicamente falando. O padre Léo já dizia que o piercing é sinal de que a pessoa está ferrada, quero dizer: como um animal que recebe ferradura. Belo é piercing de Jesus que, pregado na cruz, morreu, deste tipo de morte, por amor à humanidade, para que, se for para ser furado, que seja para o bem da humanidade, para o bem da fé do mundo e por consequência sua salvação, que deriva também das obras de santidade decorrentes da fé.

Hoje pensei que o conhecimento antropológico não pode ser pesado na mesma balança que se pesa: Deus, a fé e a influência de Deus.

A Palavra de Deus ensina: “Quem é aquele que acrescenta pensamentos vazios de conhecimento aos meus, diz o Senhor”.

Quando o ser humano se pensa capaz de ser sem Deus, ele se acha independente, capaz de resolver todos os seus problemas por conta de sua cega soberba.

Tanto a TV Canção Nova quanto a TV Século 21 estão disponíveis na Internet para serem vistas, descobri, há pouco, que posso assistir também a TV Século 21. Com boa qualidade de sinal em ambos os canais.

Assisti, na TV Canção Nova, há alguns dias atrás, que uma senhora humilde conversava com um cientista que lhe disse que não podia dissociar a inocência das pessoas a sua crença em Deus, por isto ele não cria em Deus.

É uma questão que pensei durante longos anos de minha vida, durante todas as minhas reflexões, era preciso que eu justificasse a minha fé primeiramente diante de mim para podê-la anunciar às outras pessoas.

Em minha infância era uma questão dificílima para que eu pudesse dar uma boa resposta, justificar a minha fé como é missão de todo cristão, não só justificar, mas fazer discípulos para o Senhor, porque somos chamados a ser luz no mundo e quem está em Deus está na luz.

Refleti que a simples questão de eu existir já é prova de que Deus existe, pois sou obra de Deus, juntamente com toda a criação, o mundo microscópico e molecular, o mundo cósmico infinito dão testemunho daquele que os criou. A ordem das coisas remete a uma consciência superior. Aprendi, de ouvir os sábios: “Atribuir à criação do universo ao acaso é dizer que da explosão de uma tipografia se gerou um dicionário”.

O que os sabe-tudos têm a concluir ou a dizer concretamente da criação do ser humano e de tudo o que foi criado? Sabem eles tudo ou só sondam mesmo o que existe?

Li na Folhinha do Sagrado Coração de Jesus algo que me marcou: “O mais insuportável dos orgulhosos é aquele que pensa saber tudo”.

Gerações e gerações exaltam as maravilhas de Deus e a sociedade se ergue gloriosamente sob a sombra de Deus e de sua Igreja.

Surge um alguém caído de pára-quedas, alguém com menos de cem anos e com seus poucos argumentos pensa ser mais sábios de todos os crentes em Deus que o precederam e que tiveram, não raro, um nome mais excelso do que ele em várias áreas (mesmo na ciência), que ultrapassa e muito o seu tempo, queria saber se o mesmo se dará com este.

Creio estar saindo do tema escolhido para discorrer; quisera eu falar dos ídolos que escolhemos para nós uma vez que o inimigo gosta de nos fazer meditar sobre algo diverso de Deus e do seu Cristo, para nos alienar da salvação que ele nos quer dar, pois eles pensam em externar os sentimentos que têm por nós.

Quem não escolhe seguir a Deus haverá de edificar outro ídolo pelo qual seguir, que o desvirtuará; nada é tão perfeito como Deus, nada é salvador como Deus é, criador e adequado para nos conduzir, Ele que nos fez, a cegueira e a pretensão do ser humano o fazem pensar que podem ser sem Deus, enquanto que na verdade ele vai se perdendo e perdendo, se afundando e afundando.

No dia santo pensamos em Deus e o dedicamos a Deus, buscamos santifica-lo como deveria ser, mas os outros dias nós estamos livres para pensar em nossos próprios interesses.

Penso que se eu me dedicasse mais a Deus para servi-lo mais integralmente, faria de cada dia meu, um dia santo, dia para pensar mais em Deus e anuncia-lo.

Erro por não me dedicar, em outros dias, em pensar em outras coisas; dedico-me aos meus ídolos anticristãos, antiteológicos?

É forte esta imagem de um livro do Antigo Testamento da Bíblia, que muito prezo, que diz de quando a Arca da Aliança de Deus foi posta dentro de um templo idólatra, passou a noite e seus sacerdotes viram seu ídolo e ele estava deitado na direção da Arca da Aliança, o endireitaram e veio a noite e um novo dia, foram ao ídolo e ele estava despedaçado, parte dele junto à porta.

A impiedade é algo que nós estamos constantemente tentados a ceder, no princípio do cristianismo o maligno quis acabar com o cristianismo por meio do martírio dos santos, mas isto resultou em um aumento do cristianismo, ele, portanto adotou outra técnica, de semear o erro na filosofia teológica dos cristãos.

Deus nos vai julgar, sobretudo se estamos vivendo sob a lei do amor que Ele nos ordenou, mais que quaisquer outros detalhes da fé, sobretudo aqueles que nem mesmo são tão congruentes com a verdade para que se possam afirmar.

Aconselhei e aconselho a que desejemos um duplo bem aos que nos querem bem e também queiramos bem aos que nos quer mal, isto é um procedimento que agrada a Deus, porque Deus quer o bem de todos e a Ele agrada especialmente o benefício feito àqueles que, por um motivo ou outro, acabam por se tornar nossos desafetos. É atitude santa e digna de valor mostrar boa querência aos outros, me refiro aos mais difíceis de lidar.

Possessão, ignorância e insensatez são algo que sempre existiu e existirá, há sempre uma ilha no meio de nós que não chegou à luz da vida, que vive nas trevas, que exigirá muito tempo, talvez a vida inteira para ver a luz de Deus, conhecer o amor de Deus e partilha-la com os outros.

Não devemos julgar os ímpios justos, cada um tem suas dificuldades, todos podem pecar, aos ímpios é imperdoável o pecado. Nem sempre podemos corresponder às aspirações dos outros, pelas mais diversas razões, eu não estou dizendo de ser estúpido, pois isto é ignorância, não é um papel de alguém que ser: culto, sábio, cheio de Deus, mas até mesmo este pecado nós devemos perdoar.

Jesus ensinou, em sua Palavra, que as pessoas reparam no cisco que há no olho do seu irmão enquanto não consideram a trave que têm nos olhos, ele disse: “Hipócritas, tirem primeiro a trave dos seus olhos para que, vendo corretamente, possais tirar o cisco que há nos olhos do seu irmão”.

Tanto já lutei contra os ídolos que eu admiro, mas ainda não me desfiz deles, sua imitação me faz mais saudável, favorece até mesmo maior interação social, me põe mais a salvo de pequenos perigos. Um orientalismo que comprova que o cordeiro e o lobo em nós devem estar presentes e não somente o cordeiro.

Na minha última mensagem eu falei do Cordeiro e de mansidão, mas quando Jesus encontrou no Templo e viu os mercadores dentro dele vendendo, ele transfigurou-se, fez um chicote de cordas e pôs todos para correr e disse: “Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio, ela é casa de oração, é chegada a hora da renovação de Israel”.

A renovação de Jesus foi muito além do seu povo, o mundo inteiro foi renovado por Ele, pois sua promessa é para os que acolhem a sua Palavra, para os que amam a sua vinda.

Fiz este rodeio para dizer que nem mesmo Cristo foi de todo passivo, a verdade era dita quando ela prometia coisas boas às pessoas, com mansidão, e com autoridade e severidade para os que se distanciavam da vontade de Deus agindo contra o amor devido ao seu próximo.

Vivemos uma carência de modelos, de exemplos, podemos citar a Cristo, podemos considerar a influência dos profetas que precederam Cristo, os santos, mas a verdade é que nos desesperamos ante as situações que não sabemos como agir. Recomendo a todos e também penso em refletir assim, de antes pensar em fazer qualquer coisa antes de agir, ser rápido no amor e tardo no irar, porque a ira não cumpre a vontade de Deus como ensina São Tiago, na Bíblia.

Somos provados qual ouro, mas sob as mais duras provas devemos mostrar que somos feitos de ouro, a nossa meta seja o céu, que queiramos nosso coração junto de Deus, nos gloriemos de que nossos nomes estejam escritos no céu a que os espíritos nos sejam submissos.

Não se pode fazer tornar mais pobre, os já pobres e sim enriquecê-los, somos irmãos a caminho do Pai do amor e da misericórdia, que Deus possa olhar com bons olhos para nossa miséria, e nós, que somos carne, possamos perdoar nossos irmãos se tivermos alguma queixa de alguém, que possamos nos esforçar para que não sejamos pesados a ninguém e, sobretudo insuportáveis.

Maria foi mulher a quem Deus se agradava, escolheu-a para ser mãe do Salvador, ela disse: "Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações... Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem." (Lc 1,46b-50).

No Pai-Nosso rezamos: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal, amém".

Uma criança interpretou errada esta oração e eu preciso esclarecê-la, ela rezava: “Livra-nos do mala man”, do inglês para o português, homem mala”. Deste nós não devemos querer nos ver livres, mas: acolhe-lo, amá-lo e edificá-lo como a Cristo no pobre.

Abraço fraterno

Adriano

Nenhum comentário:

Postar um comentário