Caríssimos no Senhor
O salário do pecado é a morte, esta passagem é bíblica, Palavra de Deus.
Aquele que está em Cristo procurou encrenca (como diz a boa e útil
leitura da revista Canção Nova de setembro de 2012) e creio já sentir os
efeitos da encrenca por querer ser um verdadeiro cristão, alguém que realmente
preza a Deus, por prezar e buscar ser fiel à sua Palavra e fazer isto
publicamente.
Não quero intimidade com a rebeldia a Deus, não quero incentivar as pessoas
a esta rebeldia. O caminho certo é o caminho que você acha certo? Não, o
caminho que Deus lhe diz que deves seguir, não é o guia cego que guia outro
cego, mas aquele que vê a luz de Deus ante si, o Caminho, a Verdade e a Vida:
Jesus.
Sinto desejo de progredir na virtude e num caminho que me leva em
sentido contrário não me estimula, antes eu sinto ojeriza dele (Lc 6,49a).
Tenho desejo de prezar a Palavra de Deus e dos profetas, que inspirados por
Deus nos fizeram conhecer a verdade acerca de Deus e de sua ação salvívica na
história, para dar testemunho notório de que não nos apoiamos em fábulas como
muitos parecem querer divulgar, numa mentalidade vigaristamente
pseudoteológica.
Aqueles que buscam agradar a Deus haverão de ter muitas bênçãos na
vida, mas a perseguição é algo previsto para a vida do cristão. Quem preza o
que Jesus disse pode se dizer cristão, o cristão é aquele que se deixa levar
pelos conselhos de Jesus.
Devemos procurar possuir um discurso ecumênico, acho este mais útil que
nós procurarmos defender nossas possíveis excentricidades que nos individualizam
e favorecer ainda mais a fragmentação do corpo de Cristo. Cristo é a cabeça do
corpo, mas é importante que o corpo esteja unido para que viva e coopere entre
si para que exista e persista.
Em uma das revistas que recebi da Canção Nova li um documento
importante falando sobre a Igreja que é especialista em humanidade, que visa
gerar cidadãos para a sociedade para favorecê-la de favores a enchê-las de:
injustiças, prejuízos e danos.
Nós não devemos esperar a plenitude da felicidade nesta vida, aqui
conviveremos com: o pecado, o mal e a morte, com tudo o que há de bom.
É importante que nos desgastemos por amor dos nossos mais próximos e dos
mais distantes, na esperança da recompensa que virá aos que a esperam em Deus,
buscando fazer sempre a vontade de Deus em meio a todas as dificuldades.
Que a ninguém falte o óleo do Espírito Santo que nos alivia os pés da
caminhada em prol da missão de fazer do mundo o Reino do céu sempre mais.
Creiamos no Senhor, diante das dificuldades, Ele nos salvará, mas
recomendo: sejam prudentes no que concerne ao pecado, mas se for para amar a
Cristo, julgai segundo o que o Espírito Santo vos disser, o que o vosso coração
vos conclama a falar e agir, pois no amor nem sempre há prudência.
São Paulo despediu-se de São Pedro, sentia-se chamado a anunciar o
Senhor aos pagãos, como foi chamado Pedro para os judeus, aspirava ir mesmo a
Roma e Pedro lhe disse que julgava que prudência Paulo não haveria de ter pelo
amor e pelo zelo que o inspirava.
Refleti que nossa humanidade e nossa carne bem depressa nos auxiliam
para nossa desunião, para que partidos em Cristo surjam aos milhares entre nós,
a Palavra de Deus veio para falar de Deus e do seu Cristo Jesus.
De profanações da imagem de Nossa Senhora ouvi que aquele que a fez se
converteu em um venerador dela, mas recentemente ouvi dos que não são católicos
que houve uma perseguição a este, chegando próximo ao risco de morte.
É lamentável que haja ignorantes no meio de nós cristãos que pensam em
defender a fé por meio da violência, enquanto a Palavra de Deus nos leva a
considerarmos a justiça e o amor fraterno para com os outros, até mesmo aos
seus inimigos como verdadeiro exemplo de amor a Deus.
Neste parágrafo gostaria de tratar de algo delicado, mas necessário,
gostaria de orientar todos ao diálogo para chegarem a um consenso, que a
violência dê lugar a misericórdia e a paciência, a ignorância dê lugar a
sabedoria, a insensatez, o discernimento, na tribulação a calma, na necessidade
da caridade, a agilidade. Complexo é o ser humano, sua consciência, sua
formação, até o mais alto confessa se sentir perdido e sozinho, ele pensa não
poder se apoiar em Deus (filme de São Francisco no encontro com o Papa de sua
época). Por isto vos peço, como irmãos que somos, uns com os outros, que nada
façamos sem conselho, que não haja hesitação se nossa atitude for de amor para
com nossos semelhantes e que não inclua no mal de ninguém nisto.
Estudei em escola católica e o melhor dela eram os momentos que nos
dávamos às canções católicas, que até reconheciam Nossa Senhora (recordei isto
neste: 12 de outubro de 2012). As aparições de Nossa Senhora favoreceram e
favorecem a minha conversão pelo temor e tremor de Deus por suas palavras que
me incitam a isto, a viver em santidade e desagravar o coração de Deus pelos
pecados: dos homens, das mulheres, das crianças, de todos em geral.
Há muitos no meio de nós que defendem que devemos defender nossa
identidade católica, mas são felizes ao verem desuniões e falta de caridade.
Quem é de Deus e diz que conhece a Deus não deve negá-lo com suas obras, antes
dar testemunho de vida de que é cristão e solidário com os próximos, os irmãos (Tt
1,10-16).
É preciso reconhecer os falsos pastores que com a aparência de ovelhas
são lobos ferozes, interesseiros e pretensiosos. Penso comigo que Deus quis que
em vasos de barro que Ele levaria a sua Palavra, a Salvação ao mundo. Quando
falo de vasos de barro me refiro a cada um de nós que acrescenta sua dose de
limitações aos seus discursos que geram divisão e não unidade. É preciso fazer
tudo pela unidade, reconhecer nossas limitações, deixá-las para trás e, unidos
todos juntos em Deus e seu Cristo Jesus, trabalharmos por um mundo irmão em
Deus Pai, em Deus Filho e em Deus Espírito Santo.
Jesus veio ao mundo para gerar a unidade no seu nome, é preciso nós
vermos até que ponto temos que nos despojar do que sabemos e somos para guardar
o vínculo da unidade entre todos os irmãos que, pela fé em Cristo Jesus, são
Templos de Deus pelo Espírito Santo que habita neles, juntamente com a Palavra
de Deus, o essencial da fé.
Abraço da paz a todos
Adriano
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