segunda-feira, 19 de maio de 2014

Os associados do AMEM e do AHEM



Caríssimos no Senhor Deus
 

Um vídeo que me marcou recentemente é este: Vou Confiar

Este termo eu ouvi das proveitosas reflexões teológicas bem humoradas de Pe. Léo, nosso saudoso, que nos deixou um legado e uma riqueza para a Igreja Católica e para o nosso Brasil, sem igual, os sítios de Bethania e seu serviço pioneiro no tratamento dos dependentes químicos.

Foi marcante e tocante para mim ver o testemunho de um moço que chegou lá com todos os efeitos destrutivos possíveis advindos de uma vida de drogadição, mas ele disse que o problema dele não era a droga, mas a falta de amor, de afeto que ele pôde experimentar em meio aos recuperandos e os consagrados, mesmo religiosos, que proporcionaram uma experiência, creio que de uma família estruturada a ele e o fez restabelecer-se de seu antigo estado. Há um ponto fundamental que ele citou: “Toda recuperação tem como base a pessoa de Jesus”.

É necessário disciplinar, mais que dar afeto para alguém que teve relacionamentos pessoais conturbados, com pessoas que mais a feriram na personalidade, quando não fisicamente e moralmente. É maior o efeito benéfico na pessoa que o maléfico se é mais iterado, corações distantes gritam entre si, pois não se ouvem, mas o amor faz com que, mesmo o sussurro, seja ouvido entre os que se amam.

Deus me deu uma palavra reconfortante na busca de me estabelecer com uma consciência estruturada e verdadeiramente teolótica, Ele me falou por locução interior: “Aquele que atesta a verdade é verdadeiro em suas admoestações, e o que atesta é maior e mais importante do que aqueles que a contestam”. É princípio cristão guardar o múnus da fé sem nada acrescentar ou tirar nada dele, é difícil crer que ideologias contraditórias sejam autêntica manifestação de Deus nisto, parecem pretextos de brechas para se por em descrédito: Deus, sua Palavra e a fé (Is 12,1-6).

Buscando me aprofundar no conhecimento da fé católica aprendi algo salutar que gostaria de partilhar convosco para favorecer a vocês que querem sempre mais solidificar e fortalecer a vossa fé, aprendi de um curso da Sagrada Escritura do Prof. Felipe Aquino, ele, com base nos pronunciamentos da Igreja afirmou que a Igreja Universal, a Igreja fundada por Cristo, a Igreja Católica crê como históricos os fatos narrados no Evangelho. Não há dicotomia entre Jesus humano e Jesus Deus, crer em Jesus apenas humano é crer em alguém incapaz de salvar a humanidade. Aquele que se nega a crer e anunciar isto, sendo católico, pende até a completa plenitude a ser um herege.

O cristão não é alguém que só deve focar seus discursos e pensamentos para o anúncio da fé, mas também para a denúncia daquilo que precisa ser repreendido, aprendi isto da folhinha do Sagrado Coração, que muitos pendem para o anúncio da fé, mas não querem denunciar o mal para que ele seja convertido em bem; a Igreja é lugar adequado para a conversão, nosso aperfeiçoamento pessoal e nossa santificação como é da vontade de Deus.

AMEM é uma sigla e significa Associação das Mulheres Encalhadas Mesmo, penso que poderia haver uma variação também, o AHEM: Associação dos Homens Encalhados Mesmo.

Esta mensagem eu pretendo traçar parâmetros que proporcionem paradgmas que favoreçam a que as pessoas se incluam fora destes grupos, pois não nascemos para sermos encalhados, mas para amarmos em plenitude, desde o Antigo Testamento e inclui o Novo Testamento, o mandamento do amor a Deus e ao próximo é premissa e preceito conhecido dos povos de origem judaico-cristã.

Amor pode ser compreendido como caridade e fraternidade, respeito e compromisso, cruz, castidade e santidade.

Vocês poderiam me perguntar: “É acaso proibido viver a vocação do matrimônio, com todas as suas dimensões particulares?”. Digo-vos que os profetas e apóstolos são unânimes em dizer que é um direito legítimo e um caminho de santificação, mas segundo São Paulo e a ação do Espírito Santo que o inspirava a se expressar, ele nos disse e diz: “O que se casa faz bem, mas o que não casa faz um bem ainda maior, por dedicar sua vida ao servido de Deus”.

O desvio do caminho do casamento, o Caminho do Senhor que conduz neste caminho vocacional não deve ser pretexto para uma vida dissoluta, esta é a pior escolha que uma pessoa pode fazer, pois uma pessoa não foi feita para ser usada, mas para ser: amada, querida, protegida, ajudada, amparada etc.

A maturidade e mesmo a fé, que é fundamento da maturidade de Cristo, é pré-requisito indispensável para bem conduzir a labuta e a responsabilidade que pais e mães herdão de sua escolha por decidir-se a formar uma família.

Sabemos que uma casa não se sustenta por muito tempo se ela não tem um sólido alicerce, por isto recomendo que vos dediqueis com apreço a buscar a Deus no estudo da Palavra de Deus, na oração, no jejum, na escuta da Palavra de Deus que acontece em nosso interior e, sobretudo o compromisso de viver segundo seu ensinamento, porque se ele vos faltar será como se não levasses o necessário para um ambiente de prova em que se exigem tais ferramentas, poderia até falar de arma, pois no campo espiritual travamos batalha contra o maligno para triufarmos no caminho da virtude e da caridade, da misericórdia e da santidade.

Alguém me pergunta se eu estou firme como um prego na areia, respondo: “Estou firme como um prego pregado no Cristo, como alguém que construiu sua casa sobre a rocha que é Deus”.

As vulgaridades do mundo acabam por incentivar nas pessoas o que é próprio do que o mundo proporcionar. É preciso que sejamos incansáveis e por amor e já não por interesse como é do interesse do mundo, semear a fé que visa à vida, ao bem e ao progresso do próximo.

Embuidos da fé nós iremos aconselhar nossos irmãos a construir seu futuro e não se perder em vaidades, achando que eles são a finalidade da vida humana, é muito mais que isto, é o céu, é o progresso na vida, é nossa satisfação pessoal, nossa realização profissional.

O encalhamento acontece quando não aprendemos o que é sermos educados, amarmos os outros com amor de amizade, de fraternidade. Quando não somos capazes de ver a necessidade do ser que dizemos amar como nossa necessidade. A Palavra nos ensina bem: “Ninguém faz mal a si mesmo, antes se trata bem a fim de promover-se”, é proximo disto que ela fala; ela fala com a intenção de dizer que quando vemos o outro como parte de nós, nós não somos capazes de agir contra este alguém.

Assisti ao filme Discurso do Rei de novo, o Rei proclamado era um filho cheio de limitações, maltratado desde sua infância, cheio de entraves, mas graças a um ousado terapêuta foi capaz de superar suas dificuldades.

Acaso não temos nossas dificuldades? Onde está a generosidade? Digo primeiro na Igreja que é lugar privilegiado para a vivência da misericórdia, do perdão e da reconciliação. Somos capazes de relevar pequenas e grandes coisas que sofremos da parte dos nossos irmãos e irmãs, quer se arrependam ou não? Quer tenham agido com má intenção ou por limitações próprias? (Lc 6,22-23.26).

Errar é humano, perdoar é divino. É preciso que todos nós nos esforçemos para superar todas as nossas cadeias para servir da melhor maneira possível nossos irmãos e conviver com eles da melhor maneira possível.

Errar é possível, mas devemos ter a grandeza de nos retratar ante o mal que causamos aos outros, para a busca de uma maior harmonia entre irmãos em Deus Pai.

Se não puderes agir, depois de analisado bem as possibilidades, oriento-vos que oreis pelos que vos fizeram mal, ou mesmo aqueles que tu prejudicaste, de maneira consciente ou inconsciente.

Se soubessemos o agrado que faríamos por acolher nossos irmãos nas suas faltas para conosco e por saber que Deus nos perdoa de nossas próprias faltas à medida que os perdoamos, estaríamos em grande graça diante de Deus, até mesmo o perdão dado aos nossos irmãos seria uma fonte enorme de libertação e de engrandecimento de virtude em nós.

Quem não busca a virtude da fé haverá de atolar-se no lodo do encalhamento; o amor de Deus também nós deveríamos buscar, pois Ele é indispensável à nossa vida e nossa existência, à nossa alma e nossa salvação, crescer na virtude é não ficarmos encalhados sem o amor de Deus.

Eu ouvi dizer que Wal Disney, desde muitos anos atrás diante da situação do divórcio e das famílias estarem desunidas, incentiva de modo velado e até mesmo claramente que não deveria mostrar famílias unidas, o tio Donald tem seus sobrinhos, Miquey Mouse não tem filhos com a Minie. O pateta tem um filho, mas não se vê sua esposa. Dado o quadro da sociedade daquele tempo ele inpirou-se a mostrar a família como ela é, penso que até certo ponto sugerindo, se não me engane, que as coisas deveríam ser assim.

Ouve um conselho à Minie que sonhava com o amor e o conselho foi assim: “Quer amor, compre um cachorro”. A Minie fazia fantasias sobre o que seria o amor.

O amor que conduz a família e ao casamento exige do casal muita maturidade e responsabilidade, que no passado e até hoje advém da fé em Deus e no seu Cristo, numa vivência comprometida com a fé; num mundo que vai se esvaindo de suas virtudes penso que as pessoas se encontram sempre menos em condição de assumir esta responsabilidade, mais que um direito.

Quem vive a fé em Jesus Cristo vê a necessidade de viver a caridade para com o próximo, na necessidade de tratar com um próximo mais próximo ele já tem experiência por ter feito repetidas vezes a caridade para com outros.

Jesus disse: “Quem não está comigo está contra mim, quem não ajunta comigo espalha”.

O Espírito Santo agindo em nós é fator que favorece a que sejamos unidos, mas aquele que despreza a Deus e sua ação há de viver na carne e o fruto da carne pende para a ruína, à autodestruição, à morte.

Se há quem aspire obter valor diante de Deus e ante outras pessoas deve aprender o significado e a aplicação de muitas palavras que expressam virtudes através de nossas ações, mas penso que uma é especial, que se refere ao devotamento que devemos ter para com os que amamos, penso que uma grande virtude que se encontra nos grandes seres humanos e até mesmo no Filho de Deus, Jesus, é o desvelo.

Abraço da paz e da união no caminho do Senhor

Adriano

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