sábado, 7 de abril de 2018

Ou vivemos a misericórdia ou viveremos a impiedade


Caríssimos no Senhor Deus e no seu Cristo Jesus


Diário de Irmã Faustina – A secretária da Misericórdia, parágrafo 92.

92 - A humilhação é o alimento cotidiano. Compreendo que a esposa deve assumir tudo que diz respeito a seu esposo, e portanto, a Sua veste de ultrajes deve recobrir-me também. Nos momentos em que muito sofro procuro calar-me, porquanto não confio na língua que, em tais momentos, tem a tendência de falar de si mesma, e ela deve me servir para glorificar a Deus por tantos bens e dons que me concedeu. Quando recebo Jesus na Santa Comunhão, peço-Lhe com fervor que se digne curar a minha língua, para que não ofenda com ela a Deus, nem ao próximo. Desejo que a minha língua incessantemente glorifique a Deus. Grandes são os erros cometidos pela língua. A alma não atingirá a santidade se não tomar cuidado com a sua língua.

A Palavra de Deus nos ensina que aquele que modera o seu falar está no caminho da perfeição, é capaz de refrear todos as suas más tendências, capaz de conduzir seu agir ao bem, como um pequeno leme guia uma embarcação enorme, assim é a língua, capaz de nos conduzir ao bem ou ao mal, na dependência de que tenhamos ou não controle sobre ela.

A Palavra de Deus nos esclarece que, nos fins dos tempos, o amor esfriará a tal ponto que a fé desvanecerá em muitos corações.

Os frutos da piedade e da impiedade são gerados no meio da sociedade desde muito tempo atrás, mas não chegaram a sua plena maturação, ao seu cúmulo.

Não convém aos cristãos incentivar piadas maliciosas, pode ser prática pagã, mas aos cristãos é ensinado a que tenham um diálogo mais proveitoso, nobre e puro.

Esta frase eu cunhei e partilhei com alguém, quando tive oportunidade: “Para cultivar nossas amizades precisamos arrumar para nós uma coleção de atitudes amáveis”. Dentre elas: rezar pelos que queremos bem, que são nossos amigos ou parentes.

Conviver é uma tarefa árdua, às vezes mais árdua que nossos serviços braçais e intelectuais. Para Irmã Faustina, em meio a religiosos, não foi fácil, que se dirá em meio a pessoas que não tem vida de oração, que não se empenham tanto na virtude, que relativizam tantas coisas, inclusive a obediência?

No parágrafo 93, o Diário refere-se aos votos e virtudes. Fala que o religioso é chamado a viver: a pobreza, a castidade e a obediência, sendo a obediência o voto mais importante. Penso que na vida ordinária dos seres humanos não deveria ser diferente. Grande dom é a humildade, faz com que tudo seja possível ao humilde.

Feliz aquele que procura ser leve aos outros, quando herdar sobre si seu próprio peso, verá que é leve lidar consigo mesmo. Ai, portanto, daquele que não sabe retribuir os bens que recebe, que se aproveita e só se locupleta com o que os outros lhe dão. A vida retribui àquele que serve, mas não a quem não serve, não a quem faz o mal ao outros, este se verá privado até da liberdade pelo risco de ser preso.

Um ditado me vem à mente: “Aquele que não vive para servir, não serve para viver”.

A Igreja Católica, escola de vida e serviço, orienta aos jovens que vivam uma vida correta, para que sejam abençoados e bem gerenciem suas vidas, vendo a necessidade dos outros ao invés de se alienar no próprio egoísmo, deixando que sua família receba a semente da deformação que o mundo proporciona.

A Igreja Católica se antecipa a assistir a necessidade dos que vivem uma situação degradante de pobreza, o que a miséria humana acaba por gerar para seus semelhantes, pessoas que visam somente seus interesses e se tornam egoístas, quando não cooperam com o empobrecimento alheio. É preciso que tenhamos a vista no todo, mas saibamos agir localmente. Ver a floresta, mas cuidar das árvores. Ver o todo e o que é particular de cada um, sem desprezar nada nem ninguém.

A Igreja Católica, com suas Pastorais oferece a sociedade, inúmeros serviços, mesmo os cuidados aos idosos, para que os mesmos possam ser amparados no seu tempo de velhice, onde, por vezes, não possuem meios de subsistência junto aos seus familiares.

A Igreja Católica é escola de formação humana, os que têm a oportunidade de conviver e aprender, neste meio, tem a chance de se tornar pessoas que muito podem cooperar na sociedade, com o bem dela, para seu progresso individual e geral.

O que o mundo propaga é um bullying, brincadeiras que levam a humilhação de outros, que não respeitam a liberdade dos outros, mas obrigam para que se cumpra a vontade de pessoas totalitárias, mimadas, atrevidas e desrespeitosas. Esta classe de comportamento perpassa todas as idades, desde os menores até a idade adulta. A infantilidade precisa de muita oração, penitência e estudo para ser superada, ela é gerada por seres infantis e reproduzida nos que não tiveram outra referência mais elevada e madura de comportamento. Ao invés de momentos de: oração, estudo e trabalho, os imaturos experimentam horas de ociosidade e vícios, com tempo para idealizá-los e executá-los, segundo sua malícia e crueldade.

A Palavra exorta aos jovens e aos demais também nestes termos:

2 Timóteo 2,22-25 – Foge das paixões da mocidade, busca com empenho a justiça, a fé, a caridade, a paz, com aqueles que invocam ao Senhor com pureza de coração. Rejeita as discussões tolas e absurdas, visto que geram contendas. Não convém a um servo do Senhor altercar; bem ao contrário, seja ele condescendente com todos, capaz de ensinar, paciente em suportar os males. É com brandura que deve corrigir os adversários, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento e o conhecimento da verdade, e voltem a si, uma vez livres dos laços do demônio, que os mantém cativos e submetidos aos seus caprichos.

Diário de Irmã Faustina – A secretária da Misericórdia, parágrafo 94.

94 - (44) Ó meu Senhor, inflamai o meu amor para Convosco, para que em meio às tempestades, sofrimentos e provocações o meu espírito não desfaleça. Vós vedes como sou fraca. O amor tudo pode.

Feliz e abençoado dia da Misericórdia Divina a todos, dia 08/04/2018.

Abraço da misericórdia e da piedade divina a todos

Adriano

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